Mais da metade do café analisado em compras públicas no Paraná apresenta fraude, aponta fiscalização

Mais da metade do café analisado em compras públicas no Paraná apresenta fraude, aponta fiscalização

Auditoria agropecuária apreendeu 40 toneladas de café irregular em 2025 e identificou impurezas até 20 vezes acima do limite legal

Mais da metade do café analisado em compras públicas no Paraná apresenta fraude, aponta fiscalização

Mais da metade das amostras de café torrado e moído analisadas em compras públicas no Paraná apresentou fraude por excesso de matérias estranhas e impurezas acima do limite legal, segundo dados da fiscalização federal agropecuária. Somente em 2025, auditores fiscais federais agropecuários apreenderam cerca de 40 toneladas de café irregular no estado, volume equivalente a aproximadamente 80 mil pacotes de 500 gramas.

As irregularidades foram identificadas a partir de análises laboratoriais realizadas em produtos adquiridos por órgãos públicos. Desde a entrada em vigor da Portaria SDA nº 570, em 2022, foram realizadas no Paraná 186 coletas de amostras de café, com 168 laudos concluídos. Desse total, 89 amostras, o equivalente a 53%, foram desclassificadas, com registros de teor de impurezas que chegaram a ultrapassar em mais de 20 vezes o limite permitido.

As compras públicas envolvem, em geral, produtos com circulação restrita ao ambiente institucional ou destinados a estabelecimentos próprios, o que dificulta a identificação desses itens pela fiscalização. Diante desse cenário, a estratégia adotada incluiu o levantamento de órgãos que haviam adquirido recentemente café torrado e moído, a coleta de amostras para análise laboratorial e a apreensão cautelar de marcas cujos lotes já apresentavam histórico de irregularidades.

Do ponto de vista técnico, a fraude é caracterizada quando a análise laboratorial aponta teor de matérias estranhas e impurezas superiores a 1%. Nessas impurezas e nos grãos defeituosos concentram-se contaminantes, especialmente fungos capazes de produzir resíduos tóxicos. Segundo o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo, “a fiscalização atua para garantir que um produto de consumo diário pela população esteja em conformidade com os padrões oficiais de qualidade, protegendo a saúde do consumidor e evitando prejuízos ao uso de recursos públicos”.

Após a confirmação da fraude em laboratório, o fluxo de fiscalização prevê a lavratura de auto de infração contra a empresa responsável. Caso não haja solicitação de análise pericial, é determinado o recolhimento do lote irregular. No curso do processo administrativo, podem ser aplicadas penalidades como multa e condenação do produto apreendido de forma cautelar.

O aumento das irregularidades identificadas em 2025 está relacionado à intensificação das ações fiscais sobre o café torrado e moído após a entrada em vigor da Portaria SDA nº 570. As fiscalizações têm evidenciado práticas que já vinham ocorrendo anteriormente, sobretudo relacionadas ao uso de matéria-prima de baixa qualidade, com elevado percentual de grãos defeituosos e presença de impurezas provenientes do próprio cafeeiro, como cascas, palhas e fragmentos de galhos.

Além da análise do produto final, a auditoria agropecuária atua na verificação dos processos produtivos das empresas torrefadoras e na exigência da adoção de boas práticas de fabricação, com o objetivo de assegurar que os alimentos estejam em conformidade com as normas oficiais, não ofereçam riscos ao consumidor e garantam o uso adequado dos recursos públicos nos processos de licitação.

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