Investimentos e estruturação de governança corporativa marcam novo ciclo da Girassol Agrícola
Mudanças recentes reforçam o compromisso da sementeira com o crescimento sustentável
O agro é feito de desafios, mas com a perseverança dos produtores rurais e de quem nele trabalha tudo é superado. Continuar produzindo com qualidade, tendo à frente commodities em baixa e juro alto, e manter a expansão da participação no mercado são algumas das provocações para quem trabalha com o setor.
Com mais de 40 anos de história, a Girassol Agrícola, com sede em Rondonópolis, região sudeste de Mato Grosso, vive um novo ciclo após a estruturação da governança corporativa, investimentos em tecnologia e a chegada de uma nova diretoria com robustez no mercado de sementes, que representa 60% de sua receita. Nos últimos três anos, a companhia vem passando por mudanças tanto em sua estrutura quanto na formação do time de produção, marketing e comercial. Além disso, R$ 100 milhões foram investidos na implantação de duas Indústrias de Beneficiamento de Sementes (IBS), consideradas a mais modernas do Brasil, na criação do Bag ATI, entre outros projetos que visam proporcionar um valor adicional à semente com já reconhecida qualidade.
Em meio a todo esse processo, a Girassol Agrícola passa a ter um novo CEO, Gilmar Meneghini, após a escalada de Neusa Lopes para o Conselho Administrativo da empresa. Com experiências próximas ao agronegócio, no segmento de caminhões e máquinas agrícolas, e profundo conhecimento em empresas familiares e profissionalizadas, com governança forte, o catarinense chega para somar à sementeira. “Sempre estive próximo do agro. Isso me motivou muito, fora a paixão em fazer parte desse ecossistema e acreditar que ele pode ajudar muitas pessoas. E como profissional, sempre gostei de desafios, então fez muito sentido”, afirma Meneghini sobre aceitar o convite da companhia. Com raízes no agro, construiu uma carreira sólida passando por grandes grupos como Dpaschoal, Fundo de Investimento Advent, concessionárias Scania e John Deere. É formado em Administração, com especialização em Controladoria pela FGV São Paulo, consolidando sua trajetória com forte expertise em gestão, governança e inovação no setor.
Mais qualidade e valor à semente
Os próximos passos da empresa, de acordo com o CEO, envolvem um planejamento estratégico que visa agregar ainda mais qualidade e valor à semente, e para isso diversos estudos estão sendo realizados. “Nosso grande investimento é estar junto com a semente que vendemos, dar todo o apoio para que o produtor tenha a melhor produtividade, junto da tecnologia que pode trazer isso, e com nosso time técnico. Então, o nosso desafio dos próximos anos é buscar um patamar ainda maior na qualidade das nossas sementes”, destaca. Benefícios como o Supera (seguro para replantio), o Bag ATI, o Melhor Área, QR Code, Lona Branca, Embarque Perfeito e TSI Eclipse já são realidade junto aos produtores.
Outra importante mudança está na chegada do diretor comercial Jhonathan Costa, que há mais de uma década atua no setor sementeiro. O engenheiro agrônomo reforça a estrutura da área de sementes, hoje com três coordenadores e mais de 20 RTV’s. O time, sob sua gestão, tem a missão de fortalecer as estratégias comerciais e ampliar ainda mais o relacionamento com parceiros e clientes, com o objetivo maior de consolidar o crescimento da empresa, mantendo e dando continuidade na inovação. “A Girassol vem se preparando nos últimos anos, é uma empresa certificada com o selo GPTW, e agora chegou o momento de estruturar o crescimento com inovação, com serviços, sendo protagonista como sempre foi desde a época do senhor Gilberto Goellner. Além disso, nosso diferencial é ser líder de sementes de algodão licenciado no Brasil e somos a única empresa que possui uma equipe especializada na cultura”, ressalta o diretor.
Os investimentos realizados pela Girassol Agrícola, visando a qualidade que faz a diferença no campo, envolvem ainda a construção de uma biofábrica na Fazenda Girassol, em Pedra Preta, mais precisamente na região da Serra da Petrovina. A unidade, explica o CEO Gilmar Meneghini, atende a demanda interna da produção comercial de soja, milho e algodão, a produção de sementes, bem como as áreas de eucalipto da empresa. As operações tiveram início em outubro de 2024 e a biofábrica possui homologação junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Produção de biomassa em foco
Para 2025, a projeção da Girassol Agrícola é a de superar R$1 bilhão em faturamento. Em termos de comercialização de sementes, a perspectiva é de crescimento de aproximadamente 30%. Na produção comercial, a companhia teve aumento de área em 2024, hoje com mais de 60 mil hectares divididos em soja, milho e algodão. Além das sementes e produção de grãos e fibras, para os próximos anos, conta com o seu olhar para a produção de biomassa. “Sementes é o nosso DNA, porém, nossos investimentos em floresta para biomassa são em torno de 3 mil hectares por ano, com áreas em processo de crescimento. A ideia é continuar com bastante foco nesse segmento de reflorestamento e seguir produzindo sementes com qualidade acima do mercado, aliado à tecnologia para que o nosso produtor tenha acesso na palma da mão a tudo o que a semente entregar”, pontua Gilmar Meneghini.
