Cummins Brasil compartilha jornada de descarbonização durante a 46ª ASPEN
Evento online foi transmitido diretamente da sede da líder em tecnologia localizada em Guarulhos (SP)
As evoluções já estão em curso, mas ainda são grandes os desafios das indústrias mundial e brasileira para encontrar tecnicamente e de maneira viável as soluções para redução das emissões de GEE. Com a temática “Rotas da Descarbonização: O Papel da Indústria e os Caminhos em Favor da Sustentabilidade”, o Instituto Besc e a Cummins Brasil promoveram no último dia 14, a 46ª edição da Assembleia Permanente pela Eficiência Nacional (ASPEN), diretamente da sede da líder em tecnologia, localizada em Guarulhos (SP).
Nesta oportunidade, a Cummins Brasil destacou, por meio de apresentação conduzida por Marcio Auada, gerente executivo de engenharia da Divisão de Geração de Energia e Motores de Alta Potência, a jornada de descarbonização que vem sendo impulsionada sob o “guarda-chuva” da estratégia de sustentabilidade da companhia, Destino ao Zero, para alcançar emissões líquidas zero até 2050.
Ao mesmo tempo em que investe em novas tecnologias, a Cummins Brasil busca reduzir emissão dos motores de combustão interna, contribuindo com emissões mais baixas hoje, além de dedicar seus esforços para impulsionar a adoção do cliente em larga escala, reduzindo as emissões do poço a roda.
A trajetória Destino ao Zero inclui oferecer uma diversidade de soluções para atender aos clientes com a tecnologia certa e no momento certo. As soluções incluem Diesel convencional, Diesel híbrido, gás natural, plataforma agnóstica, célula de combustível e eletrolisadores para produção do hidrogênio verde por meio de fontes de energia renováveis, como solar e eólica.
“Para a Cummins, o futuro já começou. E a adoção das tecnologias requer a influência de fatores como aumento da infraestrutura, economia, aceitação dos cliente e regulamentação”, afirmou Auada.
Na esteira das apresentações, Gábor Deák, diretor do Sindipeças, foi o moderador do debate e aproveitou para enfatizar sobre a importância da indústria em buscar, investir e oferecer uma variada gama de tecnologias que façam sentido, de acordo com economia local e a região. “No mundo da mobilidade, investe-se em eletrificação a qualquer custo, mesmo que a fonte não seja economicamente viável e econômica. Vale pensarmos em caminhos alternativos”.
Para Camilo Adas, gerente de Projeto Inovação, Energia e Sustentabilidade para Hidrogênio Verde AHK/RJ – Câmara Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro e presidente do Conselho da SAE Brasil, o aquecimento global que está acontecendo de maneira marcante coincide a partir do momento em que o ser humano aprendeu a tirar mais energia do planeta terra. Segundo Adas, “73% da energia que o planeta consome é direcionada para impulsionar a indústria, os transportes e a energia usada para aquecimento dos prédios, sendo 16,2% deste total estão direcionados exclusivamente aos transportes, percentual bastante significativo para descarbonizarmos o planeta”, afirmou.
Para Adas, discutir o aquecimento global e transição energética no país, cuja população ainda tem uma carência habitacional é um desafio, já que a pauta depende da situação financeira e intelectual mais favorável. “Em contrapartida, o Brasil tem feito uma série de tecnologias e avanços, desde Inovar Auto, Renovabio, Rota 2030 e temos conseguido evoluir as pautas governamentais. Em termos de emissões locais, legislações como Proconve tem avançado muito a temática no Brasil”, reforça.
O presidente da Associação Chilena de Hidrogênio, Hans Kulenkampff, marcou presença durante esta edição do ASPEN e trouxe o cenário da adoção do hidrogênio verde no Chile. “Estamos no estágio inicial de desenvolvimento deste setor para o abastecimento do mercado doméstico e exportações e temos a vantagem da abundância de recursos energéticos renováveis, com potencial de produção de baixo custo. Com isso, nossos esforços se concentram em garantir que toda a sociedade desfrute dos privilégios da transição energética”.