Boas práticas como estratégia para a sustentabilidade da agricultura

Boas práticas como estratégia para a sustentabilidade da agricultura

CropLife Brasil apresenta campanha permanente para conscientizar produtores e levar capacitação para o campo no Senagri 2025

Boas práticas como estratégia para a sustentabilidade da agricultura
Claudia Quaglierini, gerente de Sustentabilidade e Stewardship na CropLife Brasil (Foto Isabel Freitas/Divulgação CLB)

No segundo dia do Seminário Nacional de Defesa Agropecuária – Senagri 2025, realizado em Belem (PA), os desafios para disseminação das Boas Práticas Agrícolas (BPAs) e a regulamentação dos bioinsumos estiveram no centro dos debates. As gerentes da CropLife Brasil (CLB) Claudia Quaglierini, de Sustentabilidade, Biodiversidade e Boas Práticas, e Nagia Hage, de Assuntos Regulatórios de Bioinsumos, participaram das discussões.

A moderadora do primeiro painel, Lucionila Pimentel, diretora da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), destacou o reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola, executado há 18 anos no território paraense, pela adoção de boas práticas em ações de defesa agropecuária. O termo oficial foi publicado no Diário Oficial da União e contou com o apoio da CLB, que reforçou o pedido junto ao órgão.

Claudia Quaglierini foi uma das painelistas e trouxe detalhes da campanha de Boas Práticas Agrícolas, lançada no início deste ano, com o objetivo de conscientizar produtores, trabalhadores rurais, consumidores e outros atores da cadeia produtiva sobre a importância do uso responsável das tecnologias no campo. “Trata-se de uma iniciativa permanente que busca fortalecer a relação entre a produção sustentável de alimentos e os desafios globais de sustentabilidade que impactam o agronegócio,” explicou Quaglierini.

No debate, a gerente destacou a interdependência entre agricultores e apicultores. “Cerca de 75% das culturas agrícolas no mundo dependem da polinização, realizada por abelhas, moscas, borboletas, morcegos, entre outros agentes naturais. A flor precisa da abelha e a abelha da flor. Sem elas, não há alimentação. O agricultor precisa do apicultor — e não há como seguirem caminhos separados”, afirmou a representante da CropLife Brasil.

Ela também apresentou o trabalho de capacitação realizado por meio do CropLife Conecta, aplicativo que disponibiliza o curso Aplicador Legal, programa de capacitação para aplicadores de defensivos exigido pelo governo federal e disponibilizado gratuitamente na ferramenta.

Betina Blochtein, coordenadora do Observatório Brasileiro de Abelhas, apresentou o funcionamento de uma iniciativa que monitora perdas de colmeias. Ela relatou o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, que causaram a perda de mais de 21 mil em 88 municípios. “Pensamos não só na recuperação, mas também em medidas para prevenir futuros eventos extremos, como queimadas. Nosso objetivo é expandir o observatório e fortalecer a convivência entre agricultura e apicultura”, afirmou.

Encerrando o ciclo de apresentações, Isadora do Nascimento, representante da Gowan Brasil, associada CropLife Brasil, abordou a responsabilidade do setor privado na promoção da educação sanitária, principalmente entre pequenos produtores com baixa escolaridade. A empresa tem investido em capacitações presenciais, distribuição de EPIs e materiais educativos, como histórias em quadrinhos voltadas à conscientização. “Muitos produtores não usam EPIs por falta de informação ou acesso. Adaptar a linguagem e estar presente no campo faz toda a diferença”, explicou.

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Isadora do Nascimento (Gowan Brasil), Betina Blochtein (Observatório das Abelhas), Lucionila Pimentel (Adepará), Claudia Quaglierini (CropLife Brasil) (Foto Isabel Freitas/Divulgação CLB)

Bioinsumos

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Nadia Hage (CropLife Brasil) moderou painel sobre Bioinsumos (Foto Isabel Freitas/Divulgação CLB)

No segundo debate, a gerente de Assuntos Regulatórios de Bioinsumos da CropLife Brasil, Nadia Hage, conduziu as discussões sobre as perspectivas da nova Lei de Bioinsumos. Representantes da indústria, especialistas e autoridades públicas debateram o cenário atual e os caminhos futuros para o uso seguro e eficiente dos produtos biológicos. A importância de uma fiscalização eficaz, os desafios de harmonização regulatória, além das boas práticas de fabricação e controle de qualidade, foram os temas centrais.

“Esse painel mostrou como o diálogo entre setor público, indústria e especialistas é essencial para que a nova lei de bioinsumos avance com equilíbrio, segurança e eficiência”, comentou Hage.

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