Cooperativa do MST inaugura Agroindústria que beneficiará 40 toneladas de feijão por dia
Localizada em Londrina, a cooperativa Copacon se torna uma das poucas do Paraná a beneficiar o grão
Dia Mundial da Alimentação e da Soberania Alimentar, a Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização Conquista (Copacon), localizada no Assentamento Eli Vive, em Londrina, irá inaugurar o Complexo Agroindustrial de Grãos Agroecológico, com capacidade de beneficiar até 40 toneladas de feijão em apenas 8 horas de trabalho.
O ato de inauguração contará com a presença de ministros, autoridades políticas e do economista João Pedro Stedile, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A Copacon já mantém uma Agroindústria de milho 100% livre de transgênicos, onde realiza o beneficiamento de milho e derivados como fubá, biju e canjiquinha. Com a agroindústria do feijão, a cooperativa passa a atender a mais uma demanda dos produtores locais, potencializando a comercialização do grão, que já é tradicionalmente cultivado na região entre uma safra de milho e outra.
O novo espaço representa um avanço para a Agricultura Familiar, que cada vez mais vem incorporando alta tecnologia na produção e agroindustrialização de alimentos. A unidade conta com equipamentos modernos de seleção, limpeza e empacotamento do grão, garantindo maior qualidade e adequação ao mercado.
Copacon: uma década de história
Criada em 2015, para organizar a produção de milho e hortaliças dos assentados, a cooperativa Copacon, conta atualmente com 500 associados, e entrega anualmente duas mil toneladas de alimentos para escolas do Paraná, por meio de programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O diretor-presidente da cooperativa, Fábio Herdt, explica que a agroindústria será capaz de atender toda a região, do pequeno ao grande produtor. Ele também fala da importância da industrialização na Reforma Agrária:
“São equipamentos com tecnologia de ponta, capazes de identificar e separar o grão de feijão preto do carioca e fazer o processamento do grão com a maior qualidade possível. Vamos poder comercializar o produto a preço justo, valorizando o trabalho dos agricultores”, afirma.