Cafés especiais: microlotes expressam excelência e identidade em cada safra

 Cafés especiais: microlotes expressam excelência e identidade em cada safra

Produzidos em pequenas quantidades, os produtos apresentam a experiência sensorial e o cuidado artesanal para um mercado cada vez mais exigente

Cafés especiais: microlotes expressam excelência e identidade em cada safra Produzidos em pequenas quantidades, os produtos apresentam a experiência sensorial e o cuidado artesanal para um mercado cada vez mais exigente

O mercado global de café segue impulsionado pelo protagonismo do Brasil, que em 2024 alcançou um recorde histórico de exportação, com mais de 50,4 milhões de sacas embarcadas. Dentro desse volume, os cafés diferenciados, aqueles com certificações de boas práticas ou qualidade superior, somaram cerca de 9,1 milhões de sacas, o equivalente a aproximadamente 18% do total, confirmando a consolidação do país como um dos principais exportadores premium do mundo, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

É justamente essa valorização da origem e de nichos específicos que impulsiona o crescimento dos microlotes — cafés de alta pontuação produzidos em pequenas quantidades, que representam uma evolução dentro do segmento de especiais e reforçam o posicionamento e a identidade das marcas. Entre as referências nesse mercado está o Café Santa Monica, reconhecido como uma das pioneiras do segmento no Brasil. Fundada em 1985, a empresa mantém o equilíbrio entre excelência técnica e produção artesanal.

Para o fundador Arthur Moscofian Jr., os microlotes simbolizam a essência do Café Santa Monica: um café autêntico, cultivado com respeito à natureza e sensibilidade no processo. “São cafés produzidos em pequena escala, acima de 85 pontos, que revelam a singularidade de cada safra. Cada microlote expressa um perfil sensorial próprio, resultado da combinação entre variedade, altitude e manejo pós-colheita, características que diferenciam essa categoria dentro do nosso portfólio”, destaca.

Catuaí/ Café Santa Monica

A nova linha 85+ do Café Santa Monica reúne três variedades de arábica cultivadas no Cerrado Mineiro, cada uma com identidades sensoriais distintas: Topázio, com notas de frutas vermelhas, uva e abacaxi e corpo sedoso; Bourbon Amarelo, que traz morango, framboesa e cereja, com corpo aveludado; e Catuaí Amarelo, com aromas de melaço e caramelo ao leite, acidez cítrica e finalização limpa e equilibrada. Produzidos em pequenas quantidades, esses cafés reforçam a complexidade e a diversidade do terroir brasileiro.

Arthur explica que os microlotes funcionam como uma vitrine da complexidade do café brasileiro, reunindo grãos selecionados que se destacaram na colheita anterior. “Cada variedade traz notas diferentes: algumas revelam nuances de frutas vermelhas e uva, outras apresentam aromas de melaço ou caramelo. É um trabalho de sensibilidade e atenção ao detalhe, que inspira todo o restante da produção”, completa o fundador. O microlote Fox Beans 87 pontos, por exemplo, é cultivado com adubo organomineral e segue processos que dispensam produtos químicos, refletindo o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a pureza.

Já o CEO Marcelo Moscofian, que representa a terceira geração à frente do negócio, explica que o portfólio do Café Santa Monica combina tradição e inovação. “Nosso café de 82 pontos é o carro-chefe e responde pela maior parte do volume de vendas, principalmente na versão em pó. Mas o interesse pelos cafés em grãos vem crescendo de forma consistente, o que mostra um consumidor mais exigente e curioso sobre o que consome”, afirma.

Ele acrescenta que os microlotes apontam para o futuro do mercado, impulsionados pela maturidade do paladar brasileiro e pelo avanço das cafeterias de especialidade. “O consumidor está cada vez mais interessado em entender a origem, as notas e o processo de torra, e esse movimento é o que impulsiona o crescimento dos cafés de alta pontuação. É uma experiência”, completa Marcelo.

Da fazenda própria em Machado (MG) à torrefação na Mooca (SP), o Café Santa Monica mantém um processo de produção que garante rastreabilidade e constância de sabor. Arthur conta que, após cada colheita, o café descansa de cinco a seis meses antes de ser misturado gradualmente à safra anterior, técnica que assegura estabilidade e evita variações perceptíveis ao consumidor. Esse cuidado, somado ao controle de torra e à seleção minuciosa de grãos, sustenta a reputação do Café Santa Monica entre apreciadores e especialistas.

Os microlotes são produzidos em edições limitadas, de torra média e notas aromáticas distintas, enquanto o blend de 82 pontos segue como o café mais representativo do portfólio, presente nas principais redes varejistas e cafeterias do país. Para o Café Santa Monica, cada xícara é uma experiência sensorial e uma celebração do terroir brasileiro.

O bom momento do setor reforça esse cenário: segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), o Brasil pode movimentar mais de US$ 70 milhões em negócios com cafés especiais apenas nas ações recentes realizadas no Japão, um dos principais mercados consumidores do produto. O país segue entre os maiores exportadores de cafés premium do mundo, com cerca de 16% das exportações compostas por grãos de alta pontuação.

 

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