Os caminhos da energia eólica offshore no Nordeste

Os caminhos da energia eólica offshore no Nordeste

O futuro da energia eólica offshore no Nordeste brasileiro já começou.

Por: Redação Concrete Show Digital

Os caminhos da energia eólica offshore no Nordeste

A transição energética global exige soluções inovadoras – e o Brasil, especialmente o Nordeste, tem tudo para ser protagonista nesse movimento.

Na linha de frente dessa revolução está a Dois A Engenharia, empresa que une conhecimento técnico, engenharia de ponta e compromisso com a sustentabilidade para tornar viáveis os complexos projetos de energia eólica offshore.

Neste artigo, você vai conhecer, pelas palavras do engenheiro e presidente do Sinduscon-RN Sérgio Azevedo, os bastidores desta inovação, os diferenciais do litoral nordestino e os desafios logísticos envolvidos. Tudo isso com um olhar prático, direto do canteiro de obras para o futuro da matriz energética brasileira.

Sérgio Azevedo é keynote speaker do Congresso Concrete Show, que acontece de 19 a 21 de agosto, no SP Expo. Os ingressos já estão à venda no site oficial do evento.

Continue a leitura e descubra como inovação, engenharia e estratégia estão moldando a nova fronteira da energia limpa no Brasil!

Dois A Engenharia: torres eólicas, projetos offshore e desafios logísticos

Sérgio Azevedo inicia o bate-papo explicando que a costa brasileira é um ótimo lugar para a construção da base de concreto para a instalação das torres eólicas offshore. Ele cita especificamente o Rio Grande do Norte.

Segundo o keynote speaker, a predominância de águas rasas permite a instalação de uma estrutura com fundação e torre.

“É algo em torno de 40% mais barato do que custaria em águas profundas. Então, a tecnologia de concreto consegue se encaixar perfeitamente nessa realidade”, detalha.

Azevedo acrescenta que esta tecnologia foi criada, primeiramente, para atender a demanda de águas rasas na costa da Espanha.

“Você prepara a fundação toda no continente e depois faz com que flutue. Ela vai por meio de um rebocador até a posição de ancoragem e lá nós fazemos a injeção de água. Então ela afunda”, descreve.

Ele afirma que o concreto é o material que melhor se adapta a essa realidade, ou seja, fundação e torre dentro do mar.

Mais durabilidade para o concreto que fica dentro do mar

O concreto já possui, por si só, uma resistência muito elevada. “Estamos falando de concreto de 70 até 100 MPa, então, naturalmente ele já vem com uma proteção muito grande”, comenta Azevedo.

Contudo, o especialista observa que também são usados alguns aditivos visando maior durabilidade das fundações e torres. “Usamos um superplastificante que atende a essa característica da fundação dentro do mar. Ele também atende a todas as normas para questões de agentes agressivos da água do mar e da salinidade”, cita.

“Não tem nenhuma nova tecnologia embarcada, mas sim usando os melhores técnicos para instalar uma peça de concreto em uma região agressiva como o mar”, completa o palestrante do Concrete Show.

Lições de projetos onshore no offshore

Na opinião de Sérgio Azevedo, a base para os dois projetos – onshore e offshore – é praticamente a mesma.

“Uma é no mar e a outra no continente, onde temos grande facilidade de guindaste. No mar a gente faz a elevação de forma hidráulica”, destaca ele.

Preparação da cadeia produtiva do Rio Grande do Norte para parques eólicos

Azevedo lamenta que, toda vez que existe uma demanda muito grande de materiais e insumos para a construção civil no restante do Brasil, o Nordeste, especialmente o Rio Grande do Norte, acaba ficando em escassez.

“No Brasil não conseguimos ter constância. Vivemos de altos e baixos, então todos têm muito receio de fazer grandes investimentos para que daqui a um ou dois anos os parques eólicos fiquem totalmente ociosos”, opina.

Ele ressalta que, no Brasil, “não há continuidade e previsibilidade, fora uma série de fatores a nível de política mesmo, em que as coisas mudam muito rapidamente”, analisa.

Ele comenta ainda que, atualmente, existem alguns projetos de lei tramitando que buscam não tornar a energia eólica tão competitiva.

“Na hora que essa demanda baixa ninguém vai se preparar para atender o mercado que está com a demanda em queda. Mesmo todo mundo sabendo que no futuro breve ela vai retomar com muita velocidade”, fiz Azevedo.

“Quando retomar, com muita velocidade, vai faltar cimento, brita e outros. São os materiais que a gente precisa aqui, para colocar as coisas de pé e é nisso que a gente tem que navegar”, complementa.

Sinduscon-RN: impulsionamento a energia eólica offshore no Nordeste

Sérgio Azevedo adianta que o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) do Rio Grande do Norte está buscando desenvolver um braço de capacitação das empresas e dos profissionais no assunto energia eólica offshore.

“Entendemos que essas empresas têm que estar cada vez mais aptas a prestar serviço para as grandes multinacionais, que são as que investem no setor de energia eólica no Brasil”, ressalta.

“Estamos incentivando e patrocinando muitos cursos para que as empresas busquem ter ISO nas questões de qualidade, segurança, saúde e meio ambiente”, conta.

Segundo o palestrante, o objetivo é desenvolver as empresas nacionais para que elas possam, no momento da demanda, conseguir se cadastrar e prestar serviços.

“O Rio Grande do Norte tem uma condição de muita vantagem que são as nossas jazidas de vento, como eu costumo chamar. Então, nada mais natural de que todos os primeiros investimentos que ocorram, seja offshore ou onshore, ocorram aqui”.

Ele também acredita que o Sinduscon-RN precisa trabalhar em comunhão com o Senai, visando a busca de projetos de inovação para o Rio Grande do Norte; com o governo federal e com as demais entidades de classe.

“É preparar um ambiente de negócio que as empresas enxerguem como oferta para que possam fazer os seus investimentos. Inclusive, a segurança jurídica é eventualmente um incentivo”, cita.

“Então, nós fazemos esse trabalho, tanto na questão de legislação quanto na de informação e preparação das nossas empresas associadas”, diz.

Para finalizar o bate-papo, Sérgio Azevedo faz um convite:

“Na minha palestra vocês podem esperar uma história. Uma história que se confunde, um pouco, com o crescimento da energia eólica no Brasil. Uma história de busca por inovação e por fazer aquilo que se fazia de forma diferente e melhor”.

Conheça mais sobre energia eólica offshore no Nordeste com a apresentação de Sérgio Azevedo! A palestra do keynote speaker será no dia 20 de agosto, a partir das 15h45, nos palcos 2 e 3 do Congresso Concrete Show.  Inscreva-se já!

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