Com projeção de quebra de safra e déficit hídrico histórico, irrigação é a estratégia para boas produções de café arábica em 2025

Com projeção de quebra de safra e déficit hídrico histórico, irrigação é a estratégia para boas produções de café arábica em 2025

Com projeção de quebra de safra e déficit hídrico histórico, irrigação é a estratégia para boas produções de café arábica em 2025

Em 2024 as lavouras de café no Brasil enfrentam desafios climáticos severos, com uma estiagem que já é considerada uma das mais rigorosas das últimas décadas, especialmente em regiões produtoras como o Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Alta Mogiana. A safra agrícola de 2024, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), já apresentou uma leve queda de 0,5% em relação a 2023. A projeção de especialistas do setor indica que a queda para 2025 será ainda mais acentuada. Essas retrações refletem as condições climáticas adversas nas regiões produtoras de café arábica, que frustraram as expectativas iniciais de uma boa safra. O clima seco de meados de abril a meados de outubro deste ano, associado a temperaturas elevadas e início das chuvas mal distribuídas, impactou diretamente o potencial produtivo da próxima safra.

No Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, José Braz Matiello, Engenheiro Agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, estimou uma quebra expressiva na produção de café arábica para a safra de 2025 que pode chegar à 40%. “A gente acha que vai ser uma safra insuficiente para atender a demanda da exportação mais o consumo interno. Tem um pouco de estoque, mas vai ficar muito apertado e isso condiciona uma manutenção de preço num patamar mais elevado”, detalhou Matiello.

Com projeção de quebra de safra e déficit hídrico histórico, irrigação é a estratégia para boas produções de café arábica em 2025
Rafael Gonzaga, especialista agronômico da Netafim

Rafael Gonzaga, especialista agronômico da Netafim, destaca que em regiões que tradicionalmente não se irriga, como é o caso do Sul de Minas, com a adoção do gotejamento, a produtividade tem um incremento médio de 15 a 20 sacas por hectare.

Porém, para a safra de 2025 em muitas regiões a irrigação será o diferencial entre produzir ou não. “O café suporta um déficit hídrico de até 150 milímetros, valores acima disso ocasionam prejuízos para a cultura. Este ano, em várias regiões no Sul de Minas, o déficit calculado antes do retorno das chuvas ultrapassou 300 milímetros, o dobro do que a planta consegue suportar. Isso resultou em danos severos ao potencial produtivo”, ressalta Gonzaga.

Segundo dados da Fundação Procafé, o mesmo aconteceu em diversos importantes municípios do Cerrado Mineiro e Alta Mogiana. Por exemplo em Patrocínio (Cerrado Mineiro) onde o déficit também ultrapassou os 300 milímetros e em Franca (Alta Mogiana) onde a situação é ainda mais grave com déficit superior a 400 milímetros.

Esses números explicam o forte potencial de quebra de safra para 2025 e o porquê essa conjuntura adversa tem levado muitos produtores a buscarem soluções tecnológicas para mitigar os impactos da seca. Uma das ferramentas que se mostra cada vez mais essencial é a irrigação por gotejamento.

“A irrigação por gotejamento fornece água e nutrientes durante todas as fases de desenvolvimento da cultura. Por esse motivo, além de ser um seguro contra a seca, ela propicia um aumento do potencial produtivo”, detalha Gonzaga.

O especialista ainda destaca que problemas relacionados à seca têm sido recorrentes nos últimos anos. “Na safra de 2021 muitos produtores tiveram redução de produtividade em torno de 30% e em 2022 próximo a 70%. Em 2024 foi observada uma quebra de safra de 20% em muitas localidades, especialmente devido às fortes ondas de calor que atingiram as regiões produtoras em novembro e dezembro de 2023, o que afetou o desenvolvimento dos frutos ocasionando redução do tamanho dos mesmos”.

O déficit hídrico afeta todas as fases do desenvolvimento do café arábica. Além disso, lavouras nessas condições, além dos danos diretos às plantas, apresentam aumento de pragas como o bicho mineiro, potencializando as perdas de produtividade.

Gonzaga reforça a importância do planejamento e da antecipação por parte dos produtores. “O sistema de irrigação é uma obra que demanda tempo para concepção e instalação, então não se deve deixar para última hora. A irrigação por gotejamento, além de garantir segurança produtiva, permite que o produtor prepare sua lavoura para suportar períodos de seca, o que tem sido recorrente em tempos de crise climática”, explica.

Diante desse cenário, a irrigação por gotejamento se consolida como uma estratégia fundamental, não apenas para evitar perdas, mas também para elevar o potencial produtivo e garantir a sustentabilidade da produção de café em um futuro cada vez mais desafiador.

Sobre a Netafim

Fundada em um pequeno kibbutz em Israel há quase 60 anos, a Netafim é pioneira e líder mundial em soluções para irrigação. Com atuação em mais de 110 países, chegou ao Brasil na década de 1990, com um portfólio completo de produtos e soluções inovadoras de irrigação por gotejamento, que visam contribuir com o eficiente uso da água, aumentando a produtividade na agricultura e trazendo mais tranquilidade ao produtor rural.

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