Papel do setor privado se destaca na solução climática, diz diretor global de Sustentabilidade da JBS

Papel do setor privado se destaca na solução climática, diz diretor global de Sustentabilidade da JBS

Jason Weller pontua em evento da SB COP como colaboração e inovação podem moldar a agenda de sistemas alimentares da COP30

Papel do setor privado se destaca na solução climática, diz diretor global de Sustentabilidade da JBS

Ao avaliar a jornada da SB COP (Sustainable Business COP) e as expectativas para a COP30Jason Wellerdiretor Global de Sustentabilidade da JBS, destacou o papel inédito dado ao setor privado na construção de soluções climáticas e alimentares. “O Brasil é orientado para a ação. A presidência brasileira convidou o setor privado não para ficar à margem, mas para ser parte real da conversa, reconhecendo sua capacidade de criar negócios sustentáveis e contribuir para soluções. Esse é um legado que levaremos da SB COP para a COP30”, afirmou.

O executivo reforçou que a transformação dos sistemas alimentares depende de colaboração contínua entre setor privado, governo e sociedade civil. “A SB COP demonstrou que quando todos se sentam à mesa, surgem soluções concretas e replicáveis. Agora, o desafio é levar esse espírito para a COP30. Estamos aqui para colaborar, aprender e ampliar iniciativas que combinem segurança alimentar, produtividade e regeneração ambiental.

A força-tarefa de “Sistemas Alimentares” na SB COP, da qual Weller é vice-chair, e o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, é chair, apresentou recomendações que devem orientar a COP30 na construção de uma agenda consistente para os sistemas alimentares.

As propostas convergem para um Resultado Mínimo Viável (RMV), defendendo a adoção de uma estrutura científica e adaptável, com métricas comparáveis para solo, água, biodiversidade, clima e meios de vida, sempre respeitando as diferenças regionais e setoriais.

O RMV deve ser integrado a metas e instrumentos públicos, conectando crédito, seguro rural e compras governamentais ao cumprimento de objetivos mensuráveis. Também prevê o fortalecimento de sistemas de monitoramento, reporte e verificação proporcionais à realidade de cada país e ao perfil dos produtores, com transparência e simplicidade.

As recomendações também reforçam a necessidade de impulsionar a produtividade com inclusão, tecnologia e assistência técnica. A agenda prevê expansão da assistência técnica e da extensão rural, além do aumento do acesso a tecnologias que elevem a eficiência e a resiliência climática, considerando as especificidades locais.

A inclusão de pequenos produtores e grupos historicamente pouco atendidos é tratada como prioridade, por meio de programas de capacitação, plataformas de conhecimento e facilitação ao acesso a insumos e mercados. A força-tarefa propõe ainda mecanismos de compras públicas e parcerias que reconheçam e recompensem práticas sustentáveis e regenerativas, ampliando renda e estabilidade econômica.

Outro eixo central é o financiamento e a valorização dos serviços ambientais como forma de escalar a transição sustentável. As recomendações incluem a mobilização de capital em larga escala por meio de instrumentos financeiros blended, utilizando garantias e mecanismos de mitigação de risco para atrair investimentos privados e reduzir custos para os produtores.

O documento defende a criação de marcos regulatórios que viabilizem pagamentos íntegros e interoperáveis por serviços ambientais — como carbono no solo, biodiversidade e água — e o redirecionamento de apoios públicos para incentivar práticas sustentáveis comprovadas em campo.

Durante o painel “How to accelerate the transformation of food systems for climate, nature and people”, promovido pela SBCOP, Weller apresentou exemplos de iniciativas que já contribuem para acelerar essa transformação e oferecer caminhos escaláveis para a agenda climática global.

Entre os exemplos apresentados, está o programa Escritórios Verdes, criado pela JBS para apoiar a regularização ambiental e o cumprimento do Código Florestal. A iniciativa “se tornou uma ferramenta estruturante para a inclusão produtiva e a redução de riscos ambientais”, afirmou o executivo. “Regularizamos mais de 20 mil fazendas nos últimos quatro anos, o que representa mais de 5 milhões de cabeças de gado que passaram a cumprir plenamente a legislação ambiental. Em vez de excluir o produtor, nós o trazemos para a conformidade, ampliando sua oportunidade econômica.

Outra iniciativa destacada foi o programa Fazenda Nota 10, que leva assistência técnica individualizada aos pecuaristas, com foco em manejo de pastagens, bem-estar animal, saúde veterinária, nutrição e infraestrutura. “Estamos vendo transformações profundas. Produtividades que saem de menos de uma cabeça por hectare para duas ou três, e produtores que dobram sua renda. Somado a isso, observamos redução de cerca de 30% das emissões líquidas de gases de efeito estufa, resultado direto de melhor manejo e maior eficiência”, explicou Weller.

Segurança alimentar
Ao abordar o desafio simultâneo da alimentação e do clima, ele destacou que a insegurança alimentar é uma urgência atual. “A insegurança alimentar não é uma preocupação futurista. É uma questão existencial de hoje. A ONU estima que 2,3 bilhões de pessoas enfrentam algum nível de insegurança alimentar; mais de 800 milhões não comeram ontem, e 150 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição. A pergunta é: como fornecemos nutrição para uma população em crescimento sem exaurir nossos recursos naturais?”, questionou.

Segundo o executivo, a resposta passa por parcerias com produtores e pela ampliação de soluções que aumentem produtividade, renda e resiliência climática. Weller explicou que a JBS trabalha diariamente com milhares de agricultores ao redor do mundo, reforçando que a transição para uma agricultura regenerativa, eficiente e inclusiva exige apoio técnico e econômico. “Não se trata de dizer ao agricultor que ele carrega o peso da crise climática sozinho. O sistema alimentar deve ser parceiro do produtor, para melhorar sua produtividade, seu bem-estar econômico e, ao longo do caminho, avançar na mitigação e adaptação climática.

O diretor reforçou ainda o papel da JBS em compartilhar experiências, aprender com parceiros e impulsionar soluções que possam ser escaladas globalmente. “Somos brasileiros por natureza, mas atuamos em cinco continentes, conectando milhares de agricultores a centenas de milhões de consumidores. Isso nos coloca em um ponto único do sistema alimentar global. Entendemos os riscos climáticos enfrentados pelos produtores e as preocupações dos consumidores sobre como os alimentos são produzidos. Nosso papel é contribuir de forma construtiva e trabalhar com governos, pesquisadores e agricultores para expandir soluções.

Saiba mais em jbsglobal.com.

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