Conheça a expedição que abriu caminho para a Ferrovia Atlântico-Pacífico

Conheça a expedição que abriu caminho para a Ferrovia Atlântico-Pacífico

Conheça a expedição que abriu caminho para a Ferrovia Atlântico-Pacífico

O Governo Federal anunciou que pretende concluir, até o fim de 2026, o projeto básico e executivo da Ferrovia Atlântico-Pacífico, ligando Ilhéus (BA) ao porto de Chancay, no Peru, acelerando a integração logística do país com a América do Sul e o comércio com a Ásia. Mais de 30 anos antes, porém, três transportadores brasileiros realizaram uma expedição pioneira por um trajeto similar, levando caminhões do Brasil ao Pacífico e mostrando que conectar o país a rotas internacionais era possível muito antes de projetos logísticos modernos.

Em agosto de 1995, Oswaldo Dias Castro Jr., Oswaldo Xavier Dias e Marcelo Vigneron idealizaram o Projeto Pacífico, expedição que tinha como objetivo levar uma frota de caminhões brasileiros até o Oceano Pacífico, cruzando a Bolívia, o Chile e o Peru. O marco foi registrado no livro “A Caminho do Oeste, do Brasil ao Pacífico sobre rodas”, que está disponível para leitura no portal da Fundação Memória do Transporte (FuMTran). A expedição antecipou discussões que ainda hoje estão em pauta, como os projetos de integração bioceânica.

Três décadas depois, em 2025, a Fundação Memória do Transporte (FuMTran) incorporou oficialmente os depoimentos dos três pioneiros ao seu acervo virtual. A instituição reúne mais de 20 mil itens digitalizados e agora também preserva esse episódio, que passa a estar disponível para consulta pública no Museu Virtual da Memória do Transporte.

Para Antonio Luiz Leite, presidente da FuMTran, revisitar a história do Projeto Pacífico é valorizar a coragem e a visão de futuro de quem ousou sair do comum. “A expedição foi muito mais que uma rota inédita. Ela mostrou como o transporte tem papel fundamental na integração continental, aproximando culturas, economias e pessoas. Ao resgatar essa história, reforçamos a importância de preservar a memória de quem abriu caminhos que ainda hoje inspiram o setor”, informa o presidente.

O percurso, que levou semanas, exigiu preparação meticulosa: revisão dos caminhões, estudo dos trajetos possíveis, documentação para atravessar fronteiras e o cuidado extra com a altitude andina, que representa um desafio tanto para os motoristas quanto para os motores dos veículos. “A cada cidade alcançada, o comboio brasileiro despertava curiosidade e era a demonstração concreta de que o transporte rodoviário poderia ir além das fronteiras tradicionais e conectar o Brasil diretamente ao Pacífico” complementa.

O presidente reforça que a preservação dessa memória vai além do registro histórico. “A saga não foi apenas sobre vencer distâncias, mas sobre mostrar que a logística brasileira podia se reinventar e assumir protagonismo internacional. Hoje, quando vemos corredores logísticos modernos ligando o Brasil a portos estratégicos no Oceano Pacífico, lembramos que tudo começou com a coragem de três visionários que desbravaram estradas desconhecidas em condições extremas “.

Registrar e preservar o Projeto Pacífico é essencial para entendermos a evolução da logística no país. Os documentos disponibilizados em nosso museu oferecem base concreta para estudos e planejamento, mostrando como operações complexas podem ser estruturadas e executadas com eficiência”, conclui.

 

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