Às vésperas da COP30, produtoras rurais premiadas mostram como práticas ESG impulsionam produtividade e geram impacto além da porteira

 

Às vésperas da COP30, produtoras rurais premiadas mostram como práticas ESG impulsionam produtividade e geram impacto além da porteira

Com Serasa Experian como novo apoiador institucional, o Prêmio Mulheres do Agro reforça seu compromisso em reconhecer as boas práticas sustentáveis que transformam o agronegócio

O agronegócio brasileiro tem se consolidado como referência global em práticas sustentáveis, com 91,8% dos produtores rurais implementando iniciativas alinhadas à sustentabilidade, à responsabilidade social e à governança, segundo pesquisa da Serasa Experian. Além disso, 87% dos entrevistados reconhecem que essas práticas contribuem diretamente para a redução de custos e aumento da produtividade, demonstrando que sustentabilidade e lucratividade podem caminhar juntas.

À medida que o Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém (PA), histórias inspiradoras de produtoras rurais reconhecidas pelo Prêmio Mulheres do Agro (PMA), idealizado pela Bayer e pela Associação Brasileiro do Agronegócio (Abag), reforçam como a adoção de boas práticas pode gerar impactos positivos não apenas para o meio ambiente, mas também para as propriedades. Rossana Aboud, Flávia Saldanha e Paula Dias, vencedoras das edições anteriores da premiação, são exemplos concretos de como inovação e responsabilidade socioambiental podem impulsionar ganhos econômicos e otimizar recursos no campo.

Às vésperas da COP30, produtoras rurais premiadas mostram como práticas ESG impulsionam produtividade e geram impacto além da porteira
Rossana Abuda, do Piauí, promove, compartilha e incentiva boas práticas de sustentabilidade junto à comunidade e a outros profissionais do agro. Crédito: acervo pessoal

Rossana Aboud, da Fazenda África, em Teresina (PI), combina tecnologia e sustentabilidade na pecuária de corte. A adubação orgânica, feita com compostagem do próprio esterco do gado, cria um ciclo virtuoso entre solo e rebanho. Ao adubar o pasto com material orgânico rico em nutrientes, ocorre uma promoção na microbiota do solo, aumentando sua fertilidade e capacidade de retenção de água. O que reflete diretamente na qualidade da pastagem, que por sua vez, impacta positivamente o desempenho dos animais.

Essas práticas têm contribuído para a eficiência no uso de recursos, na redução de custos operacionais e no aumento da rentabilidade da produção. “Quando o gado vive em um ambiente com bem-estar, ou seja, em piquetes rotacionados, com sombra, manejo humanizado e sem estresse, os resultados zootécnicos são superiores. O solo é mais vivo e o gado mais saudável”, explica Rossana.

A segunda colocada na categoria Pequena Propriedade do Prêmio Mulheres do Agro de 2023, também abre as portas de sua fazenda para alunos de escolas locais, oferecendo tours educativos que destacam a produção responsável de alimentos e incentivam jovens a enxergar o agronegócio como parte da solução para os desafios climáticos. “Receber jovens em nossa propriedade nos permite plantar neles a ideia de que o agronegócio é parte da solução para os desafios climáticos”, destaca.

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Flávia Saldanha, do Paraná, foi primeira colocada no Prêmio Mulheres do Agro 2023. Crédito: acervo pessoal

Já Flávia Saldanha, responsável pela Fazenda Califórnia, em Jacarezinho (PR), é um caso em cafeicultura regenerativa, práticas conservacionistas e gestão ESG. Sua propriedade, certificada pela Rainforest Alliance, é exemplo de como práticas sustentáveis agregam valor e visibilidade no mercado global. “Adotar a cafeicultura regenerativa foi uma decisão estratégica para unir produtividade e responsabilidade ambiental”, explica.

Desde que assumiu a gestão da propriedade, em 2004, Flávia implementou técnicas como compostagem orgânica, uso de bioinsumos e corredores ecológicos, resultando em um aumento de quase 30% na produtividade do café e ganhos significativos. Recentemente, também passou a acrescentar o uso de mix de plantas de cobertura do solo nas entrelinhas do café, promovendo ainda mais a saúde do solo e o equilíbrio do ecossistema.

“Essas práticas têm transformado nosso solo, além de aumentar a resiliência das lavouras e reduzir os impactos das mudanças climáticas. Mais do que produzir café de alta qualidade, queremos mostrar que o agro brasileiro pode ser líder mundial em soluções sustentáveis, inspirar outros produtores e conectar as novas gerações ao campo por meio da educação ambiental”, diz.

Flávia Saldanha recebe alunos em sua propriedade. Crédito: acervo pessoal

Flávia, que foi primeira colocada na categoria Grande Propriedade do Prêmio Mulheres do Agro de 2023, multiplica as experiências na fazenda com os pequenos. O projeto “O Futuro em Nossas Mãos” surgiu a partir da fase escolar de suas filhas.  “Tive um desejo de contribuir ativamente com a formação das minhas filhas, e percebi que as crianças aprendem temas, como zonas rural e urbana, agricultura, biomas, meio ambiente e preservação dos recursos, mas essas informações chegavam até elas de forma superficial, especialmente quando se tratava da agricultura. A partir disso, senti que havia uma oportunidade para contribuir com a temática”, lembra.

