Agronegócio impulsiona expansão da energia solar no Mato Grosso do Sul
Os sistemas híbridos de armazenamento de energia permitem que propriedades rurais maximizem o uso da energia solar, reduzindo a dependência da rede elétrica
As baterias chegam no agro como importante aliada, dentre outros, para evitar as perdas e prejuízos financeiros causados pelos apagões e instabilidade energética nessas propriedades
O agronegócio é um dos principais pilares da economia do Mato Grosso do Sul. Conforme a Resenha Regional do Banco do Brasil, o PIB do agro em Mato Grosso do Sul tem uma projeção de crescimento em torno de 13,5% em 2025. E é também o agro um dos impulsionadores da energia solar no estado – segundo levantamento da 77Sol, Mato Grosso do Sul é o estado que mais adota a geração de energia solar no Brasil. Diante desse cenário, o estado também é bastante promissor para a adoção de soluções tecnológicas que possam continuar aprimorando a eficiência dessa energia limpa.
De acordo com Germano Lima Rodrigues Caires, da Evo Brasil – Energia Fotovoltaica e Presidente da Frente Sul-Mato-Grossense de Geração Distribuída, o estado tem apresentado importante avanço na potência solar instalada desde 2019, sendo o agronegócio principal fator para essa expansão. “É o setor da economia que contribui de forma decisiva para impulsionar as instalações solares de médio e grande porte. Ademais, temos umas das tarifas de energia mais altas do Brasil, o que incentiva todos os consumidores, principalmente as residências, a fugir desses valores tão altos”.
Com essa expansão solar no MS, também começam a ganhar espaço as novas tecnologias que contribuem para tornar ainda mais eficientes essas energias limpas, dentre elas, os sistemas híbridos de energia solar, que alia os painéis solares a baterias e inversores híbridos, de forma que possam armazenar a energia excedente produzida pelos painéis solares. “No MS, o principal público para essa solução são os produtores rurais, pois, infelizmente, temos uma rede de distribuição muito precária na zona rural, que apresenta muita queda de energia e oscilações”, explica.
Essa instabilidade energética prejudica, por exemplo, produtores de leite e de outros produtos que demandam refrigeração constante. “Esse público enxerga nessa solução uma saída para os prejuízos causados pela má qualidade da energia elétrica na nossa região”, reforça Germano. “Temos uma grande quantidade de produtores de leite, suíno e aves no nosso estado, por isso, ter energia ininterrupta é essencial para segurança dessas atividades, tendo em vista que ainda existem muitos locais sem acesso à energia elétrica. Nesse sentido, acreditamos no potencial que os sistemas híbridos e também os microinversores têm no Mato Grosso Sul”, pontua.
Energia solar – a aliada no campo
A energia solar representou mais da metade da expansão da matriz elétrica brasileira em 2024, segundo dados da Aneel. Ademais, os sistemas de armazenamento, já consolidados em vários países, como na Alemanha, por exemplo, que aumentou a capacidade de armazenamento do país em 50% em 2024, segundo relatório da Associação Alemã da Indústria Solar (BSW Solar). Aqui no Brasil, chegam com perspectivas promissoras: a estimativa é de que o segmento de inversores híbridos cresça entre 30 a 40% este ano. Além disso, vale destacar que a redução dos preços das baterias também se tornou importante atrativo para cenário – dados da IEA (Agência Internacional de Energia) mostram que o preço das baterias no mercado internacional teve uma queda de 85% nos últimos anos e que a expectativa é de que as baterias de lítio no Brasil cresçam até 30% todos os anos até 2030, segundo a consultoria Greener.
O agronegócio é um dos muitos setores beneficiados com os sistemas híbridos de energia solar. Economia, estabilidade energética, aumento da capacidade produtiva e menor dependência de combustíveis fósseis são alguns dos fatores que têm motivado produtores rurais a implementarem esse sistema.
As baterias para armazenar energia chegam no agro como importante aliada, dentre outros, para evitar as perdas e prejuízos financeiros causados pelos apagões e instabilidade energética nessas propriedades. “O armazenamento de energia permite que propriedades rurais maximizem o uso da energia solar, reduzindo a dependência da rede elétrica e de geradores a diesel. Com baterias, é possível armazenar o excedente gerado durante o dia para uso noturno ou em períodos de baixa geração, garantindo maior estabilidade e segurança energética”, explica o engenheiro Marcelo Niendicker.
Economia e melhoria da rentabilidade do negócio, muitas vezes, é o fator decisório para a opção pelos sistemas de armazenamento. “Esse sistema permite a redução de custos operacionais, protege contra oscilações de preços da energia e melhora a sustentabilidade das operações agrícolas. Ademais, sistemas de armazenamento ajudam em regiões remotas, onde a eletricidade pode ser instável ou cara”, complementa Niendicker.
SolaX Power – Multinacional fundada em 2012 com sede em Hangzhou, na China, e filiais em vários países, incluindo Holanda, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Japão e EUA. Com mais de 2 mil funcionários em todo o mundo, a empresa é reconhecida por sua atuação nas áreas de pesquisa e desenvolvimento: são mais de 100 patentes internacionais e mais de 500 certificações de mercado.
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