Trilhas de carreira e qualificação para a construção civil

Trilhas de carreira e qualificação para a construção civil

Encontro entre SindusCon-SP, Sintracon-SP, Feticom-SP e Senai-SP discutiu formação profissional, e pesquisa sobre tempo de promoção e habilidades comportamentais 

Trilhas de carreira e qualificação para a construção civil

Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) sediou a reunião do fórum permanente de negociação com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP). O encontro contou ainda com representantes da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo (Feticom) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de São Paulo (Senai-SP).

Na ocasião, foram apresentadas as trilhas profissionais desenvolvidas pelas entidades e como elas serão aplicadas no dia a dia das construtoras. A reunião foi conduzida pelo diretor da área de Gente do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP, David Fratel.

Abrindo a apresentação, Fratel destacou o potencial de transformação que as trilhas de carreira oferecem ao setor. “Essas trilhas mostram, com clareza e objetividade, o caminho de evolução profissional dentro da obra. Elas ajudam a atrair novos talentos, dar previsibilidade à carreira e mostrar que é possível crescer na construção civil”, afirmou. Ele ressaltou ainda que, em três ciclos de obra, um trabalhador que ingressa como aprendiz pode evoluir de um salário médio de R$ 2.500 para cerca de R$ 25 mil.

Na sequência, Camila Pimenta, diretora do Senai-SP, apresentou as Trilhas de Carreira e Formação da Construção que estão sendo desenvolvidas, tanto para profissionais que já atuam no setor quanto para novos ingressantes. Segundo ela, pesquisas realizadas pela instituição apontam que os principais fatores de atratividade para o setor são o salário e a perspectiva de crescimento por meio de trilhas estruturadas.

Camila detalhou as macroáreas de atuação contempladas pelas trilhas: construtor civil, instalador de forma, instalador de sistemas a seco, impermeabilizador, instalador eletricista, instalador armador e instalador hidráulico. Ela também apresentou os pré-requisitos, as habilidades técnicas e a formação exigida para cada função.

Como exemplo, explicou a trilha de desenvolvimento para mestre de obras, inserida na área de construtor civil. O percurso prevê a evolução do profissional desde aprendiz de construtor, passando por auxiliar e meio-oficial de alvenaria, oficial, encarregado, contramestre e, finalmente, mestre de obras, um ciclo estimado em 11 anos. O ingresso requer idade entre 16 e 23 anos (ou a necessária para concluir o curso de aprendizagem industrial até os 24 anos), ensino fundamental completo e não exige experiência prévia.

“Essa trilha será um grande atrativo para quem está entrando na construção, porque oferece previsibilidade de carreira. Ao escolher a área de atuação, o profissional passa a saber exatamente os requisitos, as habilidades necessárias, a formação exigida e o tempo do caminho a percorrer para chegar ao topo”, ressaltou Camila.

Ao final, a representante do Senai-SP apresentou ainda os resultados de uma pesquisa realizada com empresas da construção civil sobre o tempo médio necessário para que um colaborador seja promovido. O estudo mostrou que profissionais que buscam cursos de qualificação são promovidos, em média, em metade do tempo daqueles que não investem em formação. A pesquisa também identificou as habilidades comportamentais mais observadas em líderes de obra: liderança e gestão de pessoas; comunicação clara e assertiva; e organização e planejamento.

A apresentação será enviada aos representantes do Fórum Permanente e ao Grupo de Trabalho de RH do SindusCon-SP, que poderão fazer suas últimas sugestões antes da conclusão do material. A versão final do trabalho será divulgada em um evento previsto para janeiro de 2025.

SindusCon-SP

É a maior associação de empresas da indústria da construção na América Latina. Congrega aproximadamente 300 construtoras associadas e representa cerca de 50 mil empresas de construção residencial, industrial, comercial, obras de infraestrutura e habitação popular, localizadas no estado de São Paulo. Com sede na capital paulista, possui nove diretorias regionais: Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, Santo André, S. José do Rio Preto, S. José dos Campos, Sorocaba e uma delegacia em Mogi das Cruzes. A construção civil representa 3,6% do PIB do Brasil (IBGE/CBIC), e a construção paulista constitui 27,6% da construção brasileira (IBGE).

 

 

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