BLOOMBERG PHILANTHROPIES AMPLIA O APOIO À CONSERVAÇÃO DOS OCEANOS E DO LITORAL BRASILEIRO ANTES DA COP30
O investimento de US$ 6,8 milhões impulsionará as metas de conservação 30×30 do Brasil e apoiará a proteção de uma das maiores florestas tropicais do mundo e dos recifes de coral do Atlântico Sul, expandindo a transparência marinha e fortalecendo o gerenciamento liderado pela comunidade
Hoje, na terceira Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos (UNOC3), a Bloomberg Philanthropies anunciou o investimento de US$ 6,8 milhões para reforçar a conservação dos ecossistemas oceânicos e costeiros do Brasil. Apresentado no Dia Mundial do Oceano, esse compromisso apoiará os esforços do Brasil para expandir as proteções marinhas e costeiras – avançando a meta global 30×30 – compromisso internacional para proteger 30% das áreas terrestres, marinhas e de águas interiores até 2030 – e reforçando a liderança do país na COP30.
Com mais de 10.000 quilômetros de litoral, o Brasil possui uma das maiores florestas de mangue contíguas do mundo, os únicos recifes de coral do Atlântico Sul e um território marítimo que cobre mais de 40% da área do país, abrigando alguns dos ecossistemas mais importantes do planeta para a biodiversidade. Essas áreas absorvem carbono, alimentam as comunidades costeiras e ajudam a proteger as costas da elevação dos mares e de condições climáticas extremas, o que as torna essenciais para a proteção das pessoas e da natureza.
“Não podemos proteger o clima sem proteger o oceano”, disse Ana Toni, Diretora Executiva da COP30. “É por isso que a conservação dos oceanos e da costa estará no centro da COP30. Recebemos com satisfação esse novo apoio, que ajudará o Brasil a fortalecer seu compromisso com a conservação de seus ecossistemas marinhos e costeiros vitais e a avançar o progresso em direção à meta global 30×30.”
“As mudanças climáticas representam uma grande ameaça para os oceanos e para os mais de três bilhões de pessoas que dependem deles para obter alimentos e renda, tornando a necessidade de medidas de preservação ainda mais urgente”, disse Patricia E. Harris, CEO da Bloomberg Philanthropies. “O compromisso do Brasil com a conservação dos oceanos e da costa ressalta sua liderança ambiental e estabelece um forte exemplo para outros países na preparação para a COP30. Esse novo apoio da Bloomberg Philanthropies ajudará o Brasil a fortalecer as comunidades costeiras, preservar habitats críticos e criar um modelo que possa acelerar o progresso em todo o mundo”.
Esse esforço faz parte da grande parceria da Bloomberg Philanthropies com a Presidência da COP30 para apoiar a agenda do Brasil em relação ao clima e à natureza. Ele também se alinha diretamente com a visão nacional do Brasil para os oceanos, que estabelece uma referência global para outros países. A visão estabelece ações concretas, incluindo a implementação de estratégias voltadas para o oceano de acordo com o Plano Climático do Brasil e a Estratégia e Plano de Ação Nacional para a Biodiversidade (NBSAP); a designação de pelo menos 30% de sua Zona Econômica Exclusiva como Áreas Marinhas Protegidas (MPAs) até 2030; e o desenvolvimento do Planejamento Espacial Marinho (MSP) em um processo aberto e inclusivo que integra a gestão costeira em todo o país.
Com o apoio da Bloomberg Philanthropies, as organizações da Bloomberg Ocean Initiative transformarão essas ambições em ação:
- A Rare, o WWF-Brasil e a Global Mangrove Alliance farão parcerias com comunidades locais e indígenas no Pará, no Amapá e na região de Abrolhos para conservar e restaurar ecossistemas de mangue, costeiros e de recifes de coral ricos em biodiversidade;
- A comunidade de especialistas da Global Mangrove Alliance fornecerá orientação financeira e política para os novos projetos nacionais e subnacionais da Mangrove Breakthrough apoiados na COP30 em Belém, a fim de impulsionar, liberar investimentos e posicionar os manguezais como uma solução climática central no caminho para a COP31;
- A Oceana promoverá políticas de proteção marinha mais fortes para proteger o litoral e a área marinha do Brasil, incluindo a melhoria da pesca resistente ao clima e o aumento da eficácia da rede de AMPs do Brasil;
- A Global Fishing Watch colaborará com agências governamentais para atualizar a regulamentação de rastreamento de embarcações do Brasil – uma oportunidade única na década – e integrar dados adicionais da frota em seu mapa público para fortalecer a transparência, o monitoramento e a fiscalização;
- A SkyTruth vai documentar e expor as ameaças ao oceano e às costas do Brasil decorrentes do desenvolvimento de petróleo e gás offshore e atividades industriais relacionadas.
