Cummins, Vale e Komatsu avançam em motor bicombustível a etanol e diesel
- Cummins testa motor QSK60 em novas células avançadas para combustíveis de baixo carbono na fábrica de motores em Seymour
- Testes em campo estão previstos para 2026
A Cummins Inc. (NYSE: CMI), líder global em tecnologia de energia, anunciou o bem-sucedido comissionamento de uma nova célula de teste de combustível a etanol, um marco significativo em seu projeto conjunto com a Vale e a Komatsu para desenvolver um caminhão de transporte de mineração movido a etanol/diesel, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Esse feito destaca o compromisso conjunto das empresas com a descarbonização do setor de mineração e o avanço de soluções energéticas sustentáveis.
Anunciado em julho de 2024, o programa de bicombustível visa adaptar motores a diesel já existentes nos caminhões de transporte da Komatsu para operarem com etanol e diesel, aumentando significativamente a sustentabilidade. Esses caminhões modificados, com capacidade de 230 a 290 toneladas — os primeiros veículos desse porte a utilizarem etanol no tanque — poderão operar com até 70% de etanol, reduzindo potencialmente as emissões de CO₂ em até 70%.
“Os sistemas bicombustíveis etanol/metanol e diesel oferecem benefícios significativos à indústria de mineração, incluindo a possibilidade de descarbonização de até cerca de 70% — reduzindo dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e material particulado —, ao mesmo tempo em que mantêm a produtividade e o desempenho exigidos,” disse Luke Mosier, Líder de Programas de Inovação da Cummins. “Mais do que isso, mineradoras que utilizam combustíveis alternativos podem aproveitar sua infraestrutura existente e utilizar suas atuais frotas, instalações e equipes.”
Os testes com o motor QSK60 devem continuar até 2026, antes de iniciarem as avaliações em campo nas instalações da Komatsu.
Avanços por meio de parcerias
“Na Cummins, estamos comprometidos em avançar com soluções práticas e sustentáveis que apoiem a transição energética,” afirmou Gbile Adewunmi, Vice-Presidente de Mercados Industriais – Unidade de Sistemas de Energia. “Nosso trabalho no desenvolvimento de rotas para combustíveis de baixo carbono — como a tecnologia bicombustível com etanol — demonstra nossa dedicação em reduzir emissões ao mesmo tempo em que fornecemos desempenho confiável para nossos clientes e parceiros.”
Carlos Medeiros, Vice-Presidente Executivo de Operações da Vale, acrescentou: “Seguimos avançando em nossos projetos de descarbonização, reforçando o compromisso da Vale com essa pauta. O etanol é um insumo prioritário para alcançar nossa meta de reduzir o uso de diesel em nossas operações, mantendo a confiabilidade e a excelência operacional.” A Vale estabeleceu a meta de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 em 33% até 2030. Entre os equipamentos de mineração, o caminhão específico para esse transporte é um dos maiores consumidores de diesel e, portanto, um dos principais emissores de gases de efeito estufa. A escolha do etanol como alternativa ao diesel se justifica por já ser um combustível amplamente utilizado no Brasil, com uma rede de abastecimento estabelecida.
“Nosso projeto contínuo de bicombustível, desenvolvido em estreita colaboração com a Cummins e utilizando uma mistura de etanol e diesel, é uma importante tecnologia de transição para apoiar as metas de descarbonização de curto prazo da Vale,” disse Dan Funcannon, Vice-Presidente Sênior de Transporte de Superfície da Komatsu. “Essa iniciativa reflete nosso compromisso compartilhado com soluções práticas e escaláveis que promovam uma mineração sustentável. O lançamento da célula de testes dedicada é um marco empolgante à medida que continuamos desenvolvendo e implementando tecnologias de baixo carbono para o futuro do transporte em mineração.”
Ricardo Alexandre, Vice-Presidente de Mineração da Komatsu Brasil, acrescentou: “O projeto de bicombustível diesel/etanol, focado em operações no Brasil, é um passo significativo no avanço de tecnologias de transição que apoiam a descarbonização da mineração. Ao combinar diesel e etanol, buscamos alcançar resultados concretos no curto prazo — resultados que podem gerar mudanças reais no campo. Mais do que um marco tecnológico, essa iniciativa aprofunda a relação de confiança entre Komatsu, Vale e Cummins, e reforça nosso compromisso conjunto com um futuro mais sustentável.”
Inovação em combustíveis de baixo carbono
As novas células de teste para combustíveis de baixo carbono da Cummins na fábrica de motores em Seymour, Indiana (EUA), demonstram os investimentos contínuos da empresa em instalações de pesquisa fundamentais e capacidades internas destinadas a apoiar seus programas de descarbonização e impulsionar avanços em tecnologias e inovações voltadas para a redução de carbono, aproximando o setor de sistemas de energia neutros em carbono.
“Estamos entusiasmados em colocar em operação essa célula de teste bicombustível, como parte do nosso Programa de Desenvolvimento de Motores de Duplo Combustível, que reforça nosso compromisso com a colaboração com fabricantes de equipamentos e empresas de mineração no desenvolvimento e testes de tecnologias de transição,” disse Adewunmi. “Ao utilizarmos tecnologias avançadas, como células de teste para combustíveis de baixo carbono e nossa estrutura versátil para testes com eletrônica de potência, baterias, célula a combustível e sistemas híbridos, a Cummins se mantém na vanguarda ao guiar as mineradoras rumo à redução de carbono agora e no futuro.”
As células de teste para combustíveis de baixo carbono da Cummins acomodam uma ampla gama de motores de alta potência — com capacidades de 38L a 95L — e garantem uma transição eficiente para diversos tipos de combustíveis alternativos em variados cenários de teste. As instalações especializadas também mantêm um ambiente de alta precisão para fornecer medições confiáveis de emissões com dados precisos, além de oferecer condições seguras de armazenamento para prevenir contaminações e preservar a qualidade dos combustíveis.
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