Avanços na legislação de defensivos agrícolas permitirão acesso mais rápido da inovação ao campo, afirmam especialistas

Avanços na legislação de defensivos agrícolas permitirão acesso mais rápido da inovação ao campo, afirmam especialistas

Debatedores discutiram a importância do novo marco legal, da otimização do processo de registro de novas moléculas, da logística reversa de embalagem e da capacitação na aplicação de defensivos, em Belém (PA)

 Avanços na legislação de defensivos agrícolas permitirão acesso mais rápido da inovação ao campo, afirmam especialistas

Os desafios e avanços do país em relação ao uso seguro, eficiente e sustentável de defensivos agrícolas foram pano de fundo de debate ocorrido no primeiro dia do Seminário Nacional sobre Insumos Agropecuários (Senagri). O painel foi moderado pelo diretor de Defensivos da CropLife Brasil (CLB), Arthur Gomes, e reforçou a urgência de um marco regulatório moderno, ágil e coordenado, que permita ao país ampliar o acesso a tecnologias inovadoras sem comprometer a competitividade e a produtividade.

“A nova legislação não cria uma confusão de competências, mas sim uma organização de processos. Ela permitirá maior celeridade, previsibilidade e coordenação entre os órgãos responsáveis — pontos cruciais para garantir que as inovações cheguem mais rápido ao campo”, afirmou Arthur Gomes.

José Victor Torres, coordenador de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), participou do painel e ressaltou que a pasta está trabalhando na elaboração dos decretos regulamentares e de atos mais emergentes. Ele também enfatizou a complexidade do tema, por envolver outros órgãos federais e estaduais, e reforçou que ainda estão sendo recebidas contribuições do setor produtivo.

“Em 2023, o Brasil alcançou um número expressivo de registros, mas para dar continuidade a esse avanço, os esforços agora se concentram em aprimorar a coordenação entre os diferentes órgãos envolvidos, buscando maior alinhamento e eficiência na análise dos processos”, reforçou Torres.

O coordenador adiantou, ainda, que o Mapa tem reforçado o compromisso com a modernização do sistema, com a adoção de critérios técnicos e com a relevância fitossanitária dos produtos. A iniciativa tem como objetivo agilizar o registro de novos ingredientes ativos, fundamentais para o controle de pragas e doenças nas lavouras brasileiras.

Logística reversa

A logística reversa das embalagens de defensivos agrícolas também foi um dos destaques do painel. Marcelo Okamura, presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), que faz a gestão integrada do Sistema Campo Limpo, apresentou os resultados do trabalho da entidade e adiantou que a expectativa para este ano é de que o volume de embalagens recebidas e destinadas corretamente supere as projeções iniciais.

“Os dados de janeiro a maio já indicam um desempenho significativamente superior ao do mesmo período do ano passado. O resultado reforça a eficiência do sistema de logística reversa e o compromisso dos elos da cadeia com a sustentabilidade”, argumentou.

InpEV conta atualmente com mais de 400 unidades de recebimento — algumas fixas e outras itinerantes — que facilitam o acesso dos pequenos produtores ao sistema. “Cerca de 70% dessas centrais já estão sob a nossa gestão direta, com investimentos de R$ 60 milhões para ampliar capilaridade e eficiência”, destacou.

Okamura ressaltou que parte das embalagens recicladas retorna como novos artefatos, após análise de resíduos e homologação de recicladores. “A agricultura brasileira está entre as mais sustentáveis do mundo, com um modelo de logística reversa único, construído com a colaboração de todos os elos da cadeia” celebrou.

Aplique Bem

Fechando o debate, Hamilton Ramos, diretor-geral do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), apresentou a evolução do programa Aplique Bem, criado há 18 anos para promover o uso seguro de defensivos agrícolas, por meio de treinamentos práticos e adaptados à realidade do trabalhador rural.

“Queremos mudar a realidade no campo, encontrar cada vez mais boas práticas sendo aplicadas. A proposta é escalar esse impacto por meio da capacitação regional, com apoio técnico dos estados”, explicou.

Nesse contexto, o Aplicador Legal, portaria do Mapa que estabelece a obrigatoriedade da formação de todos os profissionais que realizam a aplicação de defensivos agrícolas no país. A capacitação inclui conteúdos teóricos e práticos, com foco na realidade das regiões produtoras.

Como forma de ampliar o acesso à qualificação, a CLB oferece gratuitamente o curso por meio da plataforma de ensino a distância CropLife Conecta. De acordo com os organizadores, a iniciativa tem contribuído para escalar o alcance do programa, especialmente entre pequenos e médios produtores

 

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