BR Angels monta 7º batch para investir R$ 5 milhões em startups do agronegócio
Com ticket médio entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão, previsão do ecossistema de inovação e investimento-anjo é investir em AgTechs durante o período de 12 a 18 meses. Um dos pilares da economia brasileira e com crescente demanda por soluções tecnológicas, agronegócio chamou atenção do grupo por seu grande potencial de crescimento e inovação
Com o objetivo de reunir investidores-anjo interessados em apoiar startups com alto potencial de impacto e crescimento, o BR Angels, com foco no ecossistema de inovação e investimento-anjo, estruturou o seu 7º batch, estimado em R$ 5 milhões. Pela primeira vez desde a fundação do grupo, em 2019, os investidores-anjo terão foco em um segmento específico da indústria: o agronegócio.
A projeção do BR Angels é que o ticket médio dos novos aportes seja entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão por startup, investindo dentro de um período de 12 a 18 meses. A iniciativa reflete o foco e a seletividade do grupo em apoiar negócios de real valor para este mercado.
Segundo o fundador e CEO do BR Angels, Orlando Cintra, a relevância do agronegócio para o Brasil foi um dos principais motivos para o BR Angels definir esse último batch. Isso porque o grupo enxerga o setor como um dos mais relevantes pilares da economia brasileira e com enorme potencial de crescimento e inovação, especialmente em áreas como tecnologia agrícola, sustentabilidade e eficiência operacional.
“Observamos uma crescente demanda por soluções inovadoras no agro, que enfrenta desafios como mudanças climáticas, necessidade de maior produtividade e eficiência, além de práticas sustentáveis. O BR Angels possui um conjunto de participantes com vasta experiência no setor, que podem agregar valor não apenas com capital financeiro, mas também com conhecimento, rede de contatos e mentorias para as startups investidas”, explica Cintra.
O portfólio do BR Angels conta atualmente com duas investidas no segmento do agronegócio: o iRancho, empresa que traz ao mercado uma ferramenta intuitiva e completa de gestão pecuária, garantindo aos usuários a criação de manejos personalizados que refletem a realidade de cada fazenda, e a Inspectral, ESGTech criada para facilitar o monitoramento ambiental, florestal, de recursos hídricos e do agronegócio, aumentando a produtividade, a preservação e impulsionando o ESG dentro das companhias.
Procura por tecnologias disruptivas para o agro
Além de atuar no agronegócio, o BR Angels espera que as startups interessadas em passar pelas rodadas de investimento contem com tecnologias disruptivas, ou seja, com soluções tecnológicas que possam transformar o setor e trazer mais competitividade. Outro ponto importante está na escalabilidade e modelo de negócios sólido, claro e validado, com perspectivas de crescimento rápido e sustentável. Por fim, um time qualificado e resiliente, onde os fundadores e demais profissionais tenham experiência e capacidade de execução, bem como sejam capazes de superar desafios e adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado, estão entre as prioridades do grupo.
“Procuramos por AgTechs que tenham uma visão alinhada com os objetivos e valores do BR Angels e que compartilhem um pensamento de impacto positivo no agronegócio, promovendo inovação e práticas sustentáveis. Além disso, que tenham uma demanda latente por SMART, que é como chamamos a contribuição intelectual dos nossos participantes na jornada de desenvolvimento do negócio”, completa o fundador do BR Angels.
Anualmente, o BR Angels recebe o cadastro de mais de 3 mil startups buscando investimentos. Aproximadamente 10% a 15% desses negócios são ligados ao agronegócio, embora esse número possa variar dependendo das tendências de mercado e das iniciativas específicas do BR Angels voltadas para empreendimentos com este perfil.
Após a conclusão do sétimo batch, o BR Angels espera o crescimento do segmento agro em seu portfólio, com a seleção de AgTechs inovadoras e escaláveis, além do objetivo que essas empresas se tornem referências no mercado. Também é aguardada a consolidação de sua posição como um dos grupos de investidores-anjo mais atuantes do país, atraindo novos membros e estabelecendo parcerias estratégicas, tanto com outras empresas do setor, quanto com instituições de pesquisa e desenvolvimento.
Liderança especializada
Para o sétimo batch, o BR Angels selecionou um grupo de 30 membros especializados em agronegócio, entre eles, Antônio Lacerda, Diretor Geral da CPMC Brasil; Celso Macedo, Diretor Geral LATAM na Farmers Edge; Lieven Cooreman, Sócio-fundador da Strategos e ex-CEO com 30 anos de experiência; e Zenaide Guerra, Diretora de Comunicação da dsm-firmenich para as Américas e Vice-presidente do Instituto Tortuga.
Ao longo do último ano, o grupo totalizou um aumento de 11% no número de participantes, refletindo o crescente interesse dos altos executivos do Brasil pelo mercado de investimentos-anjo.
“Por meio de nosso ecossistema, valorizamos a criação de um ambiente de colaboração entre startups, investidores e especialistas, visando impulsionar a inovação e a transformação digital nas indústrias brasileiras. Nossos membros estão comprometidos em fornecer não apenas capital, mas também mentoria e uma rede robusta de contatos para ajudar as startups a crescer e prosperar”, acrescenta Orlando Cintra.
Com seis anos de atividade, o BR Angels concentra mais de 400 CEOs e altos executivos de importantes empresas nacionais e multinacionais, dos mais variados segmentos. Em sua trajetória, o grupo já investiu em 35 startups de diferentes perfis. Atualmente, seu portfólio soma um valuation superior a R$ 2 bilhões.
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