Especialistas defendem ações coordenadas para uma logística de baixo carbono na Intermodal 2025

Especialistas defendem ações coordenadas para uma logística de baixo carbono na Intermodal 2025

Painel mediado pela diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, e executivos da FedEx, LOTS Group e LATAM Cargo Brasil, debateu os caminhos mais viáveis para a transição energética nos diferentes modais de transporte.

Especialistas defendem ações coordenadas para uma logística de baixo carbono na Intermodal 2025

A transição para uma logística mais sustentável no Brasil já está em curso e exige coordenação, investimentos e uma mudança estratégica de mentalidade. Essa foi a principal conclusão do painel “Qual o combustível do futuro no Brasil?”, realizado na Intermodal South America 2025 e mediado por pela diretora executiva da ABOL (Associação Brasileira de Operadores Logísticos), Marcella Cunha.

O debate reuniu executivos de peso do setor: Edson Guimarães, CEO LATAM da LOTS Group; Eduardo Araújo, presidente do Conselho da ABOL e Sales Managing Director da FedEx; e Otávio Meneguette, diretor da LATAM Cargo Brasil. Juntos, eles discutiram soluções para a descarbonização da cadeia logística, como o uso de biometano, eletrificação e SAF.

Para Guimarães, o Brasil “está na direção certa” e já apresenta paridade de custo entre tecnologias sustentáveis e o diesel. “O futuro será eclético, com múltiplas fontes energéticas coexistindo”, afirmou.

Araújo destacou o compromisso global da FedEx com a meta de carbono zero até 2040, citando investimentos superiores a US$ 100 milhões. “Cuidar da comunidade é obrigação nossa. Mas o SAF ainda precisa se tornar técnica e economicamente viável”, pontuou o executivo se referindo ao termo ‘Sustainable Aviation Fuel’, ou seja, a proposta de redução das emissões de carbono da aviação, um dos maiores emissores de CO2.

Representando o modal aéreo, Meneguette foi enfático: “Não existe uma bala de prata. A mudança exige eficiência, parcerias e engajamento de toda a cadeia”. Ele alertou que o combustível representa de 30% a 40% do custo das operações.

Ao encerrar o painel, Marcella lembrou que apenas 3% dos Operadores Logísticos conseguem repassar integralmente os custos da descarbonização ao cliente, defendendo o compartilhamento de responsabilidades, inclusive financeiras, entre os elos da cadeia. Segundo a diretora Executiva da ABOL, o desafio é escalar as boas iniciativas e criar um ecossistema mais forte e resiliente.

Dados do 1º Inventário de Emissões da ABOL mostram que 94,5% dos lançamentos ainda vêm do diesel, mas os OLs projetam uma redução média de 37% dessas emissões de CO₂ até 2032. A entidade também atua por meio da sua Diretoria ESG, que a cerca de três anos desenvolve ações para apoiar as associadas nos diferentes estágios da jornada de descarbonização.

“A descarbonização é um tema que desafia o setor logístico a equilibrar eficiência, competitividade e responsabilidade ambiental. Os OLs têm assumido um papel cada vez mais estratégico na migração para modelos mais sustentáveis de gestão de armazéns, centros de distribuição e transporte. Essa jornada passa, inevitavelmente, pela escolha das fontes energéticas que irão moldar os próximos passos do setor”, conclui Marcella Cunha.

 

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