“Proteger a saúde dos nossos oceanos exige uma gestão costeira e marinha eficaz, conduzida pelas comunidades. O apoio da Bloomberg Philanthropies às iniciativas realizadas em campo é essencial para permitir que comunidades locais e populações indígenas desempenhem um papel de liderança na proteção desses ecossistemas. Essa parceria, somada a projetos de mapeamento participativo do oceano, como o ‘Marés do Norte’ — que utiliza a ferramenta SeaSketch no Norte do Brasil — contribuirá para o avanço da transparência, o fortalecimento da gestão marinha colaborativa e o apoio às metas de conservação do Brasil, ao mesmo tempo em que protege ecossistemas vitais dos quais dependemos,” afirmou Marinez Scherer, Enviada Especial para o Oceano da COP30 e professora associada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
“Com o apoio da Bloomberg Philanthropies, a Global Fishing Watch tem orgulho de estabelecer uma parceria com o Brasil para trazer maior transparência ao gerenciamento da pesca. Ao atualizar sua regulamentação de monitoramento de embarcações e expandir o acesso público aos dados de sua frota, o Brasil está se posicionando como líder global em governança oceânica – e dando um exemplo poderoso para a região”, disse Monica Espinoza Miralles, Head da América Latina da Global Fishing Watch.
“A Global Mangrove Alliance está animada em anunciar essa parceria com a Bloomberg Philanthropies que prioriza a natureza. O compromisso deles potencializa a experiência e o conhecimento de nossos membros e parceiros locais que estão implementando a conservação e a restauração com base científica em todo o mundo. Parcerias como essa geram impactos significativos e positivos para as pessoas, para a natureza e para o clima em uma escala significativa”, disse Emily Landis, Diretora Global de Clima e Oceano da The Nature Conservancy, em nome da Global Mangrove Alliance.
O apoio da Bloomberg Philanthropies é estratégico para o Brasil, pois permite a coleta de dados precisos e atualizados para lidar com os impactos da emergência climática em um dos pontos críticos do aquecimento de oceanos do mundo – o Atlântico Sudoeste. Essas informações são essenciais para tomar decisões bem informadas de gerenciamento que ajudem as comunidades costeiras a se protegerem das crescentes ameaças ao seu bem-estar. Isso também capacita a Oceana a apoiar a melhoria e o monitoramento dos planos de gestão das Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) do Brasil, garantindo que elas realmente contribuam para a saúde dos nossos oceanos”, disse Ademilson Zamboni, vice-presidente da Oceana no Brasil.
“As comunidades que vivem perto dos manguezais brasileiros e que dependem deles são geralmente seus maiores defensores, mas eles nem sempre têm os direitos e recursos para protegê-los de forma eficaz”, disse Monique Galvão, vice-presidente da Rare Brasil. “Precisamos garantir os compromissos políticos com os manguezais com recursos e ações que ajudem as comunidades da linha de frente a administrá-los de forma eficaz. Este investimento da Bloomberg Philanthropies faz exatamente isso”.
“Estamos ansiosos para aplicar nosso satélite investigativo e ferramentas digitais de IA para descobrir ameaças aos ecossistemas costeiros e marítimos causadas pela exploração offshore de petróleo e gás no Brasil”, disse John Amos, CEO da SkyTruth. “Planejamos concentrar nossa pesquisa em áreas sensíveis, como a foz do rio Amazonas, que contém florestas de mangue significativas, bem como áreas marinhas protegidas. Por fim, esperamos que nossas descobertas sejam usadas por agências governamentais, jornalistas e organizações da sociedade civil local para impedir a expansão de atividades prejudiciais de petróleo e gás e proteger habitats marinhos e costeiros essenciais.”
“Este é um momento decisivo para os ecossistemas marinhos e costeiros do Brasil. A proteção de ecossistemas vulneráveis, como recifes de coral e manguezais, o avanço da transparência dos oceanos e a capacitação de nossos defensores dos oceanos não são apenas essenciais para o futuro sustentável do país, mas também são fundamentais para alcançar as metas globais de clima e biodiversidade”, disse Marina Corrêa, Head de Oceanos do WWF-Brasil.
Esse novo compromisso reforça o apoio da Bloomberg Philanthropies na conservação dos oceanos e na ação climática no Brasil, incluindo o desenvolvimento de parcerias de longa data com a Rare, a Oceana e a Global Fishing Watch. Essas parcerias impulsionam a gestão sustentável dos recursos costeiros e marinhos do Brasil. Juntas, elas promovem um controle eficaz e com base científica da pesca, o que proporciona segurança alimentar, meios de subsistência dos pescadores e proteção da biodiversidade nas comunidades costeiras.
