Trecho do Rodoanel Norte é inaugurado com mais de 100 pontes e viadutos
Algumas estruturas possuem até 50 metros de altura; reforma e construção exigirão uso de equipamentos especiais

As obras do Rodoanel Norte de São Paulo – no trecho 24km entre as rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias – foram entregues nesta segunda-feira (22/12) pelo Governo do Estado de São Paulo. Iniciada há mais de uma década e interrompida por cerca de seis anos, a construção foi retomada em 2024 e incluiu a reforma e construção de mais de 100 pontes e viadutos, alguns com até 50 metros de altura.
São 4 estruturas especiais a cada quilômetro do Rodoanel Norte. “Boa parte das pontes e viadutos já existiam no Rodoanel Norte de São Paulo, mas o tempo e as intempéries causaram danos significativos. E o QuikDeck foi fundamental para permitir acesso a essas estruturas e recuperá-las com segurança e dentro do prazo”, explica Sérgio Guerra, CEO da Orguel. O QuikDeck é uma plataforma modular suspensa, sustentada por correntes que são afixadas nas próprias estruturas (pontes e viadutos).

O engenheiro Carlos Henrique Siqueira, conhecido como o “pai” da Ponte Rio-Niterói, frisa: “uma obra em altura, sobretudo sobre o mar, não é brincadeira”. Ele lembra que o QuikDeck já foi decisivo em reparos de pontes no Brasil: “o QuikDeck surgiu como uma estrutura salvadora. Ela já foi a salvação do reparo”, acrescenta.
No coração de São Paulo
A tecnologia já foi utilizada em importantes obras pelo país, incluindo a revitalização do Viaduto Santa Ifigênia, no centro histórico de São Paulo. No projeto, o QuikDeck permitiu acesso integral à estrutura centenária sem interditar o tráfego da Avenida Prestes Maia nem o trânsito de pedestres sobre o viaduto.
Com 232 metros de comprimento e 13,5 metros de largura, o monumento – tombado pelo patrimônio histórico – apresentava armaduras corroídas, fissuras, infiltrações e falhas no sistema de drenagem. A estrutura passou por recuperação do revestimento, reconstrução da laje e impermeabilização, medidas que evitam novas infiltrações e garantem a segurança da via.
Manutenção preventiva é essencial

Sérgio Guerra alerta ainda para a importância de se investir em inspeções regulares e manutenção preventiva. “A cultura do conserto apenas quando o problema aparece precisa mudar. Monitoramento contínuo e controle de cargas são medidas fundamentais para evitar acidentes e prolongar a vida útil das estruturas”, enfatiza o CEO da Orguel.

A deterioração de pontes e viadutos no Brasil é resultado de uma combinação de fatores, como falta de manutenção regular, envelhecimento da infraestrutura, aumento do tráfego e sobrecarga das estruturas. Há também problemas como a fiscalização deficiente e a falta de monitoramento contínuo destas estruturas.
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