Em todo o mundo, as mulheres desempenham papel essencial na produção agrícola, segurança alimentar, gestão de terras e recursos naturais e no desenvolvimento de resiliência climática.
Turim, Itália, outubro de 2020
No Dia Internacional da Mulher Rural, a New Holland Agriculture, marca da CNH Industrial, aproveita a oportunidade para celebrar o papel crucial das mulheres do campo na sociedade. Elas estão na linha de frente quando os recursos naturais e a agricultura de modo geral estão ameaçados. O futuro sustentável do planeta não será possível sem elas, conforme afirma o Secretário-Geral da ONU, António Guterres. “Como pioneiras na adoção de novas técnicas agrícolas, as mulheres agricultoras são uma força poderosa que pode impulsionar o progresso global”, diz.
“Ao longo da história, as mulheres têm sido a espinha dorsal da agricultura mundial”, observa Carlo Lambro, presidente mundial da New Holland Agriculture. “Hoje em dia, as mulheres na agricultura são produtoras, pesquisadoras, empresárias e inovadoras. Elas produzem mais da metade dos alimentos em nível mundial e têm a chave para o nosso futuro sustentável. Na New Holland, hoje e todos os dias, celebramos a sua engenhosidade, força, determinação e paixão pela agricultura.”
O papel multifacetado das mulheres na produção agrícola tem evoluído constantemente ao longo dos séculos. E o mesmo se aplica atualmente, com a mulher quebrando as barreiras do convencional e reescrevendo o seu papel como agricultora e como mulher.
É o caso de Biati Shudi Ngwenya, produtora rural de Uganda, que tomou a decisão consciente de abrir seu próprio caminho na agricultura. “Vim para a agricultura porque ela é o motor da África. Há poucas pessoas produzindo alimentos para abastecer as populações, então precisamos de mais gente focada nisso, e eu escolhi ser uma dessas pessoas. Negócios ‘inteligentes’ não compensam mais, mas a agricultura sim, porque você é o seu próprio gerente. Mais mulheres deveriam vir e se juntar a nós”, afirma.
Florencia Arroyo, natural de Córdoba, na Argentina, conta que já nasceu na agricultura. Ela vive uma vida dupla, atuando na fazenda da família e também nas passarelas. Está determinada a romper com as ideias preconcebidas do papel da mulher. “Eu gosto de agricultura e gosto de modelar, e adoro combinar os dois trabalhos”, diz. “As pessoas que me conhecem fora da fazenda ficam surpresas que uma mulher consiga trabalhar no campo, operar máquinas e trabalhar como um homem.”
As agricultoras em todo o mundo demonstram uma resiliência e força fora do comum. Isso pode ser claramente constatado nas ceifadoras da América do Norte, que se juntaram na comunidade HarvestHER, fundada por Tracy Zeorian em 2017. “As HarvestHERs são mulheres cujas famílias estão envolvidas na ceifa e colheita de culturas agrícolas. As suas histórias – os sacrifícios e as dificuldades inerentes ao fato de passarem o tempo todo na estrada, nos campos, ou longe das suas famílias e amigos – podem ser lidas no nosso website [https://www.harvesther.com/]. Estas mulheres dão duro para terem a certeza de que põem comida na mesa ao fim de cada dia, e adoram o que fazem”, explica Tracy.
Essa nova realidade do campo se reflete no número crescente de mulheres que está mudando para a agricultura, trazendo consigo novas ideias e perspetivas. Elke Pelz-Thaller, por exemplo, entrou no agronegócio como uma segunda carreira, quando o marido decidiu assumir a gestão da fazenda dos pais para torná-la produtiva novamente. Tendo se dedicado anteriormente à funcção de coaching de saúde mental e pessoal, Elke combina a vida de agricultora com sua função anterior, realizando seminários e escrevendo livros sobre como viver uma vida mais saudável.
Aprendizagem contínua
Assim como ela, Ana Eliza Lorenzon (foto) abandonou a carreira de advogada para assumir as rédeas da propriedade da família no Brasil na época em que o pai adoeceu. Ela sente uma relação muito forte com a terra e abraçou o desafio dos vários papéis desempenhados pelo agricultor: é compradora, vendedora e tomadora de decisões no que diz respeito ao maquinário. “A atividade agrícola necessita de aprendizagem contínua. Todos os dias, todos os anos são diferentes. Atualmente, a mulher do campo tem cargas de trabalho globais superiores às dos homens, pois ela combina as atividades agrícolas com as responsabilidades domésticas e, muitas vezes, com atividades não agrícolas. Sendo mulher, é necessário ser muito assertiva e dar o máximo de si para conseguir provar o seu valor. Fazer frente a todos os desafios me torna mais forte, me faz crescer e me incentiva a continuar”, diz.
Engenheira agrônoma, contratante e produtora rural na Argentina, Jésica Olivo aprecia o desafio de continuar a tradição familiar no campo e desenvolvê-la olhando sempre para o futuro. “Ser ao mesmo tempo contratante e mulher é um pouco difícil, mas não é impossível. Adoro o que faço. Transpôr o desafio de ser uma mulher que trabalha com a terra dia após dia é muito gratificante.”
Zaira Cescon partilha a mesma paixão pela agricultura. Com 17 anos de idade ela já tinha escolhido o seu caminho: trabalhar nas vinhas do pai no norte de Itália. “Percebi que tinha esta paixão no ano passado, quando estávamos fazendo a manutenção das máquinas de vindima. Agora estou aprendendo um pouco de tudo. Espero ter um futuro no agronegócio”, afirma.
Já Angelika Fabisiak abandonou sua pequena cidade natal na Polónia para ir estudar na Universidade Agrícola de Varsóvia. Apesar da distância e das novas experiências, a ligação com os negócios da família era tão forte que ela regressou à sua cidade após terminar o mestrado em Agricultura, para apoiar os pais na fazenda. “Gosto de ver os resultados tangíveis do meu trabalho, e tenho uma paixão especial por máquinas agrícolas. Sei conduzir um trator e uma ceifeira-debulhadora. Na minha opinião, as mulheres trazem um sentido de segurança para a fazenda e podem dar uma grande contribuição.”
Determinação, engenhosidade, empreendedorismo, inovação e o desejo de romper ideias pré-concebidas e escrever seu próprio futuro – estes aspectos fazem das mulheres agricultoras uma força poderosa. No Dia Internacional da Mulher Rural, a New Holland celebra o importante impacto que elas têm no reforço da resiliência e o seu papel na resposta às mudanças climáticas através da produção de alimentos, segurança alimentar e gestão de recursos naturais.
(Fonte: Assessoria de imprensa)
