Komatsu e SENAI promovem aula inaugural de programa de capacitação para PCDs
Programa busca assegurar processo de diversidade e inclusão social responsável
Desenvolvido pela Komatsu em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Pará), o Programa de Imersão Komatsu (KIP) PCD, que tem por objetivo oferecer preparação e desenvolvimento ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência, teve início hoje, nas dependências do Senai, em Parauapebas (PA).
Em sua primeira turma, foram mais de 120 candidatos inscritos, 25 deles selecionados para participar do curso, que tem duração de 2 meses e irá preparar os alunos para atuar como auxiliar de produção, assistente administrativo, almoxarife e assistente de Segurança do Trabalho.
“Decidimos lançar o KIP PCD para garantir um processo de inclusão responsável, no qual pessoas com deficiência terão a oportunidade de se profissionalizarem para ter mais empregabilidade. O programa conta com uma formação de qualidade para que os alunos possam ter mais autonomia e protagonismo em suas carreiras profissionais”, informou uma das idealizadoras do projeto, Maristela Sousa, gerente de Recursos Humanos da Komatsu.
Apesar de ter a Komatsu como o principal patrocinador, os alunos que participarem do programa estarão aptos a disputar oportunidades de emprego ofertadas por empresas da cidade e região nas quais residem, inclusive a Komatsu. Durante o curso, os participantes receberão uma bolsa para auxílio na locomoção e alimentação.
Manhã de celebração
Na abertura da aula inaugural, o consultor de Relações Institucionais da Komatsu, Josenilson Gomes, destacou que a Komatsu tem o compromisso de desenvolver as pessoas e os locais onde atua. “Nossa comunidade é diversa e todos precisam ser inseridos. Esse será um período de aprendizado no qual vocês aprenderão conosco e nós com vocês, protagonistas desse sonho da Komatsu em contribuir com os cidadãos das cidades onde atua, com oportunidades de capacitação e renda”, disse.
“Hoje é um dia especial, de implementação de um projeto que vem sendo trabalhado há vários meses e a várias mãos que são Senai, Sine, Conselho Municipal do Direito da Pessoa com Deficiência, Coordenadoria da Pessoa com Deficiência, Coordenadoria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda e Sorri Parauapebas”, destacou Maristela.
“Esse evento é uma forma de reconhecimento das nossas limitações físicas e de superação para desenvolvermos nossas habilidades”, lembrou Juscelho Sousa, da Sorrir Parauapebas. “Temos de aprender a lidar com públicos como o de vocês e buscamos mais espaço para nós”, completou Iglesia Lustosa.
Carlos Felipe Francês, diretor do Senai Parauapebas, afirmou que a Komatsu é um exemplo de parceiro da indústria que vem pensando nesse sentido, trazendo oportunidades para que todos possam ter a mesma qualificação profissional. “Esperamos que vocês, alunos, saiam daqui seres hmanos melhores”, afirmou.
O responsável pelos treinamentos técnicos da komatsu, Ideraldo Soares, destacou o compromisso da Komatsu com o desenvolvimento de pessoas. “Preparamos pessoas para termos um mundo melhor, para termos pessoas melhores. Estamos na nona edição do KIP voltado para a comunidade. O KIP significa muito e sou fruto de programas como esse, nos quais sempre acreditei. O KIP não é so a nomenclatura do programa, ele é, de fato, uma imersão, que conta com dedicação na preparação do conteúdo que será ensinado. Tenho certeza de que bons frutos serão colhidos”, observou. “Parabéns a vocês pela coragem de participar”, completou Edmar Rodrigues, da Coordenadoria de Trabalho, Emprego e Renda, que representou a Secretaria de Desenvolvimento de Parauapebas.
“Estamos estabelecendo uma troca. Todos nós acreditamos em vocês, que vão passar por um período de aquisição de conhecimento, mas que devem colocar o que aprenderem em prática e continuar buscando aprendizado”, finalizou Jucélio Frade, gerente geral de Operações da Komatsu.
Durante a aula inaugural, estiveram presentes representantes de órgãos do município de Parauapebas e da sociedade civil organizada: Carlos Felipe Francês, diretor do Senai Parauapebas; Iglésia Lustosa, da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência; e Edimar Rodrigues, coordenador municipal do Trabalho, Emprego e Renda (CETER).
Oportunidade
Rafael Augusto Brega de Lima, morador de Parauapebas há quase três anos, que já trabalhou na área operacional de uma empresa de coleta seletiva de resíduos, considera de suma importância o programa: “Ainda existem lugares na cidade que veem a pessoa com deficiência de forma negativa. É muito bom ter uma oportunidade como essa, na qual a pessoa pode ser incluída no mercado de trabalho. Esse programa vai me ajudar a buscar novos desafios e superá-los, não só no ponto de vista profissional, mas como pessoa, seguindo em uma área que eu goste”, disse.
Marília do Carmo Cabral, que mora na cidade há dois anos e meio e até pouco tempo trabalhava na área administrativa de uma empresa, concorda com Lima. “Muito bom saber que as empresas não estão apenas atrás de ‘cota’ e nos enxergam como pessoas iguais a tantas outras, apenas com algumas limitações. O projeto é muito importante para nós. Hoje nos sentimos lá dentro. Esse programa vai me ajudar muito no meu desenvolvimento profissional. Na verdade, só pelo fato de termos um curso, ele já está nos ajudando”, comentou.
