Aprovação do E30 representa avanço na descarbonização dos transportes

Aprovação do E30 representa avanço na descarbonização dos transportes

Medida reduz emissões de CO₂, e diminui a dependência de combustíveis fósseis

Aprovação do E30 representa avanço na descarbonização dos transportes

A adoção da mistura de 30% de etanol anidro à gasolina vendida nos postos brasileiros, que passará a valer a partir de 1º de agosto, representa, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), um avanço histórico para a política energética do país. Para a entidade, a iniciativa fortalece a soberania nacional, reduz a dependência de combustíveis fósseis e consolida o papel dos biocombustíveis na transição energética.

A medida, aprovada nesta quarta-feira (25) pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), é resultado de um processo técnico rigoroso, com testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e acompanhados por representantes do setor automotivo. As análises comprovaram a viabilidade técnica do E30, sem impactos negativos ao desempenho de veículos leves ou motocicletas.

Para o presidente da UNICA, Evandro Gussi, o E30 é um passo firme rumo ao futuro da mobilidade sustentável. “Estamos diante de uma conquista histórica, fruto de esforço técnico, institucional e político. A decisão do CNPE reforça o protagonismo do país na descarbonização da matriz de transportes e fortalece o uso de uma tecnologia genuinamente brasileira, já reconhecida e modelo para outros países”, afirmou. “Se tem uma coisa que a gente tem para ensinar ao mundo é a utilização do etanol como um jeito simples, barato e rápido de transformar o meio ambiente, saindo do fóssil e vindo para a bioenergia. Isso nos dá protagonismo político e geopolítico”.
Aprovação do E30 representa avanço na descarbonização dos transportes

Durante o evento que oficializou a aprovação da medida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o potencial do Brasil para liderar a agenda climática global, especialmente na preparação para a COP30. Segundo ele, “essa política de biocombustíveis é um modelo com o qual ninguém vai conseguir competir. O Brasil tem uma chance única, e vamos mostrar isso na COP30”.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a legitimidade técnica da medida e a ampla participação na construção da proposta. “Debatemos com todos os setores, fizemos os testes e estamos avançando com segurança no E30. Esse é um ato histórico que consolida o Brasil como referência em política energética sustentável”, afirmou o ministro.

Já o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que foi relator do projeto de lei do Combustível do Futuro na Câmara, destacou a base científica da decisão e o alinhamento político que possibilitou a aprovação da medida. “Essa decisão foi cientificamente consistente, economicamente equilibrada e aponta para um rumo estratégico de crescimento baseado nas vantagens comparativas do Brasil”, declarou.

Segundo dados do Ministério de Minas e Energia divulgados durante a cerimônia de anúncio da medida, cerca de 3 milhões de toneladas de CO₂ fóssil deixarão de ser emitidas para a atmosfera por ano. Além disso, o governo estima impactos positivos na economia nacional e no desenvolvimento regional. O Ministério também estima que a transição do E27 para o E30 deve aumentar em 1,5 bilhão de litros a demanda por etanol anidro.

Com capacidade produtiva instalada e novas unidades em expansão, o setor sucroenergético informou estar pronto para atender à nova demanda de forma imediata, impulsionando a economia de baixo carbono no Brasil.

 

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