Projeto que visa aumentar a plantação de árvores nativas nos cafezais do Cerrado Mineiro está colaborando com a redução da emissão de CO²
O viveiro produz mudas de árvores de mais de 100 espécies nativas do Cerrado (Foto: arquivo Monteccer)
Com o intuito de promover a preservação do Cerrado Mineiro, o projeto “Viveiro de Atitude” traz uma iniciativa para promover a plantação de árvores nativas do bioma nos cafezais da região e reduzir a emissão de CO². Em 5 anos, o programa já vendeu mais de 63.000 mudas, com previsão de capturar cerca de 10.000 t de CO² nos próximos 20 anos.
“O Programa Socioambiental Viveiro de Atitude é fundamental para a conservação e proteção do nosso ecossistema, promovendo a biodiversidade no Cerrado e fomentando a educação e consciência para todos. Além de seus benefícios ambientais, o programa também gera impacto social. O resultado da venda das mudas é doada para entidades que cuidam de crianças e idosos. Esse sucesso só é possível graças aos nossos parceiros de Atitude, que acreditam e apoiam esta iniciativa”, diz Régis Damasio Salles, superintendente da Monteccer. “O programa já se expandiu para 21 municípios, reafirmando nosso compromisso com a prática de uma cafeicultura conservacionista que protege e enriquece o bioma Cerrado”, completa.
O projeto, da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (Monteccer), tem o apoio da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) e de outras entidades e produz mudas de árvores de mais de 100 espécies nativas nas dependências da unidade de armazéns da Monteccer, que são comercializas por R$ 5,00 a unidade, para serem plantadas nas fazendas de cooperados, produtores da região e para toda a comunidade. A receita é 100% doada às entidades sociais que trabalham com crianças e idosos.
Iniciativas para uma cafeicultura sustentável e ambientalmente comprometida são fundamentais não apenas para a preservação da natureza e qualidade do grão, mas também para a viabilidade econômica dos produtores. É importante destacar que isto é feito por meio de métodos que minimizam o uso de agroquímicos, conservam a biodiversidade, tornando a produção de café mais estável e rentável a longo prazo, e promovem a justiça social.
“Muitos cafeicultores trabalham com agricultura regenerativa, que consiste também em plantio de árvores em locais estratégicos, plantas de cobertura nos cafezais e renovação com cultivares resistentes, então, por que não usar espécies nativas do Cerrado para isso? Assim conseguimos ajudar também a população local. Acreditamos que este projeto é fundamental para cuidar do nosso bioma e retribuir para a sociedade os resultados disto”, diz Simão Pedro de Lima, diretor-presidente executivo da Expocacer.
As árvores nativas também promovem a diversidade biológica, oferecendo habitat para diversas espécies de fauna e flora, que podem contribuir para o controle biológico de pragas, além de ajudar a fortalecer a identidade cultural local e promover práticas de manejo que respeitam a tradição.
