Aperam acelera compromisso climático e convoca fornecedores para reduzir emissões
Meta é tornar a cadeia produtiva do aço cada vez mais sustentável e com baixa pegada de carbono
A Aperam South America está determinada a reduzir as emissões do Escopo 3. Com o objetivo de oferecer produtos cada vez mais sustentáveis e com menor pegada de carbono, a empresa reuniu fornecedores em Belo Horizonte para engajá-los na descarbonização de toda a cadeia produtiva do aço, em um esforço conjunto e integrado. Atualmente, cerca de 78% das emissões totais da companhia estão ligadas ao Escopo 3, que corresponde às emissões indiretas de gases de efeito estufa.
“Queremos convidá-los a construir um planeta melhor”, destacou Humberto Marin, diretor de Desenvolvimento Industrial da Aperam. Ele lembrou que há uma relação direta entre o consumo de aço e o nível de desenvolvimento de um país, e que tornar a sociedade mais sustentável é um compromisso coletivo com o futuro. “A Aperam já produz aços com baixa pegada de carbono, mas, para avançarmos ainda mais, não podemos caminhar sozinhos. Precisamos de vocês para que toda a cadeia seja sustentável”, convocou, dirigindo-se aos fornecedores a se engajarem na redução das emissões.
Em 2020, a Aperam se tornou a primeira empresa do mundo em aços planos especiais a atingir a neutralidade de carbono nos Escopos 1 e 2 – relativos a emissões diretas e à geração de energia, respectivamente. O marco vem sendo mantido desde então, com verificação da Société Générale de Surveillance (SGS), referência global em inspeção e certificação. Agora, a Aperam quer acelerar a redução das emissões do escopo 3, considerado o grande desafio em nível global. A empresa também foi a primeira produtora de aço inoxidável certificada pelo ResponsibleSteel, atestando práticas alinhadas a critérios ambientais, sociais e de governança (ESG).
Humberto destacou o pioneirismo da Aperam na transição energética, que, desde 2011 aboliu definitivamente o coque e passou a usar 100% de carvão vegetal em seus altos-fornos. “Naquela época era considerada coisa de ambientalista, era quase que um fantasma para muitos. Hoje, vemos que é ao contrário, que estávamos certos desde o início e saímos na frente. E queremos fazer o mesmo, agora, com o escopo 3”, pontuou.
A Aperam substituiu totalmente o coque mineral nos altos-fornos – combustível fóssil, responsável por cerca de 90% das emissões geradas pela siderurgia – por carvão vegetal renovável. Hoje, a Aperam BioEnergia produz anualmente 450 mil toneladas de carvão vegetal, proveniente de florestas renováveis de eucalipto no Vale do Jequitinhonha (MG). Graças ao uso do carvão vegetal nos altos-fornos da Aperam, 500 mil toneladas de CO2 deixam de ser emitidas na atmosfera.
Descarbonizar é um bom negócio
Além de reduzir os impactos ambientais, os projetos de descarbonização também se mostram estratégicos para a competitividade das empresas. Na Aperam, por exemplo, iniciativas de economia circular têm gerado não apenas benefícios ambientais, mas também redução de custos e novas oportunidades de negócio.
É o que acontece com a moinha de carvão, coproduto gerado a partir da degradação do carvão vegetal durante o transporte e manuseio. Devido ao seu alto valor energético, ela é comercializada com empresas parceiras que utilizam este coproduto como matéria-prima para fins energéticos. A moinha também pode ser aplicada diretamente no solo como biochar, contribuindo para a retenção de água e nutrientes, além de atuar na estocagem de carbono, gerando créditos de CO2.
“Nós já fazemos isso, e os resultados mostram que é possível reduzir custos, gerar novos negócios e, ao mesmo tempo, fortalecer a competitividade”, destacou Rodrigo Heronville, diretor de Gente e Gestão da Aperam. “Queremos que nossos fornecedores também se beneficiem dessa jornada. Contem conosco como parceiros, para que possamos avançar juntos nesse propósito”, completou.
Rodrigo lembrou ainda que a Aperam possui metas ambiciosas para 2030, que incluem reduzir em 25% o consumo de energia, em 50% as emissões de CO₂, em 72% a emissão de poeira, alcançar mais de 97% de reciclagem de resíduos e diminuir em 48% o consumo de água.
“É um grande desafio, mas boa parte desse caminho depende também de cada um de vocês”, disse. “Precisamos de ousadia e coragem para avançar na jornada da sustentabilidade. Mirar onde queremos estar em 2030 e, passo a passo, seguir juntos pela descarbonização de toda a cadeia produtiva”, finalizou.