BNDES apoia com R$ 7,3 bi a modernização de rodovia operada pela EcoRioMinas

BNDES apoia com R$ 7,3 bi a modernização de rodovia operada pela EcoRioMinas

  • Concessionária duplicará 303 km e construirá 255 km de faixas adicionais em pontos estratégicos entre RJ e MG; obra integra o Novo PAC e vai gerar 24 mil empregos

BNDES apoia com R$ 7,3 bi a modernização de rodovia operada pela EcoRioMinas

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio financeiro no valor de R$ 7,3 bilhões para a EcoRioMinas Concessionária de Rodovias S.A. investir em três rodovias federais (trechos da BR-116, BR-465 e BR-493) entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, beneficiando 36 municípios nos dois estados. Do total de recursos, R$ 663,4 milhões correspondem à linha de crédito Finem (financiamento para projetos de investimento) e R$ 6,6 bilhões em debêntures subscritas pelo Banco, em emissão que contou com a coordenação do BNDES, em conjunto com BTG Pactual e Bradesco.

Com leilão realizado em maio de 2022, a rodovia, que liga a Região Metropolitana do Rio de Janeiro a Governador Valadares (MG), prevê investimentos da ordem de R$ 15 bilhões até 2030. As obras devem gerar mais de 24 mil empregos diretos e indiretos. Por ser considerado estratégico para o setor, o projeto integra o Novo PAC, do Governo Federal.

Com os recursos recém-contratados, a EcoRioMinas vai adquirir equipamentos, sistemas e veículos e aumentará a capacidade da rodovia para suportar o crescente volume de tráfego, especialmente em regiões de maior densidade populacional e atividade econômica. Para isso, serão duplicados 303,2 km de vias e construídas mais de 255 km de faixas adicionais em trechos de subidas e locais com grande tráfego de veículos de carga. A ampliação de capacidade também contempla a criação de vias marginais, totalizando 85 km, reduzindo congestionamentos em trechos importantes como na Serra Rio-Teresópolis.

Também fazem parte do projeto a recuperação do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro e a adoção do freeflow (cobrança automatizada sem passagem por cabine ou cancela) na Região Metropolitana da capital. Além disso, serão implantadas passagens inferiores, rotatórias e barreiras de proteção ao longo da rodovia, para minimizar acidentes em curvas fechadas ou trechos de grande velocidade. Para os pedestres, o projeto contempla a instalação de 462 pontos de parada para ônibus e 75 passarelas ao longo do trajeto, fundamentais para reduzir acidentes. Também serão construídas ciclovias para incentivar transporte mais sustentável por meio da mobilidade ativa.

A rodovia também passará por intervenções para reduzir os impactos ecológicos em áreas de preservação e habitats naturais ao longo de seu percurso, como a construção de passagens de fauna, que permitem a travessia segura de animais silvestres. Também serão construídas barreiras acústicas para minimizar o impacto do ruído rodoviário em áreas residenciais, com materiais que reduzem o som dos veículos, proporcionando um ambiente mais tranquilo e saudável para as comunidades vizinhas.

“O projeto aprovado pelo BNDES está em sintonia com a diretriz do presidente Lula de modernização do setor, que permitirá que as rodovias brasileiras sejam capazes de garantir o escoamento da produção nacional, além de trazerem maior segurança e conforto para os usuários. O novo financiamento, estruturado pelo BNDES, com o apoio de bancos privados, beneficiará o dia a dia de brasileiros que percorrem a rodovia, que possui mais de 700 quilômetros entre Rio e Minas”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“A parceria com o BNDES foi essencial para viabilizar uma solução financeira customizada, combinando diferentes produtos de crédito. A combinação permitiu a estruturação dos financiamentos de longo prazo, que, aliada à geração de caixa da Concessionária, assegura a execução dos investimentos previstos para a ampliação da capacidade, modernização e melhorias na EcoRioMinas. Esses recursos impulsionarão o desenvolvimento regional e a geração de empregos, além de proporcionar mais fluidez e segurança para os usuários”, afirma Andrea Fernandes, diretora de Finanças Corporativas do Grupo EcoRodovias.

Debêntures – A operação contou com uma estrutura de project finance customizada, com várias séries de debêntures, dentre elas, uma na modalidade backstop, que pode vir a ser substituída por emissões futuras em condições mais favoráveis para o projeto. Já na primeira série, no montante de R$ 1,350 bilhão integralizados no último dia 20 de fevereiro, 50% de seu volume foi adquirido pelo mercado.

A concessão – O trecho sob concessão (total de 727 km) inclui a única rota terrestre para contornar a Baía de Guanabara, oferecendo acesso à Região dos Lagos e às regiões Norte e Nordeste do país. Também conecta estrategicamente o Rio de Janeiro a Governador Valadares (MG), formando um importante eixo de tráfego junto às rodovias BR-040 e BR-116, que ligam o Rio de Janeiro a Juiz de Fora (MG) e São Paulo, essenciais para transporte e movimentação econômica da região.

O tráfego é predominantemente composto por veículos pesados, especialmente caminhões, para o escoamento de mercadorias entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. A rodovia é amplamente utilizada por setores como a agricultura, com o transporte de grãos e café, e pela indústria de mineração e siderurgia, principalmente com o transporte de minério de ferro e produtos industriais. Além disso, o acesso ao Porto de Itaguaí (RJ) intensifica o uso da via para exportação e importação de bens.

A empresa – A concessionária EcoRioMinas, controlada pela EcoRodovias Concessões e Serviços S.A., atua na prestação dos serviços públicos de operação, manutenção e realização dos investimentos do sistema rodoviário EcoRioMinas. O grupo Ecorodovias é uma das principais empresas de infraestrutura do Brasil e o maior grupo de concessões rodoviárias, especializada na gestão e operação de 11 concessionárias.

Atualmente, administra 4.800 quilômetros de rodovias em oito estados, abrangendo as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Essas concessões incluem trechos estratégicos como o Sistema Anchieta-Imigrantes, que conecta São Paulo ao Porto de Santos, e a Ecoponte, responsável pela Ponte Rio-Niterói.

 

 

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