Cerca de 60% dos brasileiros consideram usar “carros voadores” em deslocamentos, aponta pesquisa inédita
Pesquisa realizada pela plataforma de negócios MundoGEO, organizadora da feira Expo eVTOL, com o Instituto Qualibest também mostra os critérios para usarem os eVTOLs; “ser seguro” lidera com 42% das respostas, seguido por “preço acessível”, com 39%
Os brasileiros estão dispostos a voar com os eVTOLs (sigla em inglês para Electric Vertical Take-Off and Landing, ou Veículo Elétrico de Decolagem e Aterrissagem Vertical, em tradução livre), popularmente conhecidos como “carros voadores”.
Isso é o que mostrou uma pesquisa inédita realizada pela MundoGEO, plataforma de negócios e conexões, e organizadora do evento Expo eVTOL, junto com o Instituto Qualibest. De acordo com o levantamento, cerca de 60% dos brasileiros considerariam viajar em eVTOLs. Os resultados se restringem à parcela da população que já andou de avião.
O estudo também destaca os fatores considerados essenciais para a adesão do novo meio de transporte. Para considerarem a viagem, os respondentes elencam como mais importante: “ser seguro para realizar viagens (42%)”; “ter viagens com custos acessíveis (39%)”; e “regulamentação/certificação da ANAC (34%)”.
Ao serem perguntados o que os faria se sentir mais seguros, a “regulamentação/certificação da ANAC” – Agência Nacional de Aviação Civil – aparece no topo, mencionada por 53%, seguida por “fiscalização dos critérios de aeronavegabilidade (37%)”, “comprovação de que os pilotos são treinados para pilotar um carro voador (35%)” e “ter sistemas para evitar falhas (34%)”.
Segundo o estudo, os principais tipos de deslocamento em um carro voador seriam “entre cidades próximas (~100 km) (67%)”, “conexão de voo em outra cidade (45%)” e “viagens dentro da cidade (40%)”.
“A pesquisa nos mostra que os brasileiros, em um contexto geral, estão prontos para abraçar esse modelo de transporte, desde que sua segurança seja comprovada. Essa também é a prioridade das empresas responsáveis pela produção de eVTOLs, então é possível notar que os interesses estão alinhados para a nova tecnologia”, diz Emerson Granemann, fundador e CEO da MundoGEO.
A pesquisa entrevistou 830 pessoas, para entender seu conhecimento e opiniões acerca do tema. Entre os interessados em aderir ao eVTOL, a maior parcela é formada por homens (54%) e por pessoas das classes AB (62%).
No que tange as operações, apenas 8% dos entrevistados dizem que ainda há desafios no espaço aéreo urbano, enquanto 60% acreditam que ele esteja pronto para realização de viagens de eVTOL; parcela equivalente (61%), enxerga que seu uso irá melhorar a mobilidade urbana.
“À medida que a tecnologia e a regulamentação avançam, a mobilidade urbana passa a incorporar os eVTOLs, que deixam de ser apenas cenas de fantasia para se tornarem parte da realidade”, finaliza Granemann.