Avanço da safra de soja exige atenção redobrada no controle de plantas daninhas

Avanço da safra de soja exige atenção redobrada no controle de plantas daninhas

Aumento da resistência requer técnicas diferenciadas de manejo; Boas Práticas Agrícolas são essenciais para a aplicação dos defensivos; Corteva Agriscience traz recomendações para o uso destas ferramentas

 Avanço da safra de soja exige atenção redobrada no controle de plantas daninhas

O plantio da soja avança no Brasil. Segundo relatório mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 34,4% da área prevista no País com a oleaginosa já foi semeada. Com o encaminhamento da safra, o produtor precisa ficar atento à incidência de plantas daninhas, e escolher o herbicida correto para evitar a resistência de algumas espécies a algumas soluções. Além disso, é preciso respeitar as Boas Práticas Agrícolas na aplicação dos herbicidas.

“Em qualquer população de planta daninha, mesmo que sejam todas da mesma espécie, há variações genéticas naturais. Essa mutação faz com que ela seja ligeiramente menos afetada por um herbicida específico. E por isso as ferramentas de Boas Práticas Agrícolas precisam ser seguidas, entre elas a rotação e combinação de mecanismos de ação de herbicidas”, explica Jair Francisco Maggioni, Coordenador de Boas Práticas Agrícolas da Corteva Agriscience para Brasil e Paraguai. ”Junto a este fato, é necessária uma aplicação correta do defensivo, e o conjunto de ferramentas permeadas pelas Boas Práticas Agrícolas é essencial no processo. A Corteva está ao lado do agricultor para disseminar conhecimento e informação para que ele faça o uso correto do herbicida”, complementa.

Boas Práticas Agrícolas para a aplicação de herbicidas

Entre as recomendações de Boas Práticas Agrícolas para aplicar os herbicidas, é fundamental respeitar as orientações descritas na bula de cada produto e realizar a aplicação obedecendo aos seguintes parâmetros: temperatura ambiente inferior a 30ºC, umidade relativa do ar superior a 55%, velocidade média do vento entre 3 e 10 km por hora, volume de calda entre 100 e 150 litros por hectare, pontas de pulverização com indução de ar e regulagem das gotas e barras de pulverização a 50 centímetros de altura do alvo, além do mapeamento das culturas vizinhas. Em relação à segurança do aplicador, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual é obrigatório durante todo o manuseio do produto.

Quando falamos de herbicidas, também é importante fazer a monitorização e identificação precoce das plantas daninhas, aplicação correta dos herbicidas, rotação de culturas, rotação e combinação de mecanismos de ação de herbicidas, eliminação de plantas sobreviventes, higienização de máquinas e equipamentos, além da educação e atualização técnica constante dos aplicadores.

Daninhas causam prejuízo à soja

Nos últimos anos, diversas plantas daninhas têm aumentado a resistência a herbicidas devido a diferentes fatores, como pressão de seleção (uso contínuo do mesmo herbicida), mutação genética, uso incorreto e falta de rotação de herbicidas, entre outros.

Como exemplo, está o Capim-amargoso (Digitaria insularis), comum ao Cerrado e com potencial de reduzir o potencial produtivo da lavoura em até 40%, de acordo com estudos da Embrapa, mas podendo chegar a 70%, em alguns casos, e amplamente resistente ao Glifosato (inibidores da EPSPs). Outra daninha é a buva (Conyza spp.), que possui uma reprodução rápida, com mais de 200 mil sementes por planta, o que lhe traz vantagem competitiva em relação ao desenvolvimento da soja e resistência a inibidores da ALS (como Clorimuron), além do Glifosato

Além delas, estão também o Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), com a mesma característica resistente do capim-amargoso e bastante agressiva, com capacidade reprodutiva – uma única planta pode produzir mais de 120 mil sementes, que apresentam alta viabilidade no solo e são facilmente disseminadas, e o Caruru (Amaranthus hybridus), que tem um grande potencial de infestação e pode reduzir a produtividade da soja em até 79% e tem o maior caso de resistência múltipla entre as principais daninhas: Glifosato, inibidores da ALS e de PPO.

Mutação e resistência ocorrem por diversos fatores

A produção de soja praticamente dobrou no Brasil nos últimos dez anos. Na safra 2014/15, foram registrados 96,2 milhões de toneladas e, na última temporada, 171,4 milhões de toneladas. Porém, neste período, novas populações de invasoras, com mutação e evolução biológica, surgiram nas lavouras, impactando diretamente nos modos de manejo por parte dos agricultores. Entre os motivos favoráveis às daninhas estão:

  1. Uso Contínuo do Mesmo Mecanismo de Ação (MOA): Pode causar o desenvolvimento de resistência nas plantas daninhas, pois seleciona e favorece os indivíduos que sobrevivem e se reproduzem. Isso leva a um controle mais difícil e custoso no futuro, diminuindo a eficácia do produto ao longo do tempo.
  2. Monocultura ou Sucessão de Culturas de Baixa Rotação: A ausência de rotação de culturas pode favorer o surgimento contínuo de plantas daninhas (falta de alternância de espécies pode criar um ambiente favorável para o desenvolvimento), além de poder degradar o solo e aumentar sua vulnerabilidade a essas ameaças.
  3. Subdosagem de Herbicidas: Aplicar doses menores que a recomendada pode não controlar 100% das invasoras – pois o herbicida não atinge a dose letal –, criando um ambiente que pode selecionar plantas daninhas resistentes, fazendo com que o controle seja mais difícil com o tempo.

“A solução não está em um único modo de ação ou um produto isolado, mas sim na diversificação inteligente. É necessário quebrar o ciclo dessas daninhas resistentes usando todas as ferramentas disponíveis, e as Boas Práticas Agrícolas ajudam o produtor a realizar a aplicação correta, na dose e alvo recomendados”, finaliza Maggioni.

Mais informações disponíveis em www.corteva.com

 

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