Complexo Industrial da Yara em Rio Grande completa 50 anos como o maior e mais moderno da América Latina

Unidade, que passou recentemente por uma revolução tecnológica, distribui fertilizantes para diversas regiões brasileiras e emprega mais de mil colaboradores
O Complexo de Rio Grande, da Yara, completa, neste ano, 50 anos de operação. Uma das primeiras fábricas de fertilizantes do Rio Grande do Sul, com licença concedida em 1973, transformou-se no maior e mais moderno parque de produção, mistura e expedição de fertilizantes da América Latina.
“Neste meio século, o Complexo de Rio Grande acompanhou a evolução da agricultura e da indústria de fertilizantes gaúcha e brasileira, ajudando a transformação que estes setores passaram neste período. Temos muito orgulho em fazer parte da história de Rio Grande e contribuir com o desenvolvimento local, queremos sempre levantar a régua da indústria gaúcha e crescer junto com as pessoas”, disse Lucas Elizalde, diretor de Operações da Yara para a região Sul.
A área que hoje abriga o Complexo foi construída originalmente pelas Indústrias Luchsinger Madörin (Adubos Trevo), e adquirida pela Yara em 2000. Em mais de 20 anos de atuação na região, a Yara foi responsável pela transformação da planta. Primeiro, com um aporte de R$ 2,1 bilhões anunciado em 2016, que, nos últimos sete anos, fez dobrar a capacidade de produção, mistura, ensaque e distribuição de insumos na unidade. E, neste ano, a empresa norueguesa está investindo mais R$ 150 milhões em melhorias operacionais na planta. “Nossas operações em Rio Grande são estratégicas para a Yara Brasil atender ao volume e à qualidade de fertilizantes que o agronegócio brasileiro demanda”, explica Elizalde.
O ano de 2023 marca ainda o início da operação com capacidade plena (1,1 milhão de toneladas/ano de granulação/produção e 2,2 milhões de toneladas/ano de mistura e ensaque), possibilitando que a Yara envie insumos a diversos estados brasileiros, como os três da Região Sul, parte do Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás), a região do Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins) e Rondônia, além de exportações para Paraguai e Argentina.
Modernidade e qualificação
Para alcançar essa eficiência, uma profunda transformação tecnológica marca a trajetória do Complexo, com a automação de diversos processos fabris, do recebimento da matéria-prima à distribuição do produto final. O local conta com um píer próprio com dois berços de atracação para navios de grande porte por onde chega a matéria-prima necessária para a produção de fertilizantes fosfatados e de NPK (formulação composta por nitrogênio, fósforo e potássio).
O espaço tem atracação de duas chatas, que levam para a misturadora de Porto Alegre, via hidrovia Laguna dos Patos, produtos acabados e matéria-prima. A área dispõe ainda de um shiploader para movimentação contrabordo e carregamento de navios com produtos retirados dos armazéns do Complexo, resultado de investimentos no valor de R$ 31,7 milhões.

Essa modernização viabilizou a primeira operação de cabotagem de fertilizantes do Brasil, em 2022. A empresa transportou produtos premium da linha YaraBasa para sua unidade misturadora de São Luís (MA) levando para os produtores da região soluções nutricionais completas, que oferecem mais rentabilidade e produtividade à lavoura. Para garantir acesso a todo território nacional, o Complexo de Rio Grande conta com diferentes modais para fazer suas expedições de fertilizantes: caminhões, trem e barcaças, além de navios.
Paralelamente e em linha aos avanços tecnológicos promovidos ao longo dos anos, a Yara estabeleceu formatos para o crescimento de seus colaboradores, profissionais fundamentais para o sucesso do Complexo. A empresa elaborou um programa interno de qualificação, o “Projeto Qualificar”, para formação de operadores e de funcionários da área de manutenção, voltado para a inovação. Em parceira com o SESI, o projeto, com módulos técnicos específicos para os setores de atuação da companhia, prepara os colaboradores para os desafios da “fábrica do futuro”.
“Hoje, a maioria dos colaboradores na fábrica possui o Ensino Médio Completo. Esta ação trouxe benefícios não apenas para Yara, mas para o desenvolvimento de toda a indústria local e, sobretudo, para a evolução dos nossos profissionais”, finaliza Elizalde.






