Gotejamento da Netafim transforma produção de soja na Coopercitrus
Na Estação Experimental da Coopercitrus, em Bebedouro (SP), um projeto inovador vem chamando a atenção de produtores e especialistas do setor agrícola: uma área de soja 100% irrigada por gotejamento subterrâneo, sistema desenvolvido pela Netafim. A iniciativa é fruto da parceria entre as duas empresas e tem como objetivo apresentar, na prática, os benefícios de uma irrigação de alta precisão aplicada à cultura da soja.
A proposta vai além de garantir água em períodos de estiagem. O sistema permite a fertirrigação, levando os nutrientes diretamente à raiz da planta, o que se traduz em maior eficiência no uso de insumos, produtividade elevada e mais segurança na operação agrícola.
A área, conduzida 100% com o manejo Netafim, com gotejamento subterrâneo, proporcionou não só aumento de produtividade, mas também a possibilidade de verticalizar a fazenda. É possível irrigar 100% da área, seja só com o gotejamento ou integrando pivô e gotejamento, o que maximiza os resultados de produção, operação e gestão.
Além do sistema de irrigação, a área conta com o que há de mais moderno em automação agrícola: o GrowSphere™, uma plataforma digital que permite monitorar e programar todo o sistema de irrigação e fertirrigação, até mesmo de forma remota. “Com essa ferramenta, o produtor pode, do escritório ou de casa, acompanhar o funcionamento do sistema, ajustar a irrigação e controlar a fertirrigação com muita precisão. Isso traz as informações na palma da mão, facilitando a melhor tomada de decisão no campo”, explica William Damas, especialista agronômico da Netafim.
Ele conta que o projeto foi desenvolvido de forma personalizada, levando em conta características específicas do solo, da área e do planejamento de rotação de culturas do produtor. “Na área os tubos gotejadores foram enterrados a 25 centímetros de profundidade, com espaçamento de 70 centímetros entre eles, permitindo uma distribuição uniforme da água e dos nutrientes. “Isso inclusive viabiliza a germinação em cultivos subsequentes, como milho e feijão”, destaca.
O resultado pode ser observado diretamente nas plantas. Francielli Biazi, responsável pelo desenvolvimento técnico de mercado da Coopercitrus, relata que, mesmo em uma safra com chuvas relativamente regulares, os períodos de estresse hídrico ocorreram e a irrigação fez toda a diferença. “O manejo de fertirrigação aqui garantiu um enchimento uniforme das vagens, desde o baixeiro até a parte superior. A expectativa é colher mais de 75 sacas por hectare. É visível, inclusive, no peso das plantas, que estão muito bem formadas, com uma uniformidade que dificilmente se consegue em áreas de sequeiro”, afirma.
Além do ganho produtivo, o projeto reforça a proposta da Coopercitrus de levar soluções tecnológicas aos cooperados, fortalecendo a sustentabilidade econômica e ambiental da produção rural.
