Pesquisadores trocam conhecimentos sobre mandiocultura com extensionistas da Emater-DF

Pesquisadores trocam conhecimentos sobre mandiocultura com extensionistas da Emater-DF

Pesquisadores trocam conhecimentos sobre mandiocultura com extensionistas da Emater-DF
Encontro reuniu extensionistas rurais dos escritórios regionais da Emater-DF

Empenhadas no desenvolvimento da mandiocultura no Distrito Federal e região, a Embrapa Cerrados (DF) e a Emater-DF promoveram, no dia 3 de dezembro, um treinamento para cerca de 30 técnicos de todos os escritórios regionais do órgão de assistência técnica e extensão rural, visando ao nivelamento de informações, conhecimentos e inovações tecnológicas relacionadas à cultura para auxiliar os agricultores, além do estreitamento da relação entre pesquisa e extensão rural. Os pesquisadores Jorge Antonini, Josefino Fialho e Núbia Correia participaram do treinamento, realizado em formato de prosa técnica no espaço de olericultura da Emater-DF instalado no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF.

“É uma forma agradável de capacitação e uma boa oportunidade de recebermos o retorno da pesquisa e de passarmos o que vocês (extensionistas) vivenciam no campo. Essa parceria é o cerne da extensão rural: transformar a pesquisa em palavras simples e leva-la ao produtor”, disse o supervisor regional da Emater-DF, Rafael Ventorim.

“Queremos ter um retrato da realidade do que está acontecendo na pesquisa e na extensão rural. É uma troca de ideias. Nós extensionistas precisamos ouvir o pesquisador tem de informação nova, e os pesquisadores precisam ouvir o que está acontecendo no campo”, reforçou o extensionista da Emater-DF, Hélcio Santos, coordenador do evento.

O pesquisador Josefino Fialho ressaltou o histórico de trabalhos em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Emater-DF em mandiocultura. “O sucesso das nossas cultivares tem muito a ver com essa integração”, disse. “Agora queremos saber as principais dificuldades que os extensionistas têm tido na cultura da mandioca de mesa no Distrito Federal”, completou.

Os extensionistas elencaram uma série de gargalos e desafios da mandiocultura na região, como o manejo de plantas daninhas, o momento da aplicação de herbicidas e a falta de conhecimento sobre os produtos registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para a cultura; a necessidade de ajustes no sistema para alcançar o máximo de produtividade de raízes e rentabilidade; questões de manejo da adubação; o manejo da água nas lavouras com irrigação; a escolha da cultivar e a disponibilidade de manivas de qualidade para os produtores; a incidência de ácaros e do percevejo-de-renda; e o uso de produtos biológicos para o controle de pragas e doenças.

Uso de herbicidas

A pesquisadora Núbia Correia destacou dois fatores que afetam diretamente a ação dos herbicidas: a irrigação mal feita e o escorrimento superficial do produto. “O solo encharcado concentra o produto, e ele pode afetar a cultura. E o produtor muitas vezes esquece que o herbicida registrado para a cultura da mandioca pode afetar outra cultura que está ao lado, pode deixar resíduo no solo e pode também afetar a cultura que vem depois da mandioca”, explicou. “Trabalhar com herbicida não é simples, é extremamente técnico. Gostaria que os produtores tivessem essa noção de perigo”, completou, salientando a necessidade de cuidado com o uso desses produtos.

Correia falou sobre o momento da aplicação dos produtos, recomendando que o produtor planeje a aplicação atrelada ao plantio, antes do brotamento. “Ele tem que ter uma sequência em mente: plantar e aplicar. Quando a mandioca começar a brotar, já não poderá mais aplicar”, disse, apontando como alternativa, nesse caso, o jato dirigido do produto no solo e na base das plantas, o que evita o contato com as folhas.

Outra recomendação da pesquisadora é não deixar o solo encharcado pelo excesso de irrigação e aplicar o herbicida. “Se você fizer uma irrigação sem controle, correrá o risco de concentrar o produto na região mais superficial, próximo da maniva. O solo não pode estar seco, mas deve ter uma umidade normal”, observou. “Esses detalhes fazem toda a diferença. A tecnologia está disponível, mas precisamos saber usá-la”.

Manejo da irrigação e testes com novos materiais

Segundo o pesquisador Jorge Antonini, a tecnologia da irrigação, se utilizada adequadamente, promove aumentos significativos de produtividade, independente se a mandioca for cultivada após culturas hortícolas ou em solo recuperado, cobrindo facilmente os custos com o equipamento. “Em solo sem horticultura, a irrigação pode aumentar a produtividade em até 50%, e quando usada em associação com tecnologias como o mulching (cobertura plástica), o incremento é em torno de 90%”, afirmou.

Para Antonini, um grande gargalo do manejo de irrigação na região é a falta de conhecimento, sobretudo por parte dos pequenos agricultores. “Para se ter um manejo de irrigação perfeito, você tem que conhecer o tipo de solo com que está lidando, o equipamento disponível e a questão climática da região”, disse, destacando a necessidade de informações sobre as característi

Foto: Breno Lobato

 

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