COP30 no Brasil: cinco soluções inovadoras para agricultura sustentável e segurança alimentar global

COP30 no Brasil: cinco soluções inovadoras para agricultura sustentável e segurança alimentar global

Agricultura regenerativa precisa ser considerada parte da solução no enfrentamento da emergência climática e será um dos principais temas da conferência em Belém

 COP30 no Brasil: cinco soluções inovadoras para agricultura sustentável e segurança alimentar global

Enquanto o mundo se prepara para a COP30, que começa oficialmente na próxima semana em Belém (PA), a agricultura emerge como uma fronteira crucial para o combate às mudanças climáticas, já que ela representa 22% das emissões globais de gases de efeito estufa, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). “Estamos vivenciando um momento no qual é fundamental que o agronegócio não apenas alimente o mundo, mas também encontre seu potencial para se tornar uma solução para os desafios de clima que o planeta enfrenta”, explica Petra Laux, Chief Sustainability Officer do Syngenta Group.

“Produzir mais alimentos e proteger o meio ambiente podem ser objetivos alcançados juntos, mas precisamos fazer com que cada hectare agrícola conte. A expansão para mais terras elevaria as emissões de gases de efeito estufa muito além de nossas metas globais, já que quase 40% da área da Terra já é utilizada para produção de alimentos1. Portanto, a combinação entre tecnologia e inovação é a resposta para fechar essa lacuna de produtividade”, destaca a executiva.

 COP30 no Brasil: cinco soluções inovadoras para agricultura sustentável e segurança alimentar global

A Syngenta é uma peça-chave na cadeia global de sistemas alimentares que busca facilitar a transição para um mundo de baixo carbono. Para a companhia, existem cinco soluções inovadoras que garantem que a agricultura seja parte da resolução das questões climáticas, contribuindo para a segurança alimentar global em um planeta que deve ter aproximadamente 10 bilhões de pessoas em 2050. Essas soluções estão divididas em:

1 – Revitalização de áreas degradadas por meio de técnicas inovadoras de restauração do solo e práticas agrícolas sustentáveis;

2. Desenvolvimento de variedades de culturas resistentes ao clima e métodos de melhoramento que permitam às culturas prosperar em condições desafiadoras — exigindo menos água, resistindo às pragas e doenças naturalmente, e mantendo a produtividade apesar do estresse climático;

3. Aumento da produtividade com inovação, tecnologia e produtos cada vez mais baseados na natureza, como biológicos, incluindo microrganismos benéficos e extratos de plantas;

4. Ampliação da agricultura de precisão que auxilia na aplicação de produtos de proteção de cultivos seletivamente, garantindo o uso apenas onde é necessário proteger as lavouras;

5. Incentivo à adoção de práticas regenerativas, incluindo culturas de cobertura, cultivo mínimo e plantio direto, além de gestão de matéria orgânica para construir a saúde do solo, aumentar o sequestro de carbono e melhorar a produtividade.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) está preparando um mapeamento que será apresentado na COP30, que demonstra como as inovações desempenham um papel importante para que seja possível alcançar os objetivos listados acima. Um estudo da Deloitte de novembro de 20242 aponta que 50% da cadeia produtiva necessita de melhorias e que é preciso ampliar em 40% o fornecimento de calorias para seguir alimentando o mundo. Entretanto, tudo isso só será possível com a aceleração da inovação, de tecnologia e de iniciativas que ajudem a ampliar a produtividade agrícola. Outros fatores que contribuem para a redução de emissões de gás carbônico são: proteção e restauração de áreas degradadas (21%); melhorias do capital natural (19%); aprimoramento da circularidade e de orientações ao consumidor (6%); e conscientização sobre hábitos alimentares (4%).

A atual estagnação da produtividade agrícola global (GAP) foi destacada no relatório da Virginia Tech3, divulgado em setembro deste ano, que revela como a produtividade global cresceu apenas 0,76% em 2025. Enquanto isso, a demanda por produtos agrícolas deve crescer mais de 1% anualmente até 2031. Para atingir níveis de produção sustentáveis que possam alimentar o planeta, o crescimento da produtividade deve acelerar para uma média de 2% ao ano entre 2024 e 2050.

Como parte das Prioridades de Sustentabilidade da Syngenta, lançadas em 2024, a companhia visa possibilitar a agricultura regenerativa em milhões de hectares de terra em todo o mundo. No Brasil, por meio do programa REVERTE®, a empresa tem como meta a recuperação de 1 milhão de hectares de terras degradadas. Uma parte significativa do trabalho está no Cerrado, onde a Syngenta trabalha em conjunto com a The Nature Conservancy. O objetivo da iniciativa é tornar a restauração de terras degradadas uma opção viável e lucrativa para que os agricultores brasileiros possam expandir a produção agrícola em áreas já existentes, em vez de desmatar a vegetação nativa. A Syngenta, inclusive, lançou recentemente um projeto similar de restauração no Paraguai para apoiar produtores no Chaco e na região Oriental na adoção de práticas regenerativas.

Na COP30, no dia 11 de novembro de 2025, a Syngenta promoverá, em parceria com The Economist, um painel sobre “Agricultura para o Futuro: impulsionando a produtividade agrícola e protegendo o planeta”. A sessão explorará a restauração de terras, a saúde do solo, o acesso a financiamentos e soluções políticas para tornar a agricultura sustentável economicamente viável e escalável para agricultores de todos os portes.

Dentre os painelistas convidados, estão André Savino, Presidente da Syngenta Proteção de Cultivos no Brasil; Marcio Sztutman, Diretor Executivo da The Nature Conservancy (TNC) Brasil; Dra. Izabella Teixeira, ex-Ministra do Meio Ambiente do Brasil; Teresa Cristina Vendramini, produtora agrícola, líder do agronegócio e ex-Presidente da Sociedade Rural Brasileira; e Pedro Barros Barreto Fernandes, Sócio e Diretor de Agronegócio do Banco Itaú.

Relatório Mundial de Recursos: 2019: Criando um futuro alimentar sustentável, Um Menu de Soluções para Alimentar Quase 10 Bilhões de Pessoas até 2050.

2024 Ponto de Virada: Alimentando o mundo de forma sustentável. Os custos e oportunidades da transformação do sistema alimentar a longo prazo, Deloitte, novembro de 2024.

Relatório GAP 2025: A Fronteira do Crescimento TFP: Platôs e Progresso no Crescimento da Produtividade Agrícola, Virginia Tech, 2025.

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