Ourofino Agrociência cresce em um ano 37,3% e consolida estratégia de inovação, que gera valor no campo, para driblar desafios do agro
Empresa brasileira fecha ciclo 2024/2025 com R$ 2,3 bilhões em receita líquida e aposta em novos produtos e relações com cooperativas para manter expansão
A Ourofino Agrociência registrou, no exercício fiscal 2024/2025, um expressivo crescimento de 37,3% em sua receita líquida, totalizando R$ 2,3 bilhões. O resultado foi alcançado mesmo diante de um cenário global desafiador para o agronegócio – marcado por instabilidades cambiais, retração nos preços das commodities, eventos climáticos e problemas de liquidez no mercado – e refletiu o ganho de participação da empresa nos principais cultivos e segmentos. O desempenho marca um salto robusto frente ao ciclo anterior, reforçando a resiliência da companhia brasileira e sua estratégia de longo prazo pautada na inovação que gera valor ao agricultor.
Na comparação interanual, a companhia apresentou também crescimento do lucro líquido em 22,2%, totalizando R$ 85,5 milhões, melhoria na margem bruta e aumento do EBITDA em 1,6 pontos percentuais. Aumento de eficiência e produtividade, batendo recorde de produção em sua planta, alcançando 106 milhões de quilolitros produzidos, mais de 50% do que o ano anterior, quando processou 69,2 milhões de quilolitros.

“O período nos colocou à prova em todos os sentidos, mas saímos ainda mais fortes, graças à solidez da nossa estratégia e à capacidade de execução das nossas equipes, que mantiveram sempre o produtor como centro das decisões. Este desempenho se explica pelo aumento no volume de vendas, pela ampliação da base de clientes e pelo lançamento de novos produtos”, afirma Marcelo Abdo, CEO da companhia.
Neste ano fiscal, a empresa manteve os níveis de investimento em P&D, reforçando o compromisso com a geração de valor no campo, busca por inovação e o desenvolvimento sustentável. “Mesmo diante da retração do mercado nacional de defensivos agrícolas – que caiu 10% em relação ao ano anterior, segundo a consultoria Kynetec, seguimos apostando em lançamentos relevantes e foco na performance técnica”, diz Abdo.
A performance é resultado direto de iniciativas estruturantes. Se considerarmos os últimos 10 anos da companhia, o faturamento da Ourofino Agrociência cresceu mais de 220%, saiu de aproximadamente R$ 700 milhões em 2015 para R$ 2,3 bilhões em 2024.
Entre os destaques do ciclo anual estão o lançamento do Brucia (24/25), um herbicida para o manejo de plantas daninhas resistentes ou de difícil controle na cultura do milho, um dos principais desafios dos produtores, desenvolvido e patenteado pela multinacional ISK, parceira da Ourofino Agrociência; e o Dotte, fungicida premium que estreia ainda este ano no mercado, com formulação diferenciada e alta eficácia, proporcionando controle eficaz da ferrugem-da-soja e manchas.
Outro pilar da expansão foi o fortalecimento das relações com cooperativas do Sul do Brasil, por meio do programa OuroCoop, e a consolidação do programa Reimagine, que aproxima a marca dos agricultores por meio de experiências técnicas e comerciais. A atuação estratégica nessas frentes aumentou a presença da empresa em regiões-chave, como o Cerrado e o Sul, impulsionando o volume de vendas e a capilaridade da marca.
“Implementamos planos de ação comerciais, otimizamos o portfólio e simplificamos processos para aumentar a rentabilidade. Trabalhamos ainda em parceria com o PwC Agtech Innovation na construção da estratégia de inovação aberta da companhia, trazendo cada vez mais governança e clareza nos objetivos”, comenta Abdo.
Para o executivo, embora 2024/2025 tenha sido um ciclo de desafios, ele solidificou a posição financeira da Ourofino Agrociência, sustentada por uma geração de caixa consistente e um rigoroso controle de despesas. “Estamos preparados para encarar o ciclo 2025/2026 e confiantes com o crescimento sustentável da companhia. Nosso plano é buscar constantemente a inovação, a entrega de valor aos nossos clientes, o desenvolvimento de pessoas e o foco na excelência operacional, tudo isso reimaginando a agricultura brasileira”, finaliza.