Geotecnia na mineração: estabilidade, risco e desempenho

Geotecnia na mineração: estabilidade, risco e desempenho
Geotecnia na mineração: estabilidade, risco e desempenho
Por Sander Rodrigues, Diretor Comercial e de Marketing da Timenow*
A evolução da mineração moderna exige cada vez mais integração entre engenharia, tecnologia e gestão. Nesse cenário, a geotecnia ocupa uma posição estratégica. Muito além do tradicional foco em barragens, a disciplina é hoje um dos pilares técnicos mais relevantes para a estabilidade operacional, a segurança física das estruturas e a sustentabilidade de longo prazo das operações.
Taludes, pilhas de estéril, cavas, estruturas de disposição de rejeitos e interfaces com recursos hídricos demandam monitoramento constante, análise preditiva e tomada de decisão embasada em dados. Os riscos geotécnicos, quando mal compreendidos ou subestimados, podem comprometer tanto a produtividade quanto a segurança de ativos essenciais.
Com a maturidade regulatória alcançada nos últimos anos, o desafio atual não está apenas no atendimento a normas. Está na construção de uma cultura de engenharia preventiva, baseada em instrumentação, modelagem integrada e respostas rápidas a comportamentos anômalos. É nesse ponto que a geotecnia deixa de ser uma função técnica de suporte e passa a ocupar espaço na governança estratégica da mina.
A gestão de riscos geotécnicos requer visão sistêmica. Ela conecta áreas como geologia, projetos, meio ambiente, operações e manutenção, demandando uma governança estruturada e fluidez na comunicação entre as disciplinas. Projetos geotécnicos bem conduzidos antecipam falhas, reduzem incertezas e sustentam decisões de alto impacto operacional.
Nesse contexto, a engenharia aplicada se apoia cada vez mais em ferramentas digitais: digital twins, sensoriamento remoto, radar interferométrico, modelos de estabilidade em tempo real. Mas a tecnologia, sozinha, não entrega valor. Ela precisa estar inserida em projetos e processos que traduzam dados em inteligência prática, com capacidade de gerar previsibilidade, rastreabilidade e resposta qualificada.
A experiência mostra que estruturas críticas não toleram improviso. Por isso, a gestão de projetos geotécnicos, com escopo claro, matriz de riscos ativa e planejamento multidisciplinar, tem se consolidado como um diferencial competitivo para as empresas que buscam operar com segurança, eficiência e legitimidade.
A geotecnia é, hoje, uma disciplina de decisão. E como tal, deve ser tratada com protagonismo técnico, apoio executivo e governança integrada. Em um setor cada vez mais exposto a pressões sociais, ambientais e financeiras, é a engenharia crítica, fundamentada em dados, responsabilidade e visão de longo prazo, que sustenta operações mais resilientes e confiáveis.
 
*Sander Rodrigues – Diretor Comercial e Marketing da Timenow, é engenheiro, com mestrado em projetos sustentáveis e 15 anos de experiência em Desenvolvimento de Negócios e Projetos nos setores de Mineração, Papel e Celulose, Infraestrutura, Energia. Lidera a expansão da empresa, promovendo soluções inovadoras e parcerias estratégicas em mercados-chave.

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