ABB e Sumitomo assinam acordo para descarbonizar maquinário pesado
A suíço-sueca ABB assinou um memorando de entendimento com o grupo japonês Sumitomo com o objetivo de descarbonizar maquinário de mineração, cuja queima de diesel responde por cerca de metade das emissões de todo setor mineiro.
Em comunicado, as empresas comprometem-se a atuar para criar modelos de negócio e métodos de trabalho segundo as necessidades de mineradoras relacionadas à descarbonização de operações de extração e beneficiamento mineral.
O entendimento também objetiva desenvolver especificações de demanda de potência, segurança e automação, robustez para condições extremas das extrações minerais, além de normatizações para a construção de equipamentos pesados.
As empresas também disseram que pretendem explorar a rota da eletrificação no esforço conjunto, tendo o objetivo central de “viabilizar a entrega de energia para ativos elétricos móveis e a infraestrutura necessária para a transferência dinâmica e estática de energia”, segundo o texto conjuntamente divulgado.
“Como líderes que somos, levamos a responsabilidade de investigar todas as rotas possíveis para a transição energética muito a sério. Nenhuma empresa pode fazer isso sozinha, e compartilhamos muitas ideias e valores da nossa nova parceira”, afirmou no comunicado Joachim Braun, presidente da Divisão de Indústrias de Processos da ABB.
Ainda no texto, as equipes das empresas vão atuar na conceituação de sistemas complementares para a descarbonização, com base em suas respectivas expertises, tendo como primeiro passo a realização de revisões e avaliações de viabilidade.
Em agosto do ano passado, a ABB assinou com a também japonesa Komatsu um acordo de colaboração estratégica em termos similares, mirando a descarbonização de maquinário pesado, também explorando soluções na rota de eletrificação.
A mineração é um dos setores considerados de difícil descarbonização. Estima-se que o setor seja responsável por cerca de 7% das emissões diárias de gases de efeito estufa na atmosfera da Terra.
O setor tem a meta de neutralizar emissões até 2050, e as maiores empresas do segmento têm buscado soluções de descarbonização em diferentes rotas tecnológicas.
