CATL anuncia quatro marcos globais rumo ao Net-Zero na COP30

CATL anuncia quatro marcos globais rumo ao Net-Zero na COP30 

Parcerias com IRENA e Fundação Ellen MacArthur reforçam liderança da companhia na transição energética e na construção de um futuro neutro em carbono 

 CATL anuncia quatro marcos globais rumo ao Net-Zero na COP30

A CATL e a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) lançam conjuntamente o relatório “Key Enablers for the Energy Transition: Solar PV and Storage”.

A Contemporary Amperex Technology Co., Limited (CATL), líder global em inovação em tecnologias de nova energia, promoveu o evento “Powering System Change: Co-creating a Net-Zero Future”, realizado no Pavilhão da China durante a 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Hongpeng Lei, chefe da Divisão de Mitigação de Mudanças Climáticas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e Gustavo Cerqueira Ataíde, secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do Brasil, fizeram as apresentações e deram as palavras de abertura.

 

A iniciativa, conduzida sob a orientação do Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China, reuniu autoridades e especialistas do setor para debater soluções concretas rumo à neutralidade de carbono. Durante o encontro, a CATL anunciou, em parceria com organizações internacionais de renome — entre elas a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) e a Fundação Ellen MacArthur — quatro marcos importantes em sua jornada para o net zero. Baseadas no conceito de “Pensamento Sistêmico Net Zero”, as iniciativas foram desenvolvidas para acelerar de forma prática a transição global para a energia verde e fortalecer os esforços internacionais em prol da neutralidade de carbono.

 CATL anuncia quatro marcos globais rumo ao Net-Zero na COP30

Meng Xiangfeng, vice-presidente da CATL, faz o discurso de boas-vindas como anfitrião do evento paralelo.

A CATL destacou que, à medida que a transição energética global se acelera, o avanço das fontes renováveis, como a eólica e a solar, está provocando transformações profundas nos sistemas energéticos nacionais e nas estruturas industriais. Para a companhia, concretizar as metas nacionais de neutralidade de carbono exige “pensamento sistêmico” — uma abordagem que permita o planejamento integrado e de longo prazo. A empresa observa, no entanto, que grande parte das discussões sobre neutralidade de carbono ainda se concentra nos setores de energia e eletricidade, deixando uma lacuna importante: a tradução das metas de descarbonização industrial em estratégias práticas e articuladas nos níveis de produto, matéria-prima e teoria, capazes de formar soluções verdadeiramente integradas. Os quatro marcos rumo ao net zero apresentados pela CATL refletem justamente esse conceito de “Pensamento Sistêmico Net Zero”, mostrando como uma empresa de nova energia pode contribuir de forma concreta para a visão global de neutralidade de carbono em quatro dimensões: Indústria, Produto, Matérias-primas e Teoria.

No nível industrial, a CATL concentra seus esforços no setor de energia, reconhecendo que a revolução global das novas energias entrou em uma fase decisiva — em que o armazenamento de energia se torna elemento essencial para viabilizar a expansão em larga escala das fontes renováveis. Em colaboração com a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), principal organização intergovernamental da área, a CATL lançou o relatório Key Enablers for the Energy Transitions: Solar PV and Storage, um marco por ser o primeiro estudo temático global da IRENA dedicado à indústria de armazenamento de energia. O documento vai além da visão tradicional do armazenamento e traz uma análise aprofundada sobre o desenvolvimento sinérgico entre energia eólica, solar, armazenamento e redes elétricas, oferecendo recomendações estratégicas de políticas públicas. Entre os principais pontos do relatório, destacam-se:

  • Definição de metas globais e nacionais para instalação de sistemas de armazenamento, com integração ao planejamento das redes elétricas e harmonização de padrões internacionais de conexão — medidas que podem acelerar a implantação em larga escala e reduzir o déficit de flexibilidade causado pela alta participação das renováveis.
  • Análise detalhada do panorama global e das tendências futuras das indústrias de energia solar fotovoltaica e armazenamento, apontando que a combinação “Solar PV + Armazenamento” está se consolidando como a opção mais econômica de energia limpa, substituindo o modelo “Carvão + CCUS”, com destaque para as baterias de íons de lítio como a tecnologia mais eficiente em custo.
  • Incentivo à criação de modelos de negócio inovadores, como Vehicle-to-Grid (V2G), Usinas Virtuais (VPPs) e sistemas integrados de “Solar, Armazenamento, Recarga, Teste e Troca de Baterias”, especialmente em parques industriais e centros de dados net zero — abrindo novas frentes para aplicações avançadas de energias renováveis e armazenamento.

Com essa parceria, a CATL reforça seu papel de liderança no desenvolvimento de soluções tecnológicas e políticas para impulsionar a transição energética global.

