Construção civil e descarbonização: como produtos biodegradáveis estão transformando o setor
Práticas sustentáveis melhoram imagem no mercado e atraem investimentos
A transição para uma economia de baixo carbono é uma pauta global e uma das prioridades da COP 30, que será realizada no Brasil este ano. Nesse contexto, a construção civil, setor responsável por cerca de 39% das emissões globais de gases do efeito estufa, tem sido cada vez mais pressionada a adotar práticas sustentáveis. Uma das principais iniciativas nesse sentido é a redução do impacto ambiental dos materiais utilizados nas obras, incluindo o uso de produtos biodegradáveis.
E entre eles, vale destacar os desmoldantes, muito importantes no dia a dia das obras e essenciais para garantir que as formas utilizadas na moldagem do concreto sejam removidas sem danificar as superfícies, preservando a integridade das peças pré-moldadas, otimizando os processos e aumentando a eficiência na reutilização dos moldes. “Esses produtos reduzem a pegada de carbono das obras, otimizam processos e garantem maior segurança ambiental e ocupacional. E a substituição de produtos minerais convencionais substituindo como óleo mineral e solventes por alternativas biodegradáveis é uma das formas mais eficazes de contribuir para a descarbonização da construção civil”, destaca Adriana Machado, sócia-proprietária da ADN Bio, empresa de logística reversa e fabricante de produtos biodegradáveis para a construção civil a base de óleo vegetal reciclado.
O impacto dos resíduos da construção civil no meio ambiente
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a construção civil é responsável pela geração de 31 milhões de toneladas de resíduos por ano no Brasil, o que equivale a 38% de todo o lixo produzido no país. Para mitigar esse impacto, empresas do setor têm investido em práticas sustentáveis, como logística reversa e utilização de materiais de menor impacto ambiental.
“Os desmoldantes biodegradáveis da ADN Bio, por exemplo, são formulados com base vegetal, o que reduz significativamente a poluição do solo e da água, além de eliminar passivos ambientais frequentemente associados a produtos convencionais”, explica Laís Fernanda de Caldas, engenheira ambiental da ADN Bio.
O setor da construção civil tem projeção de crescimento de 2,3% para 2025, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), e os empreendimentos que contribuem para a redução da pegada de carbono desde a fase construtiva tendem a agregar valor de mercado. O uso dos desmoldantes biodegradáveis produzidos pela ADN Bio a partir do óleo vegetal residual apresenta vantagens como:
- Redução da pegada de carbono: produtos de base vegetal diminuem a emissão de poluentes na atmosfera.
- Eficiência e economia: maior rendimento, redução de desperdício e otimização dos processos construtivos.
- Melhoria na segurança do trabalho: redução da exposição dos trabalhadores a substâncias químicas nocivas.
- Adequação às normativas ambientais e trabalhistas: facilita a conformidade com fiscalizações e evita passivos ambientais.
Com um mercado cada vez mais atento às questões de sustentabilidade e descarbonização, empresas que adotam produtos ecológicos não apenas cumprem com exigências ambientais, mas também atraem novos investimentos.