AGTECHS BRASILEIRAS SÃO A NOVA APOSTA DE EMPREENDEDORES ESTRANGEIROS PARA O INTERCÂMBIO DE INOVAÇÃO

*Por Nathália Secco

Não é de hoje que se fala em como a digitalização é capaz de romper barreiras para construir pontes entre culturas, conhecimentos e modelos de negócios ao redor do mundo. A conjunção entre diferentes saberes e visões de mundo, quase sempre, tem sido benéfica para fazer as engrenagens de diversos âmbitos continuarem rodando e, para o agribusiness, não poderia ser diferente.

Como um dos nossos principais pilares econômicos, o setor agrícola é responsável por mais de 20% do Produto Interno Bruto brasileiro, sendo um dos maiores exportadores de matéria-prima em escala global. Para se ter uma ideia, de acordo um levantamento recente realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – o Cepea -, o Brasil segue batendo recordes de vendas para o exterior, tendo um acréscimo de 16% no volume exportado entre janeiro e setembro deste ano ante ao mesmo período de 2019. Ainda segundo o estudo, a alta também pode ser percebida no faturamento, gerando uma alta de 26% na receita.

Mas, o que isso tem a ver com a transformação digital e o ecossistema de inovação? Veja bem, ainda que o segmento agro seja um dos grandes triunfos da economia brasileira, ele também é o mais tradicional e “retrógrado”. Por isso, para conseguir se desenvolver ainda mais em mercados externos, investir em novas tecnologias tem sido a principal alternativa para muitos produtores.

Um exemplo disso é o centro-oeste, localidade conhecida, principalmente, por sua forte atuação na agricultura, que está apostando cada vez mais em inovação para continuar se desenvolvendo. Dados da Associação Brasileira de Startups mostram que cerca de 30,7% das iniciativas da região são voltadas para o agronegócio, o que tem impulsionado o desenvolvimento de empresas que visam fomentar ainda mais este modelo de negócios, como é o caso da Orchestra Innovation Center. O polo, que é voltado à inovação no agribusiness em Goiás, conecta produtores locais a players do setor nos mercados nacional e internacional, e fornece redes de apoio, networking, mentorias e tecnologias de ponta.

Diante de tanto potencial, não é de se surpreender que nosso país esteja atraindo olhares ao redor do mundo. Startups de países como a Inglaterra, por exemplo, já têm iniciado seu processo de intercâmbio com o ecossistema brasileiro, aprendendo um pouco mais sobre culturas agrícolas mais diversificadas e ciclos mais acelerados de produção.

Em contrapartida, regiões como Goiás, por exemplo, têm recebido todo o suporte necessário de empreendedores estrangeiros para a implementação de inteligências artificiais, mecanismos para agricultura de precisão em suas lavouras, além de auxiliar no preenchimento de possíveis lacunas de infraestrutura.

Um bom exemplo disso tem sido a nossa parceria com a Hummingbirds Technologies. A startup britânica, que fornece inteligência artificial para análises de culturas, tem disponibilizado a produtores locais de Goiás e Mato Grosso tecnologias de visão computacional, machine learning e sensoriamento remoto em grande escala e mapeamento de culturas para aplicação de herbicidas à taxa variável, a fim de acabar com ervas daninhas resistentes. De acordo com os estudos realizados pela britânica em Goiás, o uso destes recursos pode gerar uma economia de até 80% de herbicida, por um custo que varia de R$ 60 a R$ 110 por hectare. Essa variação ocorre dependendo do grau de infestação e necessidade individual de cada talhão.

Ainda que os intercâmbios entre o agronegócio brasileiro e empreendedores estrangeiros sigam engatinhando, é interessante ver como, pouco a pouco, a relação está se solidificando e trazendo diversos benefícios para ambas as partes, com potencial de crescer cada vez mais.

Agora, mais do que nunca, a transformação digital deixa de ser uma opção, para se tornar uma necessidade! Por isso, percebo que os olhos do mercado internacional estão se voltando mais e mais ao Brasil, buscando uma sinergia para implementar modelos de negócios mais diversificados, escaláveis e com maior sustentabilidade econômica e ambiental. Por isso, atenção: o futuro é agora!

*Nathália Secco é fundadora e CEO da Orchestra Innovation Center, novo centro de inovação para tecnologias voltadas ao agro em Rio Verde (GO), um dos principais polos agrícolas do centro-oeste brasileiro

(Fonte: Assessoria de imprensa)

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