Assim, surgiu a ideia de abrir as portas da fazenda e receber alunos e professores para criar um espaço de aprendizado prático, vivencial e lúdico. Atualmente, o projeto tem parceria com universidades, colégios técnicos agrícolas, escolas estaduais, municipais e particulares tanto de Jacarezinho quanto de municípios vizinhos. Ele se tornou parte ativa da rotina da Fazenda Califórnia. “Recebemos mensalmente de dois a três grupos escolares. Ao longo do ano, são aproximadamente 900 crianças e jovens impactados”, conta.

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Paula Dias, de Minas Gerais, é produtora de café, mel e baunilha e multiplica as práticas sustentáveis adotadas em sua propriedade com a comunidade. Crédito: acervo pessoal

Paula Dias, proprietária da Grandpa Joel’s Coffee, em Santa Rita do Sapucaí (MG), transformou sua propriedade em um modelo de inovação. Com o objetivo de fortalecer a agricultura regenerativa em sua propriedade, ela investe continuamente na ampliação de seus conhecimentos por meio de cursos e consultorias especializadas. Pioneira no cultivo de baunilha no Sul de Minas, investe em reflorestamento e preservação ambiental, mantém uma estufa de mudas nativas e frutíferas que alimenta o ecossistema local e ajuda a proteger espécies como o lobo-guará. Além disso, ela doa mudas e sementes para a comunidade e incentiva o reuso criativo de embalagens de café como vasos para plantio. A combinação dessas práticas com técnicas de manejo sustentável resulta em melhorias na qualidade dos produtos, fortalece a percepção dos clientes sobre a dedicação da empresa em manter um local de trabalho saudável, consciente e sustentável, e contribui para o crescimento das exportações.

Para a segunda colocada na categoria Pequena Propriedade do Prêmio Mulheres do Agro 2024, cada semente plantada, seja no solo ou na consciência das pessoas, é uma forma de regenerar a natureza e transformar o futuro. “Nosso trabalho com reflorestamento, agricultura regenerativa e educação ambiental melhora a biodiversidade local e inspira outras pessoas a se conectarem com a terra e a valorizarem os recursos naturais. Sustentabilidade é um ciclo, ou seja, o que devolvemos à natureza retorna em forma de produtividade, qualidade e equilíbrio”, conta.

Jovens aprendem sobre sustentabilidade na Grandpa Joel’s Coffee Crédito: acervo pessoal

O Prêmio Mulheres do Agro nasceu para reconhecer e valorizar o protagonismo feminino no campo, destacando histórias inspiradoras de mulheres que aliam inovação, sustentabilidade e impacto social em suas propriedades.

Segundo Isabela Fagundes, Especialista em Comunicação Corporativa da Bayer, anualmente essas histórias ressaltam o protagonismo da agricultura brasileira e a liderança feminina na adoção de práticas sustentáveis e regenerativas no campo. “Esses exemplos não apenas nos colocam como uma referência, mas também destacam o setor agrícola como parte fundamental das soluções para os desafios de segurança alimentar e ambiental”, diz.

Ela acrescenta que, em 2025, com a realização da COP30 no Brasil, o país terá a oportunidade de debater metas que impactam o meio ambiente e a sociedade como um todo. “A COP30 será um marco para a Bayer, especialmente por ser realizada no Brasil, nosso segundo maior mercado. É um momento estratégico para a companhia demonstrar que é possível unir alta produtividade e desenvolvimento regional, por meio de projetos sociais, parcerias institucionais, promoção do conhecimento e soluções inovadoras em agricultura regenerativa”, acrescenta.

Serasa Experian é a nova apoiadora institucional do Prêmio Mulheres do Agro 

A oitava edição do Prêmio Mulheres do Agro chega com uma novidade especial: a Serasa Experian é a mais nova apoiadora oficial da premiação. A parceria reforça a relevância do pilar sustentabilidade no reconhecimento das iniciativas de produtoras rurais em todo o país. Como a primeira e maior Datatech do Brasil, a empresa trará uma ferramenta inovadora para potencializar a avaliação das práticas sustentáveis adotadas pelas candidatas, garantindo ainda mais rigor e transparência ao processo de seleção.

“Contribuir com a premiação nessa parceria reforça nosso compromisso de seguir valorizando projetos que entregam produtividade, transparência e sustentabilidade ao setor. Além disso, fortalecemos a missão de impulsionar o protagonismo feminino no campo e de mostrar que o futuro do agronegócio brasileiro está nas mãos de quem cuida da terra, das pessoas e do planeta, consolidando o setor como uma voz essencial na COP 30”, afirma Jeysa Meneses Gerente de Soluções Agro da Serasa Experian.

“Estamos felizes com a potência que essa parceria trará, reforçando nosso compromisso em valorizar projetos que integram inovação e sustentabilidade. Com o apoio da Serasa Experian, fortalecemos a missão de impulsionar o protagonismo feminino no campo, incentivando e valorizando ações sustentáveis”, afirma Isabela.

As vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro 2025 serão anunciadas no dia 22 de outubro, durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agro, em São Paulo.

Para saber mais acesse o site oficial.

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