Na COP 30, indústria paraense reforça papel da rastreabilidade para cadeias produtivas sustentáveis

Na COP 30, indústria paraense reforça papel da rastreabilidade para cadeias produtivas sustentáveis

Na COP 30, indústria paraense reforça papel da rastreabilidade para cadeias produtivas sustentáveis

No Pavilhão Brasil, na Blue Zone (Zona Azul), a Jornada COP+, movimento multissetorial liderado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), promoveu painel sobre como a rastreabilidade pode ser uma ferramenta estratégica para garantir transparência, responsabilidade e sustentabilidade nas cadeias produtivas da Amazônia. A programação desta quarta-feira, 19, ocorreu no Auditório Cumaru e destacou a importância da rastreabilidade em setores como o florestal, da carne e de grãos na Amazônia.

O painel foi moderado por Deryck Martins, coordenador técnico da Jornada COP+ e presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEPA. O coordenador ressaltou que a rastreabilidade é fundamental para a transparência em toda a cadeia. “Ela representa integridade das informações, como a gente consegue garantir que essas informações são transparentes. É ela que vai garantir que o produto que você está adquirindo não venha de uma atividade degradante, desmatamento, ilegalidade ou qualquer tipo de contaminação”, afirmou.

Na COP 30, indústria paraense reforça papel da rastreabilidade para cadeias produtivas sustentáveis

O diretor jurídico da Unigrãos, Justiniano Netto, pontuou como a prática traz segurança jurídica para as empresas e ressaltou os desafios da implementação de uma rastreabilidade eficaz. “Não é uma agenda simples, porque para fazer a rastreabilidade você precisa de ferramentas, dados e informações que precisam ser públicas”. O diretor também explicou o Protocolo Verde dos Grãos, acordo firmado no Pará que estabelece critérios socioambientais para produção e comercialização de grãos, e que já tem mais de 100 signatários. “Quem atua na cadeia produtiva dos grãos se sente mais seguro, com regras mais objetivas, então é algo que nós temos dificuldades ainda, mas devemos manter e tentar avançar cada vez mais”, afirmou.

O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado do Pará, Daniel Freire, fez um percurso histórico dos avanços na rastreabilidade do gado no Brasil e no Pará. “Todas as propriedades rurais e todo o rebanho do Estado são cadastrados na Agência de Defesa Agropecuária do Pará. O Pará também liderou o processo de evolução do cadastramento sanitário para o cadastramento ambiental. Com isso, a indústria da carne já consegue rastrear, desde 2009, 100% do gado que chega nas nossas indústrias e para o consumidor.” De acordo com Freire, o novo desafio do setor é a rastreabilidade individual do rebanho paraense, algo que será inédito em todo o mundo.

O diretor florestal do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Leonardo Sobral, destacou que a história do setor florestal se cruza com a certificação florestal para a madeira. “Nós temos dois órgãos internacionais que fazem a certificação aqui no Brasil e a rastreabilidade é um requisito. Então ao longo dos últimos anos o setor florestal madeireiro aqui no Pará teve um avanço muito grande em relação à rastreabilidade”. De acordo com o diretor, metade da produção da madeira da Amazônia está no Pará, mas um dos desafios é implementação de políticas de rastreabilidade para o setor.

O Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará e da Jornada COP+, Alex Carvalho, destacou como a FIEPA tem trabalhado a rastreabilidade em suas ações. “A rastreabilidade traz garantia para a atividade lícita e afugenta a atividade ilícita. Nós somos combatentes de toda e qualquer atividade ilícita, nós somos a favor da atividade econômica que garante a conservação do nosso território”, enfatizou.

A rastreabilidade é um dos eixos da Jornada COP+, movimento que lançou o Programa de Apoio ao Combate ao Desmatamento e Queimadas Ilegais, e que será permanente na FIEPA. O Programa inicia neste ano e segue até 2030, envolvendo indústrias e agroindústrias paraenses. A iniciativa está estruturada em três etapas: diagnóstico, para mapear ilegalidades e calcular as perdas econômicas geradas por práticas predatórias; engajamento, com a participação de empresas de setores diretamente ligados à produção, como carne, madeira e grãos; e ação direta, com a identificação de pontos críticos de desmatamento e queimadas e o envio dessas informações às autoridades competentes. De acordo com Alex Carvalho, o programa é um dos compromissos do setor produtivo do estado. “Nós temos que ajudar o poder público nessa saga, para que as ilegalidades sejam página virada no nosso estado”, enfatizou o presidente da FIEPA.

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