Sindenergia alerta para gargalos que travam expansão das renováveis em Mato Grosso

Sindenergia alerta para gargalos que travam expansão das renováveis em Mato Grosso

 Sindenergia alerta para gargalos que travam expansão das renováveis em Mato Gross

Os gargalos da infraestrutura elétrica estão comprometendo a expansão da geração de energia renovável em Mato Grosso. O alerta foi feito pelo presidente do Sindenergia MT, Carlos Garcia, durante o painel “Como desenvolver o potencial energético das renováveis em Mato Grosso?”, na abertura do Congresso e Exposição de Inovação em Instalações Elétricas (Cinase) 2025, realizado nos dias 1º e 2 de outubro, em Cuiabá.

Segundo Garcia, o estado possui um imenso potencial para explorar fontes como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), energia solar e biogás. No entanto, a falta de investimentos em linhas de transmissão limita o aproveitamento dessas oportunidades.

“Gerar energia em Mato Grosso, principalmente nos horários de maior incidência solar, se tornou um grande desafio. O descasamento entre oferta e demanda em determinados horários afeta todo o país e aqui no estado não é diferente. Precisamos pensar estrategicamente o setor energético mato-grossense para garantir espaço a essa geração”, afirmou.

O presidente destacou ainda que já está em andamento o processo de elaboração de um balanço energético estadual, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que tem o objetivo de diagnosticar a composição atual da matriz energética.

“Sem conhecer os números relativos à composição da matriz energética hoje, não conseguimos projetar como a queremos para o futuro. Esse levantamento será a base para definir ações estratégicas, como o programa de eletrificação estadual, que visa a aumentar a demanda por energia elétrica e ampliar a capacidade da rede para acelerar o processo de eletrificação no estado, o que vai permitir absorver mais renováveis”, completou.

O professor Ivo Leandro Dorileo, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético (Niepe) da UFMT, reforçou a necessidade de integrar os planos estaduais às diretrizes nacionais.

“É fundamental que Mato Grosso tenha documentos atualizados de matriz e balanço energético, dialogando com o planejamento regional e nacional. Isso garante que os investimentos ocorram de forma técnica e sustentável”, pontuou.

Já o coordenador de energia da Sedec, Teomar Magri, defendeu um planejamento integrado das fontes. “O estado tem vocação para a geração hídrica e solar, mas precisa também avançar em biogás, biometano e biomassa, aproveitando a força da agroindústria. Para isso, é preciso resolver gargalos de escoamento e estruturar políticas de incentivo”, explicou.

Moderador do painel, o professor Ruan Carlos Silva, do Instituto Federal de Mato Groso (IFMT), destacou o impacto da discussão para a comunidade acadêmica.

“Foi um momento rico de troca de informações técnicas, que ajuda os estudantes a compreenderem os reais desafios do setor e pensarem em soluções”, finalizou.

Deixe seu comentario

Ultimas Noticias

[acf_slider repeater_name="banner_lateral_1_interna"]
[acf_slider repeater_name="banner_lateral_2_interna"]
Categorias

Fique por dentro das novidades

Inscreva-se para receber novidades em seu Email, fique tranquilo que não enviamos spam!

Jeetwin

Jeetbuzz

Baji999

Deixe seu Email para acompanhar as novidades