Como conectar o campo às inovações tecnológicas?

Como conectar o campo às inovações tecnológicas?

Summit Agro 2023 do Crea-SP discutiu meios de implementação de ferramentas digitais para melhor eficiência e produtividade do agronegócio

Com a expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro de 2023 – previsão de 35,9% a mais que no ano passado, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) -, o alinhamento dos temas de inovação e tecnologia com as estratégias de negócio se faz ainda mais importante para o setor. Na tentativa de apoiar a superação do abismo digital existente, especialmente no caso de pequenos e médios produtores, e fomentar o sucesso sustentável do agro, incentivando a sucessão familiar na cadeira produtiva, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo promoveu, no último dia 6/07, o Summit Agro 2023.

Como conectar o campo às inovações tecnológicas?
presidente do Crea-SP, engenheiro Vinicius Marchese

O encontro entre especialistas, profissionais e produtores rurais aconteceu no Instituto Pecege, instalado no Parque Tecnológico de Piracicaba, município hoje considerado o Vale do Silício do Agronegócio no Brasil por ocupar o terceiro lugar no ranking nacional de concentração de agtechs, com 61 startups voltadas para o agronegócio, segundo o Radar Agtech 2023, mapeamento produzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

“Inovação não necessariamente tem a ver com tecnologia, porque tecnologia é ferramenta, um meio de reduzir custos, automatizar processos e otimizar operações. Já a inovação é toda uma cultura de transformação. No caso do agronegócio, focada em produtividade e sustentabilidade”, comentou o presidente do Crea-SP, engenheiro Vinicius Marchese. Ele afirmou que o 5G, por exemplo, é uma dessas ferramentas. “A tecnologia 5G vem para superar o apagão que existe e levar conexão ao campo. Com conectividade, o agronegócio expandiu, se adaptou à realidade e à necessidade do mercado, mas não basta o profissional se formar sem buscar a eficiência máxima dentro da sustentabilidade”, reforçou Marchese.

Do ponto de vista dos painelistas convidados, trata-se de unir a democratização do acesso e do agronegócio às iniciativas sustentáveis. “É preciso ter acesso à internet para trazer a transformação de produção digital e conectada para a agricultura e pecuária”, comentou o coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), engenheiro agrônomo José Luiz Fontes.

Quando se fala de sustentabilidade, “é mais fácil o agro ser sustentável e se adaptar às novas tecnologias”, defendeu o Prof. Dr. Asdrubal Jesus Farias Ramirez, pesquisador da área de hidrologia da Esalq/USP. Ainda que, segundo o agrônomo, o conflito esteja entre produção e população, o que requer um manejo complexo para gerar produtividade e atender às demandas populacionais com uso racional e eficiente de recursos.

Como conectar o campo às inovações tecnológicas?
coordenador de Relações Institucionais da SAA, engenheiro agrônomo José Luiz Fontes

Cases de sucesso

Os métodos da cultura inovadora são destacados no agronegócio quando há aplicabilidade digital, por meio da tecnologia, para qualidade e segurança de produção. É o caso de uma série de empresas que apostam no conhecimento técnico, soft skills, perfil de liderança e diversificação de equipes. Os temas foram comentados no podcast Summit Agro, um bate-papo do presidente do Crea-SP com convidados especiais que antecedeu o evento.

“Temos um compromisso, por exemplo, de ampliar a liderança feminina na companhia de iniciais 30% para 50%, sabendo que, em algumas áreas, por questões históricas, é mais difícil”, contou o biólogo Hamilton Jordão, gerente de Soluções e Projetos Agrícolas na Raízen, que tem uma base administrativa com mais de 2 mil funcionários em Piracicaba. “Algumas coisas podem ser óbvias, mas, na prática, são difíceis de executar. Então buscamos atrair mais profissionais e capacitar para alcançar esse objetivo”.

Além de Jordão, participaram também do podcast: o farmacêutico e doutor em Bioquímica Ernani Pinto Jr., diretor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP); e os engenheiros agrônomos Mariane Natera, analista de inovação no Avance Hub, hub de inovação da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana); Marcelino Borges de Brito, gerente dos departamentos de Desenvolvimento Agronômico e de Mercadi na Koppert Brasil; e Domingos Guilherme Cerri, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da AGRICEF.

Pelos painéis, estiveram: os engenheiros agrônomos Ricardo Ribeiral, diretor da Agroceres Multimix; e Thiago Salgado, coordenador da Comissão de Empresas de Controle Familiar do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); o Prof. Thiago Libório Romanelli, representante brasileiro da Seção V da Comissão Internacional de Engenharia Agrícola (CIGR) e vice-chefe do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq/USP; e a Profa. Dra. Maria Alejandra Moreno Pizani, orientadora do MBA da Esalq/USP.

Tanto a íntegra do podcast quanto do Summit Agro 2023 estão disponíveis na TV Crea-SP no YouTube.

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