No nível de produto, a CATL reafirma seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, oferecendo produtos de bateria de alta qualidade e eficiência, ao mesmo tempo em que implementa sua própria estratégia de net zero para liderar uma transformação verde em toda a cadeia industrial. A companhia destacou duas iniciativas centrais:

  • Iniciativa de Fábricas Zero Carbono: Por meio da instalação de sistemas fotovoltaicos distribuídos em suas unidades e do uso do sistema proprietário de gestão Plant Facilities Management System, a CATL ampliou significativamente o uso de eletricidade de origem renovável e a eficiência energética em suas operações industriais. Até o final de 2024, a empresa já havia estabelecido nove fábricas de baterias zero carbono, atingido 74,51% de uso de eletricidade limpa e reduzido em 20,97% a intensidade de emissões de gases de efeito estufa por unidade produzida. A CATL também lidera a elaboração do padrão setorial “Diretrizes para Avaliação de Fábricas Zero Carbono de Baterias de Íons de Lítio”, que deverá ser publicado para adoção em toda a indústria, estabelecendo uma referência global de produção sustentável.
  • Design Zero Carbono e Engajamento da Cadeia de Suprimentos: A empresa desenvolveu de forma independente o Carbon Chain Management System (CCMS), ferramenta que coleta, modela, calcula e analisa dados de emissões de carbono em toda a cadeia produtiva, criando um banco de dados abrangente que cobre praticamente todas as matérias-primas utilizadas na fabricação de baterias. O sistema já inclui mais de 800 modelos de produtos e matérias-primas, envolvendo 130 fornecedores e 40 categorias de materiais. Com base nessas informações, a CATL mantém um diálogo ativo com seus parceiros para promover a redução de emissões e realiza avaliações regulares de desempenho em sustentabilidade. A companhia assinou acordos de sustentabilidade com todos os fornecedores de materiais de cátodo e ânodo, além dos três principais fornecedores de produtos de alumínio, comprometendo-se com a redução conjunta da pegada de carbono e o aumento do uso de eletricidade zero carbono. A meta da empresa é clara: alcançar 100% de utilização de energia limpa por parte dos fornecedores de Nível 1 até 2030, consolidando uma cadeia de suprimentos global totalmente alinhada à neutralidade de carbono.

No nível de matérias-primas, com o objetivo de ampliar a eficiência no uso de recursos e construir um sistema energético global mais verde e resiliente, a CATL firmou uma parceria com a Fundação Ellen MacArthur para lançar o Global Energy Circularity Commitment (GECC). Trata-se do primeiro projeto filantrópico de economia circular iniciado por uma empresa chinesa e da primeira rede colaborativa que conecta toda a cadeia industrial de novas energias, além de governos e instituições acadêmicas. O compromisso é guiado por quatro princípios fundamentais:

  • Repensar sistemas,
  • Redesenhar produtos,
  • Repensar modelos de negócio, e
  • Reciclar materiais.

Tendo a indústria de baterias como ponto de alavancagem central, o GECC promoverá pesquisas sistemáticas sobre economia circular aplicada ao setor, com o objetivo de estabelecer uma base teórica abrangente que cubra toda a cadeia de valor — da mineração à produção, uso e reciclagem. A iniciativa busca identificar caminhos de transição específicos para diferentes países e regiões, ajudando o setor global de produção de baterias a reduzir a dependência de minerais virgens e oferecendo soluções circulares replicáveis para acelerar a transição energética mundial.
No nível teórico, a CATL direciona seus esforços à pesquisa de base e firmou uma parceria com a Springer Nature para lançar a WATT, a primeira revista científica global sobre energia criada por uma empresa e dedicada à aplicação de tecnologias de energia limpa. A publicação reúne referências acadêmicas internacionais, entre elas o professor Peter Bruce, fundador e cientista-chefe da Faraday Institution, e o professor Ouyang Minggao, membro da Academia Chinesa de Ciências. Voltada a setores como energia eólica, solar, térmica e armazenamento, a WATT tem como objetivo aproximar os avanços da pesquisa científica das aplicações de mercado, acelerando o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias de energia limpa. Com isso, a publicação busca impulsionar o progresso global rumo ao net zero, fortalecendo a troca de conhecimento e a cooperação entre a academia e a indústria.

A CATL realiza uma mesa-redonda de alto nível com CEOs de organizações internacionais sobre o tema “Accelerating the Transition to a Net-Zero Future”.

Além dos quatro marcos apresentados no evento, a CATL promoveu uma mesa-redonda de alto nível com líderes do setor, incluindo Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA, e Kristian Ruby, secretário-geral da Eurelectric. O debate traduziu na prática o conceito de pensamento sistêmico net zero, reunindo especialistas em energia, armazenamento e mercados de carbono. A partir de suas diferentes expertises, o grupo discutiu temas como multiplicação da capacidade renovável, ganhos de eficiência energética e soluções para maior flexibilidade das redes elétricas, explorando caminhos viáveis para acelerar a transição global rumo à neutralidade climática.

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