Captura direta do ar é a solução mais promissora para…

Captura direta do ar é a solução mais promissora para atingir o net-zero, aponta BCG

Captura direta do ar é a solução mais promissora para atingir o net-zero, aponta BCG

Tecnologia é uma das principais para reduzir os gases de efeito estufa da atmosfera

A nova análise do Boston Consulting Group, intitulada “Shifting the Direct Air Capture Paradigm”, mostra que a tecnologia de captura direta do ar pode ser a principal ferramenta para a descarbonização do planeta e o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Isso porque, entre as soluções tecnológicas para remover dióxido de carbono do ar, a DAC (na sigla em inglês – Direct Air Capture) oferece remoções do gás de efeito estufa com alta qualidade, em termos de escalabilidade, permanência e verificabilidade.

“Até 2050, vamos precisar remover mais de 10 bilhões de toneladas de CO2 da atmosfera anualmente para atingir as metas que temos hoje. A DAC é uma das tecnologias mais promissoras pois traz grande eficiência na redução desse gás, mas, para atingir todo o seu potencial, precisa de suporte e investimento para alcançar um custo competitivo”, afirma André Pinto, diretor executivo e sócio sênior do BCG, se referindo ao alto custo atual para o desenvolvimento da tecnologia e à falta de incentivos de governos e outros players para diminuir o custo. Apoio governamental, modelos de colaboração entre negócios e envolvimento mais amplo da indústria são exemplos de movimentos que podem alavancar a solução.

Para que seja amplamente adotada, o BCG estima que o custo de todo o processo da DAC, considerando armazenagem final, precisará ser de menos do que US$ 200 por tonelada de CO2 retirada da atmosfera – atualmente, este valor está entre US$ 600 e US$ 1.000. A redução aceleraria a demanda ao encorajar investidores privados e tornar a tecnologia mais acessível. Se viabilizada, a DAC pode ser mais de 100 vezes mais eficiente do que o reflorestamento e é uma solução mais fácil de ser escalada.

“Nosso estudo apontou que a DAC pode funcionar por longos períodos, sendo a mais durável entre as opções de remoção, além de permitir o rastreamento preciso de quanto CO2 já foi removido. Apesar de ainda se encontrar em fase bastante inicial, o resultado dessa solução pode desempenhar um papel crítico para a conquista do net-zero”, diz André.

Para transformar a DAC em uma solução viável para enfrentar a crise climática, o BCG identificou quatro alavancas de curto prazo que podem reduzir os custos e tornar a tecnologia mais atraente:

  • Conhecimento compartilhado acelera redução de custo

Governos e iniciativa privada podem incentivar empresas desenvolvedoras a compartilharem seu aprendizado em toda a cadeia de suprimentos em áreas menos competitivas. Além disso, à medida que a solução amadurece, investidores precisarão selecionar dois ou três projetos e concentrar seu apoio a essas iniciativas para acelerar o seu desenvolvimento.

  • Tratando o DAC como um serviço público

Governos costumam ter incentivos específicos para usinas de resíduos municipais, ajudando as empresas a manterem um baixo custo, já que as instalações fornecem um serviço público essencial. A remoção do carbono do ar pode funcionar da mesma forma e os governos podem adotar uma abordagem semelhante para incentivar o mercado de captura de CO2.

  • Alterando as regras de contabilidade de carbono

Uma maneira de desbloquear fontes de capital seria a mudança das regras sobre como as remoções permanentes de CO2 são contabilizadas. As diretrizes atuais limitam a capacidade das empresas de contabilizar as remoções em relação às suas metas de emissões. No entanto, ao revisar suas regras sobre remoções permanentes, pelo menos para as emissões de escopo 3, as organizações que verificam a quantidade de carbono capturado incentivariam o investimento nessas tecnologias.

  • A localização importa

Para que a DAC seja bem-sucedida, será fundamental encontrar localizações geográficas com grande potencial de armazenamento, capazes de fornecer energia renovável abundante e barata, e atender aos requisitos climáticos específicos de diferentes soluções. Por exemplo, temperatura local, umidade e elevação podem ter efeitos diferentes no desempenho da captura de CO2.

Agências governamentais reguladoras e setores privados podem ajudar a estabelecer rapidamente uma infraestrutura robusta de DAC em locais privilegiados por meio de regras de licenciamento, incentivos e acordos multilaterais de aquisição. Muitos desses locais podem fornecer novas fontes de energia de baixo carbono e, ao mesmo tempo, permitir uma transição justa.

“Conseguir atingir um baixo custo na captura direta do ar é um grande desafio, mas não maior do que outras tecnologias revolucionárias tiveram na história. Mais do que atingir metas, precisamos valorizar um futuro ambiental resiliente”, finaliza André.

O estudo completo está disponível no site do BCG, em inglês.

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