Saiba reverter perdas por fenômenos climáticos extremos
Tecnologia nutricional é estratégica para performar safra da soja e reverter perdas geradas por fenômenos climáticos extremos
Por Bency Simeon
Os fenômenos naturais extremos ocasionados pelo aquecimento global, incluindo-se El Niño e La Niña nesse novo cenário climático, passaram a gerar uma série de preocupações para o setor agrícola, não só no Brasil, mas também no mundo todo. A frequência e a severidade desses eventos afetam diretamente o trabalho e o planejamento do produtor, em face do atraso do calendário de plantio de safras futuras, o que afeta todo o ciclo de desenvolvimento da planta e da lavoura.
Uma das estratégias mais eficazes para reverter tais incertezas passa pelo planejamento da produção com foco no manejo nutricional, tendo como objetivo potencializar a rentabilidade por hectare e atenuar eventuais prejuízos. Um quadro climático complexo torna as culturas – como é o caso da soja – mais vulneráveis à ocorrência de insetos-pragas e microrganismos patogênicos e, portanto, mais suscetíveis a doenças, afetando diretamente a produtividade e gerando uma série de revezes, como a janela curta para implantar a safra seguinte, bem como a diminuição do poder de barganha na hora de negociá-la, havendo uma inevitável desvalorização.
Sendo assim, o produtor rural deve realizar de modo planejado tanto o manejo de solo quanto o nutricional por meio de bioestimulantes (aminoácidos), visando à construção de plantas mais eficientes, e reforçando o sistema de proteção da lavoura, e, assim, impulsionando seu potencial e performance produtivos.
Fundamentais no ciclo de cultivo e desenvolvimento da soja, cujas variedades no Brasil podem variar de 115 a 125 dias até serem colhidas, os aminoácidos são compostos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, essenciais nos processos vitais da planta. Eles agem na prevenção de estresses, auxiliando a planta na redução da perda de água e na eliminação e na neutralização de espécies reativas de oxigênio. Também podem atuar como matéria-prima de enzimas, proteínas e precursores hormonais, além de complexar nutrientes no solo, promover o equilíbrio do metabolismo vegetal e a melhoria do processo fotossintético.
Embora haja no mercado diversos produtos à base de aminoácidos, é importante que o produtor fique atento à composição e à qualidade oferecidas por esses complementos no aminograma (tabela que contém as informações sobre as quantidades e quais aminoácidos estão contidos na formulação) e ao momento fisiológico de cada cultura. Todas essas variáveis impactam diretamente a produtividade e a rentabilidade.
* Bency Simeon é engenheiro–agrônomo e coordenador de Desenvolvimento Técnico de Mercado da Ubyfol, empresa de nutrição vegetal do Grupo UbyAgro, em Rondonópolis (MT).
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