Mosaic e IFA reúnem lideranças globais para debater caminhos da agricultura sustentável e economicamente viável rumo à COP30
Evento realizado em São Paulo contou com a participação de representantes dos setores agro e financeiro
A sede da Mosaic em São Paulo foi palco, nesta terça-feira (4/11), de dois encontros promovidos pela Associação Internacional de Fertilizantes (IFA) que reuniram lideranças empresariais, representantes do setor financeiro e especialistas internacionais para discutir soluções agroalimentares positivas para o clima e a natureza, além do papel do Brasil como referência em intensificação sustentável da agricultura, antecedendo as discussões da COP30.
Pela manhã, a mesa redonda “Mutirão para Mercados: Ação coletiva para tornar os resultados da natureza e do clima financeiramente viáveis” abordou o desafio de integrar metas ambientais e climáticas a modelos de negócio economicamente sólidos. O diálogo, moderado por Alzbeta Klein, CEO e diretora-geral da IFA, e aberto por Eduardo Monteiro, country manager da Mosaic Brasil, reuniu executivos de instituições como Syngenta, Cargill e Santander.
Durante a discussão, os participantes refletiram sobre os “pontos de superalavancagem” capazes de impulsionar investimentos em soluções climáticas e de biodiversidade, explorando mecanismos financeiros, políticas públicas e colaborações empresariais que possam reduzir riscos e ampliar o impacto positivo da agricultura.
“O Brasil tem uma oportunidade única de liderar a transformação da agricultura global, demonstrando que é possível aliar produtividade à preservação ambiental. Este encontro reforça nosso compromisso em construir pontes entre os setores do agronegócio, financeiro e científico para acelerar soluções que beneficiem o planeta e as futuras gerações”, afirmou Monteiro.
No período da tarde, o evento seguiu com o painel “Intensificação Sustentável em Foco: o modelo do Brasil pode ser um catalisador para a transformação agrícola global na COP30 e além?”, com o objetivo analisar criticamente a trajetória do país em direção a uma agricultura de alta produtividade aliada à conservação ambiental e à inclusão social.
Moderado também por Alzbeta Klein, o encontro destacou como a experiência brasileira, marcada por inovação tecnológica, políticas públicas estratégicas e investimentos em pesquisa, pode contribuir para estruturar políticas globais de uso sustentável da terra e transições agroalimentares justas em outras regiões do mundo.
Na primeira parte, denominada “Brasil na Encruzilhada”, trouxe uma análise sobre os desafios do país em conciliar modelos produtivos e inclusivos com metas climáticas e de biodiversidade, enfatizando os avanços obtidos, as lacunas persistentes e a importância de políticas integradas e instrumentos financeiros inovadores para sustentar o equilíbrio entre produtividade e conservação.
Já na segunda parte, “Rumo e além da COP30”, ampliou a perspectiva, conectando a experiência brasileira à agenda global de clima e biodiversidade. Foram discutidas as condições necessárias para escalar a intensificação sustentável em outros contextos, o papel dos mercados e do comércio internacional na formação de incentivos sustentáveis e a integração dessa abordagem nas estratégias nacionais de clima e biodiversidade (NDCs e NBSAPs).
“Na COP30 temos a oportunidade de mostrar que a agricultura produtiva e a ambição climática podem avançar juntas. A experiência do Brasil demonstra como a inovação, políticas sólidas e parcerias de longo prazo podem impulsionar o progresso real no terreno. Trabalhando em conjunto com seus membros, como a The Mosaic Company, a IFA está focada em soluções práticas que ajudam os agricultores a construir resiliência, proteger os recursos naturais e sustentar seus meios de subsistência. Trata-se de traduzir os compromissos globais em ações que gerem valor duradouro para as pessoas e o planeta”, afirma Alzbeta.
Os debates realizados em São Paulo somam-se a uma série de diálogos internacionais liderados pela IFA, incluindo os encontros realizados durante a Semana do Clima de Londres e a Semana do Clima de Nova York, e reforçam o compromisso do setor de fertilizantes em construir uma agenda agrícola global sustentável, financeiramente viável e socialmente inclusiva.
