Dicas para uso de inoculantes biológicos na pré-safra 23/24

Dicas para uso de inoculantes biológicos na pré-safra 23/24

Cuidados básicos com a fisiologia do solo e com o manejo dos microrganismos garantem melhor desempenho da fixação biológica de nitrogênio

Dicas para uso de inoculantes biológicos na pré-safra 23/24
Foto de Jan Kroon/Pexels

A semeadura da safra de grãos se inicia em setembro nas principais regiões produtoras do Brasil, mas algumas medidas de preparo de solo devem ser tomadas agora. É o caso do uso de inoculantes biológicos, tecnologia que, quando aplicada de forma apropriada, gera redução dos custos de produção e elevação do índice de produtividade. Os microrganismos à base de bradyrhizobium precisam de um solo sadio e equilibrado para propiciar uma adequada Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), destaca Fernando Bonafé Sei, gerente técnico da Novozymes, líder mundial em biossoluções.

A primeira condição para um bom desempenho dos inoculantes biológicos antes da semeadura, afirma Fernando, está na correção do solo. Averiguar o índice de acidez contido nos talhões, por exemplo, é uma ação fundamental que deve ser levada em conta ao adotar um microrganismo para fixação biológica de nitrogênio, explica Fernando. Segundo o gerente técnico, um solo muito ácido eleva a mortalidade e dificulta a multiplicação dos rizóbios, o que pode reduzir a fixação biológica de nitrogênio pelas bactérias.

“A análise de solo é um item que necessita estar na planilha do produtor que queira trabalhar com tecnologias que proporcionem um alto potencial produtivo”, observa Fernando. Ele informa ainda que um pH baixo, por exemplo, acarreta na deficiência de fósforo “Quando os solos são ácidos, recomenda-se a calagem antes do plantio para ter valores de pH próximos da neutralidade”.

Outro ponto que compromete o bom desempenho dos microrganismos, alerta o gerente técnico, é a adição de elementos tóxicos e incompatíveis com as bactérias na hora da inoculação no tratamento realizado na fazenda. “Isso não se aplica quando o produtor utiliza sementes industrialmente tratadas com inoculantes, já que são realizados testes de compatibilidades entre químicos e biológicos para garantir a sobrevivência dos bioinsumos”, destaca.

Clima

Além dos fatores químicos e físicos do solo, se as condições ambientais no momento da inoculação forem adversas (por exemplo, falta de umidade no plantio, entre outras.), o potencial de nodulação e fixação biológica de nitrogênio pode ser afetado “Nessas condições, pode ocorrer a morte das bactérias introduzidas com o inoculante, o que diminuirá a disponibilidade de nitrogênio para as plantas de soja, por exemplo”, explica.

Na aplicação de insumos biológicos em sulco de plantio, Fernando recomenda evitar expor o produto às altas temperaturas, principalmente em solo com baixo índice de umidade, fator que também prejudica a viabilidade dos inoculantes. A ocorrência de fatores ambientais adversos (estresse por temperatura, umidade, acidez etc.) afeta a sobrevivência dos rizóbios, o que reduz o número de população naturalizada ou introduzida com o inoculante, reduzindo a nodulação secundária das plantas de soja.

O uso correto dos inoculantes garante sucesso no campo. De acordo com informações da Embrapa, devido à fixação biológica todos os insumos nitrogenados em leguminosas podem ser substituídos pelos inoculantes. O nitrogênio é o nutriente mais demandado no processo de desenvolvimento da soja e a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) é uma das ferramentas mais assertivas com o objetivo de garantir alta produtividade.

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