CNI, ApexBrasil e FIEMG lideram missão empresarial à maior feira de importação da China
Comitiva brasileira participará da maior feira de importação da China (CIIE) 2025, em Xangai, e reforçará oportunidades de negócios e investimentos entre os dois países

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), promovem a Missão Empresarial à China International Import Expo (CIIE) 2025, que será realizada de 3 a 7 de novembro, em Xangai. Considerada a maior feira de importação promovida pela China, a CIIE reúne compradores e investidores de mais de 150 países e é um dos principais palcos mundiais para promoção de produtos, tecnologias e inovação.
A missão marca mais um capítulo da aproximação estratégica entre os setores industriais do Brasil e da China. Composta por pequenas e médias empresas, a delegação reúne participantes de mais de 20 empresas de seis estados, abrangendo diversos setores da indústria, com destaque para mineração e alimentos e bebidas, além de representantes da construção civil e do setor têxtil e de vestuário. A coordenação da missão é da unidade da Federação de Minas Gerais da Rede de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), presentes em todas as federações de indústrias do país.
Com o apoio do escritório da CNI em Xangai, inaugurado neste semestre, a missão contará com uma programação diversificada que vai além da feira. A comitiva brasileira terá reuniões com executivos e instituições chinesas e participará do programa executivo IEL Experience, realizado em uma universidade em Xangai — iniciativa que reforça o compromisso com a inovação, o aprendizado e a cooperação tecnológica. O objetivo é fortalecer o posicionamento internacional da indústria brasileira, estimulando parcerias estratégicas em inovação, sustentabilidade e digitalização industrial, além de ampliar o intercâmbio de conhecimento, investimentos e negócios entre empresas do Brasil e da China.
“A China é o maior parceiro comercial do Brasil e a participação dos empresários brasileiros na CIIE é uma oportunidade concreta de ampliar a presença de produtos nacionais em um dos mercados mais dinâmicos e estratégicos do mundo. Em 2024, a China foi o principal destino das exportações de 14 estados brasileiros e o segundo maior de outras quatro unidades da Federação, o que reforça a importância de ações de promoção como esta missão”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Maior parceira comercial do Brasil, China amplia aportes em energia, manufatura e minerais estratégicos
Dados do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC) mostram que desde 2009, a China é a principal parceira comercial do Brasil, e o país mantém superávits consistentes nessa relação. Entre 2001 e 2024, a balança comercial brasileira apresentou déficit em apenas dois anos — 2007 e 2008.
As exportações brasileiras para a China permanecem concentradas em três grandes grupos de produtos — commodities agrícolas, minerais e energéticas, que representam mais de 70% do total exportado. Já os investimentos chineses no Brasil vêm se diversificando: em 2024 o país recebeu 39 projetos, somando US$ 4,18 bilhões, o que colocou o Brasil como o terceiro maior destino global de capital chinês.
Os setores de energia elétrica (especialmente renovável), petróleo, manufaturas e minerais estratégicos se destacam entre os que mais atraem investimentos. Além disso, o número crescente de projetos, mesmo com valores médios menores, indica uma tendência de investimentos menos intensivos em capital, mas de alto valor estratégico e tecnológico — alinhados às prioridades nacionais de reindustrialização e sustentabilidade.
Ainda segundo informações do CEBC, a indústria de transformação brasileira vem ampliando sua presença no mercado chinês. Entre janeiro e setembro de 2025, as exportações do setor cresceram 19,5 por cento, somando 15,7 bilhões de dólares. Com isso, a participação da indústria de transformação nas exportações brasileiras para a China subiu para 20,8 por cento, um aumento de 3,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024.

 
									 
					





 
															