Seguir as Boas Práticas Agrícolas na aplicação aérea de defensivos agrícolas é fundamental para preservar o meio ambiente e a segurança do trabalhador
Entre as recomendações estão seguir bula; utilizando as dosagens recomendadas; avaliar se as condições climáticas estão adequadas; realizar a calibração e limpeza dos equipamentos. Corteva Agriscience capacita, em parceria com a AgroEfetiva, produtores e outros profissionais do segmento com módulos específicos de aplicações aéreas
Nos últimos anos, a agricultura brasileira tem adotado diversos métodos na utilização de insumos agrícolas, como defensivos e fertilizantes. Uma das maneiras mais adotadas atualmente é a pulverização aérea, seja por veículo tripulado (avião agrícola), como por não-tripulado (drone). Segundo o levantamento da Frota Brasileira de Aeronaves Agrícolas, são mais de 2,4 mil aeronaves tripuladas, e de acordo com o Sistema
de Aeronaves Não-Tripuladas (Sisant), órgão vinculado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), existem hoje mais de 5 mil drones em operação. Desta forma, o produtor precisa estar atento às boas práticas agrícolas para o uso deste tipo de ferramenta, e a Corteva Agriscience faz um trabalho de capacitação dos aplicadores para fomentar a aplicações aéreas mais corretas e responsáveis, com módulos teóricos e práticos ministrados junto a parceiros, como a AgroEfetiva.
Os módulos, com duração de oito horas, dividem-se em aulas teóricas e práticas, em que são
ensinados conceitos de legislação, uso correto e seguro das tecnologias, orientações sobre as
condições ambientais para a aplicação de defensivos (temperatura, umidade e velocidade do
vento), e a escolha adequada dos equipamentos de acordo com a categoria do produto a ser
aplicado. Em 2024, foram mais de 35 treinamentos, que impactaram cerca de 1100 pessoas,
nas principais regiões agrícolas do Brasil.
“A Corteva está sempre ao lado do produtor para que ele possa utilizar o insumo de maneira
adequada, atingindo os alvos, sem comprometer o meio ambiente e nem as lavouras vizinhas,
além de preservar a própria segurança do aplicador. Os treinamentos ministrados junto aos
parceiros ajudam os aplicadores a aplicarem da maneira adequada, respeitarem a legislação
vigente e cumprir os preceitos para o uso de equipamentos aéreos na agricultura”, destaca Jair
Francisco Maggioni, coordenador de Boas Práticas Agrícolas da Corteva Agriscience.
Uso de aeronaves deve seguir diversas orientações de boas práticas agrícolas
Para a aplicação aérea via avião tripulado, algumas boas práticas agrícolas precisam ser
respeitadas, como: planejamento prévio do manejo do alvo (doenças, pragas ou plantas
daninhas) na área; estudo do calendário da cultura; localização geográfica das áreas de
aplicação e dos locais onde estão os possíveis alvos de deriva, utilizando-se ferramentas como
o GPS; avaliação prévia da área a ser tratada e de seu entorno e comunicação prévia aos
vizinhos do local e momento da aplicação.
Outras recomendações são a utilização de equipamentos para determinar as condições meteorológicas no local. Os insumos devem ser aplicados conforme as bulas de cada produto.
Também é importante observar a escolher a técnica de aplicação que será mais efetiva para
evitar riscos de deriva de acordo com as condições meteorológicas no momento; adotar
condições operacionais adequadas, evitando excessos na redução do volume de calda, e no
aumento excessivo da faixa de aplicação e na altura do voo; planejar a composição da calda
para que esta não apresente problemas de compatibilidade física e química; adequar a
distância entre a área de aplicação e as áreas que precisam ser protegidas, de acordo com a
legislação, considerando ainda a técnica utilizada; respeitar as faixas de segurança, conforme
recomendado na bula e legislação vigente; anotar o sentido da aplicação e a direção do vento
no relatório operacional; observar o estado de manutenção do sistema de pulverização, avaliar
a vazão e fazer a manutenção de peças desgastadas ou defeituosas.
No caso da aplicação via veículos não-tripulados (drones), trata-se de uma modalidade de
pulverização mais recente, com uma nova legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (298 de 2021), onde é necessária atenção tanto na parte de registros, como na
parte de pulverização. Trata-se de uma operação que requer registro dos equipamentos,
treinamento prévio, registros da operação, entre outras regras. Uma atenção especial deve ser
dada ao volume de calda pois, na maioria dos drones, não há sistema de agitação da calda, o
que, somado a maior concentração de produtos, pode comprometer a estabilidade das
misturas. Também é fundamental que o produtor siga estritamente as bulas dos produtos, se
estão autorizados a serem aplicados via drone e quais são os volumes de calda, classe de
gotas, alturas de voos e limites meteorológicos recomendados.
Outra especificidade que a normativa 298 traz no uso de drones é a restrição/permissão de uso
em áreas situadas a uma distância mínima de 20 metros de povoações, cidades, vilas, bairros,
moradias isoladas, agrupamentos de animais, de mananciais de captação de água para
abastecimento de população, inclusive reservas legais e áreas de preservação permanente.
Importante consultar as bulas dos produtos, bem como legislações estaduais ou municipais
para entender se não há regras locais mais restritivas.
Entre as boas práticas agrícolas no uso de drones estão: analisar o entorno das áreas aplicadas, identificando os possíveis alvos de deriva para minimizar o risco; cuidado na preparação da calda, aferição da calibração do drone e, após o seu uso, realizar uma limpeza do equipamento e descarte adequado das embalagens e resíduos.
