ENOV 2025 destaca papel da biotecnologia na transformação da indústria de óleos e biodiesel

 

ENOV 2025 destaca papel da biotecnologia na transformação da indústria de óleos e biodiesel

Evento reuniu executivos e especialistas em Paulínia (SP) para debater inovação, eficiência e sustentabilidade na cadeia de óleos e biocombustíveis

ENOV 2025 destaca papel da biotecnologia na transformação da indústria de óleos e biodiesel

A Novonesis, líder global em biossoluções, realizou na última semana, em Paulínia (SP), a quinta edição do Encontro Novonesis de Óleos Vegetais, Gorduras e Biodiesel (ENOV), um dos principais fóruns técnicos dedicados ao setor. O evento reuniu cerca de cento e cinquenta profissionais e vinte e um palestrantes de empresas como Veeries, Itaú BBA, Argus e outros players relevantes da cadeia, com debates estruturados em três eixos: mercado e perspectivas, sustentabilidade e diversificação e inovação tecnológica.

A programação foi aberta pela Veeries com dados sobre a evolução do consumo global de óleos vegetais. A consultoria destacou que o consumo de óleo de soja segue em alta, enquanto o óleo de palma permanece como o mais utilizado no mundo. No Brasil, o setor opera hoje com cento e vinte unidades esmagadoras de soja, cinquenta e oito plantas de biodiesel e trinta e uma plantas de etanol de milho. A produção nacional alcançou 7,3 bilhões de litros de biodiesel, com setenta e cinco por cento desse volume vindo de óleo de soja. A expectativa apresentada durante o evento aponta para uma capacidade instalada de catorze bilhões de litros de biodiesel, além de projeção de aumento de dezesseis por cento na oferta já em janeiro de 2026.

A Veeries também destacou que o esmagamento de soja deve chegar a 61,3 milhões de toneladas em 2026, sustentado pelo avanço das misturas obrigatórias e pela crescente demanda por biocombustíveis. A produção de óleo de soja deve alcançar 12,3 milhões de toneladas, impulsionada pelo B15 e pela possível adoção do B16 em março de 2026. A estimativa é que a mistura obrigatória chegue a vinte por cento até 2030, o que elevaria a demanda total a dezenove bilhões de litros de biodiesel em 2035 e intensificaria a necessidade de óleo de soja em aproximadamente 5,9 por cento ao ano.

Em seguida, o Itaú BBA apresentou sua leitura macroeconômica dentro do painel sobre os desafios regulatórios e de compliance. A instituição chamou atenção para a quantidade de desinformação que ainda circula sobre o biodiesel e reforçou que o Brasil vem assumindo um papel de protagonismo global na agenda de descarbonização. O banco destacou que a aprovação da Lei do Combustível do Futuro abre espaço para um mercado mais sólido, mas também mais exigente em governança, especialmente com a previsão de mistura obrigatória de até vinte e cinco por cento até 2037. Entre os desafios, o Itaú BBA citou a necessidade de equilibrar risco cambial, juros elevados, investimentos no setor e as demandas crescentes por rastreabilidade, eficiência e transparência, especialmente diante das regulamentações internacionais como a lei europeia do desmatamento prevista para dezembro de 2026.

A Argus, agência global especializada em análise de preços e inteligência de mercado para energia e commodities agrícolas, apresentou o painel “Mercado SAF e Tendências Globais”. A consultoria trouxe uma visão técnica sobre o futuro dos combustíveis sustentáveis de aviação, com foco nas principais rotas de produção em uso no mundo, nos desafios operacionais dessas tecnologias e na influência da intensidade de carbono nas diferentes rotas de SAF. A análise apontou ainda as oportunidades para o Brasil ampliar sua presença no mercado internacional de combustíveis sustentáveis, considerando seu potencial agrícola, capacidade industrial e avanço regulatório.

“O ENOV é um espaço essencial para compartilharmos desafios e anteciparmos tendências. Seguimos escolhendo o Brasil para apresentar e implementar tecnologias porque acreditamos no potencial do país e na força da bioeconomia brasileira. Inovar não é apenas lançar produtos, mas entender as necessidades reais dos clientes, criar rotas mais eficientes e fortalecer toda a cadeia produtiva”, afirma Alexandre Braz, líder do segmento industrial da Novonesis.

O evento celebrou os cinco anos do ENOV, marco que coincide com os cinquenta anos de presença da Novonesis no Brasil. A empresa reforçou seu compromisso com o desenvolvimento responsável da indústria e destacou que, até 2035, quarenta por cento de suas vendas globais devem vir da América Latina, evidenciando o papel estratégico da região.

Entre os destaques do evento está o lançamento da Quara® Supreme, nova fosfolipase termoestável da Novonesis voltada ao processo de degomagem. A tecnologia, apresentada oficialmente durante o evento, representa a evolução mais recente da linha Quara e foi desenvolvida para operar em temperaturas mais altas, ampliar a estabilidade do processo e aumentar o rendimento na recuperação de óleo. A solução reforça a estratégia da empresa de oferecer rotas enzimáticas mais robustas, eficientes e alinhadas à necessidade crescente de produtividade da indústria de óleos vegetais.

“A inovação é o que move nosso trabalho. Investimos cerca de 11% da receita global em pesquisa e desenvolvimento, e cada solução nasce de um processo científico de longo prazo, que combina tecnologia e colaboração com nossos clientes”, completa Braz.

Reforçando seu compromisso com sustentabilidade, o ENOV 2025 foi realizado como evento neutro em carbono. As emissões relacionadas a deslocamentos, energia e resíduos foram quantificadas e compensadas por meio de créditos certificados apoiados pelo projeto ambiental da Usina Hidrelétrica Salto do Pilão, totalizando cerca de três mil quilos de CO₂.

Saiba mais em www.novonesis.com

 

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