Melnick amplia presença feminina na construção civil
No Dia Internacional da Mulher, incorporadora gaúcha valoriza a participação de mulheres em cargos de engenharia e na operação das obras
Em constante transformação, o mercado de trabalho vem passando por mudanças em relação a presença feminina em áreas conhecidas pela ocupação majoritária de homens. Na construção civil, as mulheres representam 20% dos profissionais registrados nas 27 seccionais estaduais do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), de acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). Entre 1.162.020 de credenciados pelo órgão, apenas 233.954 são mulheres, contabilizando engenheiras, agrônomas, meteorologistas, geógrafas e geólogas, assim como outras profissões do ramo. Apesar da realidade distante da igualdade, a Melnick vem transformando esse paradigma com a atuação e captação de talentos para vagas de engenharia e gestão das áreas de engenharia. Hoje, a empresa conta com 149 mulheres na equipe em cargos de engenheiras, coordenadoras, analistas e assistentes técnicas, assim como funções operacionais de obras.
Um dos exemplos é o trabalho da instaladora da Melnick, setor da incorporadora responsável por instalações elétricas e hidráulicas, que conta com 12 mulheres. Entre elas, 9 trabalhadoras atuam na parte operacional. Com duas mulheres até pouco tempo, uma das razões para essa mudança de cenário foi a chegada e ascensão da engenheira civil, Karina Karsten, que é Coordenadora da Instaladora da empresa. Em 2022, Karina começou como assistente de engenharia, função que ocupou por 4 meses. Após 6 meses como analista, foi alçada ao posto de coordenação. Ao assumir a função de liderança, criou uma opção para superar a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada na construção civil, além de estabelecer novos critérios e filtros para promover um ambiente mais propício à presença feminina e formar uma equipe com as valências e características necessárias para o crescimento da empresa.
“A falta de mão de obra é um problema crônico no mercado de trabalho e as mulheres, por muitos anos, ficaram de fora da Construção Civil. Ao considerar a contratação delas, críamos uma opção para uma dificuldade histórica e aproveitamos a oportunidade para formar uma equipe com mais mulheres na instaladora. Além de promover a diversidade da empresa, o foco é ter um padrão de acabamento nas entregas das obras. Ainda é uma porcentagem pequena em relação ao restante da equipe, mas com um potencial de crescimento”, contextualiza Karina Karsten.
De acordo com dados do CONFEA, as mulheres representam um quarto dos profissionais de engenharia credenciados no Rio Grande do Sul, sendo 5.739 de 22.513 dos trabalhadores registrados. Em um cenário com esta diferença, a abertura de espaço para novas lideranças femininas, na área da construção civil, inspira novas possibilidades que evoluem para os mais diversos setores da empresa, na visão de Karina.
Sob os cuidados de coordenadora, as alterações nos filtros de contratação e equipe foram além da questão de gênero. Aos poucos, os resultados melhoraram em relação às gestões anteriores e tornaram a aceitação ao novo momento da instaladora mais fácil. Com estes avanços, ela percebe que a procura das mulheres pelas vagas disponíveis no quadro de funcionários do setor vem aumentando. Ao ouvir como as candidatas chegaram para a entrevista, percebeu que as próprias integrantes do time estavam indicando as oportunidades para mulheres, principalmente por perceberem um ambiente mais confortável para o público feminino trabalhar.
“É um mérito coletivo, temos um time com índice alto de engajamento, alcançando 95% de favorabilidade na nossa pesquisa interna, algo muito positivo. Entre os exemplos, cito o Fábio Renato, que é o mestre de instalações, e peça fundamental para transmitir à equipe nossos propósitos. Ele está trabalhando novos conceitos no dia a dia e estamos super alinhados. É fundamental ter alguém que, no cotidiano, vai transmitindo a mesma linha de pensamento da coordenação e garantindo a sintonia para as ações”, aponta Karina.
Para seguir avançando e ampliando a presença feminina nas operações da Melnick, Marcelo Guedes, vice-presidente de operações da empresa, destaca o papel de toda equipe nas recentes evoluções.
“O time todo tem participação importante para este cenário atual, porque a mudança de mentalidade está acontecendo de uma maneira natural. Esse movimento já ocorre há tempo em diversos setores da empresa e agora começa a ser ampliado também nas áreas técnicas e de engenharia. O mercado tem formado mais profissionais nessas áreas estamos muito satisfeitos em poder contar com essas excelentes profissionais no corpo técnico da nossa instaladora. O alinhamento com a gestora e a coordenação dos processos estão ocorrendo de forma muito eficientes”, conclui Guedes.
Instaladora
Nos últimos anos, a Melnick investiu em inovação e na industrialização nos processos construtivos. A empresa tem se distinguido pela alta qualidade e eficiência técnica, adotando um modelo exclusivo de instalações elétricas e hidráulicas, operadas por uma equipe interna altamente qualificada. Desta forma, a incorporadora criou sua instaladora própria garantindo que cada etapa das construções atenda aos rigorosos padrões da Melnick. A instaladora já executa cerca de 40% de todas as obras da construtora, demonstrando eficácia na implementação de processos padronizados e automatizados.
A iniciativa de internalizar os serviços de instalação tem gerado impactos positivos significativos, como a redução de chamados de assistência após a conclusão das obras. Os benefícios da industrialização se estendem para além dos ganhos em produtividade, com a pré-montagem de componentes como os quadros de distribuição de circuito (QDC) e sistemas modulares realizados fora do canteiro de obras. Isso não só acelera o processo de construção, mas também garante que todos os componentes cheguem ao local devidamente testados e configurados, minimizando erros e atrasos.
