AGU propõe criação de cadastro nacional sobre escavadeiras hidráulicas para barrar garimpo ilegal

AGU propõe criação de cadastro nacional sobre escavadeiras hidráulicas para barrar garimpo ilegal

Proposta enviada ao Conama tem objetivo de ampliar a fiscalização e evitar o avanço da atividade em terras indígenas

AGU propõe criação de cadastro nacional sobre escavadeiras hidráulicas para barrar garimpo ilegal
Garimpo ilegal destrói rios em terras Yanomamis – Foto: LEO OTERO/MPI

A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente (Pronaclima), enviou nesta quinta-feira (5/6) – Dia Mundial do Meio Ambiente – ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) proposta de resolução para a criação de um cadastro nacional de informações ambientais sobre domínio e posse de escavadeiras hidráulicas. O objetivo é evitar o avanço do garimpo ilegal em terras indígenas, causado pelo uso ilegal e indiscriminado dos maquinários.

Na prática, o cadastro deve reunir informações prestadas por todos os órgãos do Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente (Sinima) sobre a apreensão dos equipamentos, fortalecendo a cooperação entre os entes da federação no exercício do poder de polícia ambiental. Consequentemente, os dados vão facilitar a fiscalização do comércio do maquinário e garantir mais efetividade na proteção das terras e dos povos indígenas.

A proposta é resultado de um trabalho de interlocução da AGU com a sociedade civil. Nesse contexto, a Organização não Governamental Greenpeace apresentou à instituição o estudo “Parem as Máquinas! Por uma Amazônia Livre de Garimpo”, acompanhado do resultado de inquéritos civis conduzidos pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre o tema.

A partir da análise desse trabalho, “foi possível identificar que o uso das escavadeiras hidráulicas na mineração em terras indígenas tem provocado destruição em escala monumental”, como explica a procuradora-chefe da Pronaclima, Mariana Cirne. “Os equipamentos são capazes de substituir a mão de obra humana com grande rapidez e eficiência nessa atividade. Entretanto, no ato da fiscalização ambiental, não são encontrados os proprietários ou usuários”, completa.

Assim, “pautada na Lei 10.650, de 2003, que criou o Sinima, Convenção de Aarhus e a Convenção de Escaçu, a AGU propôs a criação do cadastro nacional, que torna obrigatória a inclusão de informações sobre posse e propriedade para proprietários, posseiros a qualquer título e empresas que comercializam esses equipamentos”, esclarece Mariana Cirne.

Para entrar em vigor, a proposta precisa ser apreciada em termos técnicos e jurídicos pelas Câmaras especializadas que integram o Conama e, ao final, deve ser submetida à votação pelo Plenário, que é composto por representantes dos federal, estadual e municipal, além da sociedade civil, entidades empresariais e Ministério Público.

Conama
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90.
O Conselho é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua secretaria executiva é exercida pelo secretário-executivo do MMA. A AGU integra o Conselho como conselheira por meio da Pronaclima, o que lhe confere a prerrogativa de propor resoluções.

 

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