Após crescer 700% em quatro anos, COTRIN quer aproveitar reaquecimento do mercado ferroviário para continuar em expansão
Especializada em construção e manutenção de ferrovias, empresa mineira viu faturamento saltar de 16,5 milhões há quatro anos para 130 milhões em 2022; para este ano o crescimento ficará em 15%
O reaquecimento do setor ferroviário registrado no país nos últimos anos tem sido um dos principais fatores a impulsionar o mercado de construção e manutenção de vias férreas. Considerando o período compreendido entre 2019 e 2022, a COTRIN – Construtora Trindade, empresa com sede em Belo Horizonte especializada em obras ferroviárias e civis, cresceu 685%.
“Com o reaquecimento do setor, aproveitamos a oportunidade para investir no aumento da capacidade operacional e na melhoria dos processos e da gestão”, afirma o Diretor Financeiro, Henrique Trindade. A previsão, segundo ele, é que até o final deste ano a expansão da empresa aumente em 15% em relação ao ano passado.
O resultado dessa combinação de retomada do mercado aliada a um plano estratégico de investimentos resultou em um salto no faturamento da empresa: de R$ 16,5 milhões em 2019 para R$ 130 milhões em 2022. Para manter-se competitiva a COTRIN investiu R$ 4 milhões em tecnologia, melhorias e automatização de processos e aumentou o quadro de funcionários em quase oito vezes: de 120 há quatro anos para 780 no ano passado.
Para Henrique Trindade, o foco agora é aumentar as margens e garantir novos contratos para os próximos anos. “As perspectivas são muito boas, principalmente com a regulamentação do novo Marco Legal das Ferrovias e as renovações antecipadas das concessões. A tendência é que o setor continue aquecido”, afirma.
O novo Marco Legal das Ferrovias (Lei 14.273, de 2021) foi regulamentado pelo Governo Federal no final do ano passado e o Decreto 11.245, de 2022 instituiu o Programa de Desenvolvimento Ferroviário para articular as prioridades do setor. A expectativa é que a nova legislação reduza a dependência de recursos estatais, facilitando investimentos privados na construção de ferrovias, no aproveitamento de trechos ociosos e na prestação do serviço de transporte ferroviário.